Resenha: NÃO É ERRADO SER FELIZ, Linda Holmes


 Evvie Drake é uma viúva que vive com a culpa dos últimos momentos do dia em que perdeu o marido. Ela guardou esse segredo de todo mundo, sobre o que realmente acontecia no seu casamento, se afastando das pessoas, menos do seu melhor amigo, Andy.

Dean Tenney é um ex-jogador, aposentado do beisebol. Mesmo sendo jovem, ele não consegue mais arremessar as bolas e não sabe exatamente o que aconteceu.Sua carreira se tornou alvo dos jornais e ele so quer sumir, até que viaja para a pequena cidade de Calcasset, no Maine. 

Procurando um lugar para ficar por um tempo a mais, Andy convence Evvie de que Dean seria um bom inquilino. Até que os dois viram bons amigos, dividindo o mesmo teto e trazendo um contato inesperado.

Dois personagens marcados pela culpa, fracasso e tristeza. E eles tem uma dinâmica maravilhosa. Pensa em um “Teto para dois”, porém em um casa, cidade pequena ? Imaginou? Porém, eles prometem um para o outro que não vao conversar sobre suas vidas, mais exatamente do marido de Evvie e da carreira do Dean.

Uma amizade que cresce por meio da confiança, dos desabafos e depois se torna algo comum, divertido e fofo.A medida que lia, fiquei mais apegada aos personagens, senti as estações passando e eu torcendo para que encontrassem respostas em algo que nunca perguntaram.

“Quando vestia aquele casaco e bebia algo quente, gostava de imaginar que isso lhe dava superpoderes outonais e um certo apelo acolhedor.”

 

E sim, são pessoas que podem ser eu ou você. Vivemos dilemas todo os dias: culpa, medo, dor, fracasso, dificuldades e os sentimentos que nos atravessam. Na verdade, temos pessoas que estão divididas entre o que sentem e precisam pular o passado para seguir em frente.

São personagens imperfeitos, mas interessantes. Cada um discute uma temática relacionada a saúde mental, a recomeços, perdas e carreiras. Eu senti tantas emoções enquanto lia. Eles pegaram meu coração e correram para longe, antes que eu pudesse toma-lo de volta. E eu deixei, deixei essa história me levar e me mostrar tudo o que eu não queria ver.

Não é errado ser feliz é sobre tudo o que vivemos, errar, perder, ganhar, acertar. Cair, se levantar e cair de novo. È conhecer, amar e sofrer. É ser humano em todos os sentidos, mas também nos defeitos. E não há nada de errado quando erramos, quando precisamos desabafar sobre algo que nos corroi para no final das contas, sentir-se bem.

Um livro para se apaixonar, experimentar e compreender que a vida é exatamente isso e não há nada de errado em ser feliz após um coração partido, um sonho destruido ou uma carreira que teve um fim abrupto.

Tão autêntico, leva você profundamente na vida dos personagens conforme eles gradualmente descobrem que existe, de fato, vida após seus sonhos falharem.Este livro é tão emocionante, envolvente e cativante. Assim como Evvie e Dean, é a história perfeita para apertar o replay e fugir do cotidiano.

#evviedrakestarsover

Resenha: Em Águas Profundas - Patrícia Highsmith




Editora : Intrinseca

Nota: 4’🌟⁣⁣⁣

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Vic Van Allen é casado com Melinda. Porém , q relação aberta frente aos casos amorosos da esposa o atormenta.Até que um dia ele decide fazer uma brincadeira: afirmando ter matado um dos amantes de sua mulher. Mesmo sabendo depois que o assassino seria descoberto, algo em Vic muda.⁣⁣⁣
⁣⁣⁣
Seu casamento está saindo dos rumos, fica sufocante e tudo aponta para ele. Entre acusações, a vida de ambos passa por tribulações que podem resultar em algo muito pior que brigas. ⁣⁣⁣

Patrícia Highsmith traz personagens humanos em uma situação complicada, mas ainda sim palpável. Confesso que por mais fluida que estivesse sendo a leitura, não consegui sentir empatia pelos protagonistas. Não torci por ninguém, pois via que ambos não eram confiáveis. Todas as suas ações eram duvidosas e suas palavras fatais como um golpe de faca. A única empatia que pude sentir foi da filha deles: presa entre os dois e muitas vezes, alvo do descaso . ⁣⁣⁣

A história se passa nos anos 50 e demorei a entender que Melinda era um espírito livre, queria ter a liberdade sexual e isso era algo difícil na época. A mulher não era bem vista. ⁣⁣⁣
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Aos poucos, fui me situando mais no thriller psicológico, porém o desfecho não me surpreendeu. Na verdade, acabou confirmando minhas suspeitas e se tornando um pouco previsível. Porém, toda a análise psíquica dos personagens e o que de fato leva ao caos humano foi algo interessante de acompanhar . ⁣⁣⁣
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📖Com muita vingança, sangue , esse casal mostrará que o relacionamento perfeito não existe. Todos temos sentimentos guardados esperando por uma chance de serem expressados. O romance policial da autora tera uma adaptação com estreia prevista para 13 de agosto. ⁣⁣⁣

Resenha: Renegados , Marissa Meyer


Editora Rocco

Nota:4,5’

 Gatlon City é sempre salva por heróis, tão valorizados por todos. Quem pensava que um tempo atrás todos tinham medo dos que possuíam poderes, hoje são amados. De um lado temos os Renegados, como Adrian.Filho de heróis até que sua mãe é morta. Ele só quer justiça por sua perda. Emquanto Nova perdeu sua família há 10 anos atrás, sendo adotada por um Anarquista, um dos vilões da ultima guerra. No dia que ela mais precisava, ela clamou pelos Renegados, para salvarem sua família, porém eles não o escutaram. Ela só quer vingança. Para isso, vai se infiltrar na organização dos Renegados e pretende destruí-los aos poucos, se passando por uma.

 "Enquanto a anarquia for sinônimo de caos e desespero, os anarquistas sempre serão sinônimo de vilania."

Esse era um dos meus livros mais desejados do momento, afinal estou falando da MARISSA MEYER. E sabe uma coisa que amo nos seus livros? O dom que possui para renovar histórias, acrescentar elementos interessantes, construir personagens memoráveis e discutir profundamente algumas questões.

Renegados é formado por super-herois, vilões em torno do conceito de anarquia e vilania. A autora brinca com as questões morais no enredo e isso é tão envolvente. Fãs da Marvel / DC poderão viver uma dinâmica diferente entre Renegados vs. Anarquistas.  Os poderes demonstrados são fascinantes, consistentes a ponto de te prender ao imaginar do que , de fato, todos são capazes.

O elenco é bem diversificado, o Adrian, por exemplo, é negro e tem dois pais. A Nova é feroz, corajosa e determinada. Eu adorei vê-la em ação, planejando sua vingança. Ela está disposta a mudar de lado para alcançar seu objetivo. Adrian também é corajoso, doce, gentil, mas está sujeito a justiça, sensato, impossível não se apaixonar por ele durante a trama. Mesmo agindo escondido dos seus pais, ele também tem seus motivos pessoais a seguir. Ou seja, pura ambiguidade em ambos. Um mente por um bem maior, outro finge para alcançar. Nova e Adrian são puro contraste. Duas ideologias distintas e se preparem porque a briga política é certa.

Quanto ao romance da história, ele está em segundo plano. Eu acredito que, por enquanto, as determinações dos personagens não deveriam seguir por esse caminho. Tive algumas ressalvas quanto ao tamanho da letra, as descrições  e informações além do que esperado, mas ainda sim a leitura fluiu super bem.

È impossível não refletir quem são os verdadeiros vilões da história. Escolher um lado não será fácil e duvido você me provar o contrario quando terminar esse livro. O cenário diatópico me conquistou desde o início. No geral, Renegados foi uma leitura fantástica. Super -heróis em mundo permeado por questões morais e muitas, muitas reviravoltas mesmo. Divertido, envolvente e cheio de surpresas. Torcendo para que Nova e Adrian amadureçam no próximo volume

“ - Mas nós dois sabemos que o mundo ficaria melhor sem heróis. Sem vilões. Sem nenhum de nós atrapalhando as pessoas normais e felizes nas suas vidas normais e felizes. “

 

Resenha: Espere até me ver de coroa, Leah Johnson

 
Liz tem seu sonho de ir para faculdade interrompido quando sua chance é rejeitada. Assim, ela pensa que pode se candidatar à rainha do baile para obter a bolsa de estudos. Todavia, ela não esperara que essa competição seria tão acirrada, e ainda por cima, se ela se apaixonasse por uma concorrente.

Um Ya LGBT sobre família, amor, vida escolar e preconceito. Netflix, vocês podem notar essa história? Pois a medida que lia, imaginei perfeitamente uma adaptação digna de risos e momentos emocionantes, e personagens tão identificáveis. 

Liz é uma personagem inspiradora: simpática, gentil e guerreira. Perdeu os pais, vive com os avós, cuida do irmão com anemia falciforme, tem ansiedade e ataques de pânico. Todavia, agora precisa garantir sua bolsa de estudos se for coroa a Rainha do Baile de formatura. Temos uma personagem enfrentando dificuldades e mesmo assim, tentando se reerguer. 

Me encantei com sua determinação e suas motivações tão plausíveis para isso. Ela quer fazer o certo, se aceitar e assumir, mas também fazer isso pelos outros. Tornando o mundo melhor, com respeito e empatia.Ademais, temos um elenco maravilhoso e diversificado de amigos. Eu adorei o quanto Liz dá valor as suas amizades e o quão apaixonada é pelos seus amigos.

Mas, o livro trata de questões mais importantes, como a sexualidade da protagonista, seu modo de enfrentar as adversidades dentro de uma escola preconceituosa. Ela quer enfrentar isso, quebrar as regras tão antiquadas para sua realidade, e assim fazer a diferença.

Apesar do romance nao ser o foco principal, ele é precioso e natural.  E isso é doce, adoravel. Uma história hilaria, comovente e sinto que foi um dos melhores livros do ano.Para sorrir, amar e se orgulhar.Esse contemporâneo foi divertido, trouxe uma mensagem linda sobre respeito, amor, autoaceitação e orgulho.

Terminei querendo ler mais da Leah Johnson e agradecendo, pois agora sinto que também posso usar uma coroa. Simplesmente inesquecível.

Gatilhos: ansiedade, ataques de pânico, ente querido com doença crônica, passeio, homofobia.

"Estou tão cansado da maneira como este lugar trata as pessoas que são diferentes, cansado de sentir que eu existo nas margens da minha própria vida. Eu mereço melhor que isso.

  

 

Resenha: A única memoria de Flora Banks , Emily Barr


 Editora: Verus

Nota: 4’

Flora tem 17 anos e sofre de amnésia anterógrada, depois de ter um tumor aos 11 anos. Assim, ela não consegue se lembrar das coisas após algumas horas, somente o que aconteceu até os 10 anos.

Então, todos os dias ela escreve em post its, no seu caderno, celular e na mão para lembrar de algo até o instante em que seu cérebro zera e fica tudo confuso. Porém , depois de beijar Drake, o namorado de sua melhor amiga, tudo muda e essa memória fica guardada. Embarcando em uma viagem, Flora fará de tudo para ver Drake de novo e fazer dessa recordação algo maior.

Eu não sei se saberia viver dessa maneira: perdida no tempo, revivendo as memórias antigas para saber quem eu sou hoje. A Flora faz questão de lembrar todos os dias o quanto é corajosa.


A história é contada pela Flora, então vivemos na sua mente confusa, sem lembranças e a todo momento somos lembrados de tudo o que ela é e fez. Rebobinando uma fita em todos os capítulos e talvez isso canse, já que há a repetição.

 
Mas, é preciso entender que isso é a Flora e ela precisa das suas memórias. A premissa da obra é incrível e me peguei devorando as paginas, a partir do momento que a Flora passa a se aventurar , indo além da sua condição física. Senti falta de saber mais sobre os personagens secundários, mas compreendi que a personagem guarda tão pouco de si, que é impossível lembrar dos outros.


Terminei o livro com algumas dúvidas em relação aos pais da Flora. Porém, Flora Banks ficou bem e isso me deixou feliz também, revelando algo incrível no final.

“– Olho para minha mão. FLORA, ela diz, essa sou eu. Essas marcas na minha mão formam meu nome. Eu me apego a elas. Sou Flora. Embaixo está escrito: seja corajosa. Não sei por que estou aqui, mas vou ficar bem.

Resenha: Todo esse tempo, Rachael Lippincott e Mikki Daughtry

 





 Editora: Alt

Nota : 4'

📕 O inicio do livro nos faz sentir os frios na barriga como uma montanha russa. Tamanhos acontecimentos da vida de Kyle, sua forma de ver o antigo relacionamento e encarar depois de algum tempo algo novo. Eu simplesmente adorei a Marley, uma garota criadora de história, tamanha sua excentricidade e simplicidade.

 

📙 Na metade do livro, há uma reviravolta que me deixou simplesmente chocada em relação ao protagonista. Confesso que continuo a me recuperar de alguns fatos. Todavia, achei o final algo mais exagerado e entendo que a autora quis fazer um conto de fadas, mas para mim, não funcionou tanto assim. O drama em demasia tornou-se algo irreal. O romance instantâneo também me desanimou. Tudo aconteceu tão rápido e simplesmente, estavam juntos.

 

Kyle não me ganhou. Por vezes, sua voz controladora, manipuladora me levou a questionar seus motivos e por isso eu tenho o rejeitado. Uma das partes que mais curti foi o realismo do seu relacionamento com Kim, os rompimentos, as brigas constantes e até bobas. Mostrando a imperfeição dos dois lados.

 

Kyle sofre um terrível acidente com sua namorada. Ao acordar, ele percebe que perdeu quem mais amava, até que conhece Marley. Uma garota que está passando pelo mesmo que ele, pelas dores e perdas. Uma amizade entre eles começa a nascer, mas será que será tão simples dizer adeus a tudo o que viveu para recomeçar nesse tempo?

 

A escrita flui perfeitamente, ao mesmo tempo que é rápida. Eu queria ver até onde essa história me levaria, mesmo com meus sentimentos conflitantes. E foi uma boa leitura, regada de magia, alguns aspectos realistas

 

Se você curte um bom conto de fadas, regado a um romance adolescente, toques de luto e que nos fazem refletir sobre o tempo de uma maneira diferente, essa pode ser uma boa leitura.

 

 

Resenha:As Duas Versões de Nós Dois, @juliohermann


 Editora: Faro

Nota: 3,5’

“Você só vai conseguir dar um jeito nesse caos que tomou conta da tua vida quando resolver o que deve perdoar e pelo que deve pedir perdão.”

Daniel trabalha em uma empresa de Publicidade, adora sua profissão e esta caminhando rumo a uma premiação por uma campanha.  Mas, sua vida não é so para trabalho, ele também tem uma melhor amiga, Olivia, que sempre falta dos seus relacionamentos que não deram certo.

Mal sabe ela que Daniel é apaixonado.  Em uma dessas conversas, tudo resulta a um desastre e essa amizade fica em frangalhos. Até que para Daniel o pior acontece: é demitido injustamente.

Entre coração partido, Daniel procura encontrar coisas boas pelas quais lutar. Algumas portas começam a abrir e ele irá perceber que as vezes precisamos perdoar e crescer, para se descobrir em novas oportunidades.  Já deu para perceber que a vida do Daniel pode ser a vida de qualquer um de nós , não é: aquela rejeição amorosa, aquela traição no trabalho, as perdas inesperadas que podem acarretar em mudanças para nossa vida.


A escrita do Julio continua perfeita, cheia de carisma, emocionante e que traz muitas reflexões a respeito da vida, suas escolhas, dores e novas experiencias. Enquanto lia, percebi que o Daniel amadurece e se depara com decisões sobre seus sentimentos. O que surpreendeu ao final com suas atitudes.

A história simples, embalada por uma playlist LINDA e PERFEITA para cada momento do personagem, trouxe uma leveza, um acolhimento e a sensação de que por vezes, precisamos de palavras que nos lembrem que somos embalados pela vida, mas podemos pausar e dar replay ou passar para frente, em uma canção diferente para mudar os rumos da nossa jornada.

De onde eu estava, o poço parecia não ter fundo.

Resenha: 𝐎 𝐩𝐥𝐚𝐧𝐨 𝐩𝐞𝐫𝐟𝐞𝐢𝐭𝐨 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐝𝐚𝐫 𝐞𝐫𝐫𝐚𝐝𝐨, Cameron Lund

Editora: Faro
Nota: 4’

Keely está no último ano escolar e é uma das únicas garotas virgens da sua turma. Assim como suas amigas, ela quer se livrar desse rotulo logo, até que uma oportunidade surge: ela conhece Dean, um universitário perfeito para isso. Experiente, atraente e encantador, porém depois de algumas saídas, ela mentiu sobre sua virgindade a ele. Agora, terá que ter um plano até tudo se acertar.

Entao, decide pedir ao seu melhor amigo, Andrew para terem a primeira vez e talvez isso não funcione tão bem como ela pensava. Ela terá que ponderar se vale a pena correr esse risco, seja na amizade ou no amor.

Confesso que os motivos da Keely foram totalmente difíceis de aceitar, visto que ela não tinha nenhum apresso pelo Andrew. Mas, adorei a amizade tão aberta deles, assim como com a Hannah. Eu simplesmente amo um Ya leve com uma trupe de amigos em pleno colegial, por mais clichê que seja.

Eu gostei bastante de como a autora retratou as pressões que pode ter nesse período, para acompanhar os outros. Isso é totalmente identificável na adolescência, seja com homens e mulheres. Além de lidar a sexualidade, de forma que as garotas são tratadas como “vagabundas”, mas os homens com incentivo. Ela traz uma mensagem de cunho sexual positiva.

A obra da Cameron Lund é divertida, com uma turma de amigos perfeitos para rir, mesmo tão previsível. Espero ler mais obras da autora no futuro.  Se espera uma leitura despretensiosa e fofa entre jovens, definitivamente indico esta.

“Eis o que compreendi a respeito dos momentos: você não consegue planejá-los. Os melhores são sempre os que nos pegam de surpresa.”

Resenha:Os Últimos Jovens da Terra- A Ameaça Cósmica, Max Brallier

 





Editora: Faro

Nota: 4,5'

Nesse quarto volume dessa série tão divertida e cheia de aventuras, me senti ainda mais apegada aos personagens. Em uma missão desafiadora, mas sempre com companheirismo e apoio dos seus amigos, Jack encontra ameaças inesperadas.

 


As ilustrações do Douglas Holgate são incríveis e me fez sentir que estava dentro da obra, tamanha dinâmica dos desenhos. Não podemos esquecer que essa edição da Faro Editorial é simplesmente tão linda, toda vez fico babando com o cuidado e o diferencial.

Se você curte algo mais infanto-juvenil, com uma pegada zumbi, monstros e muita ação, essa é a série perfeita para sair de uma ressaca, para dar de presente ou apenas para embarcar em um mundo caótico, mas extremamente divertido.

 

Aqui, com meus amigos e nossa comunidade de monstros, finalmente sinto que tenho uma família.

Existem seres humanos vivos? Quem é o vilão mortal? Qual a ameaça cósmica? Essas perguntas feitas pelos personagens serão respondidas ao longo de uma narrativa intercalada entre diálogos com muito bom humor e referencias mundiais.

 

É aquela leitura que passa voando, nos trazendo para mais perto dos personagens e pude notar o crescimento de cada um e como suas relações estão agora, sejam consigo mesmos, os amigos e os monstros.

 

O final foi surpreendente e promete muito mais por ai. Trazendo uma linda mensagem de amizade, coragem e força, Os últimos jovens da Terra só me conquista a cada volume.

 

Resenha: Estarão as prisões obsoletas? Angela Davis



Esse mês li “Estão as prisões obsoletas?” da famosa Angela Davis, publicada pela  Editora Difel. Confesso que já ouvi falar muito da autora, conhecida por outras obras, mas essa foi minha primeira experiencia com o tema: abolicionismo penal.

 

Voce sabia que já teve vários movimentos contra a existência das prisões? O EUA é um dos países com a maior quantidade de presos do mundo.

 Nesse livro, a autora discute o sistema prisional e se ele funciona para a reabilitação do individuo ou se é apenas para alimentar o sistema capitalista, que tem seus pilares no racismo.

13a emenda aboliu a escravidão, porém pessoas negras e muitos considerados perigosos são presos por pequenas ações, não consideradas totalmente crimes perante a lei.Mas, com a justificativa de serem “vagabundos”.

A população carcerária foi tornando-se crescente. E com o sistema privativo, os presos se tornam a fonte de mao de obra, considerada “barata” e sem valor. A autora fala tanto disso, como do assédio e violência sexual que os presos femininos são acometidos.

Um livro curtinho, mas com informações pertinentes que nos fazem refletir se o sistema carcerio é necessário e se realmente é benéfico para a população. E talvez não seja o mais ideal, visto que ele não procura introduzir novamente o sujeito na sociedade.

Mas, qual será a alternativa para os presídios? Como isso pode ser aplicado ao nosso país? Cujas prisões são lotadas, não há condições estruturais e organizacionais para a quantidade de presos e para sua reabilitação efetiva.

Qual a opinião de vocês sobre o tema? Lembrando que aqui teremos uma conversa sincera e respeitosa. Sem julgamentos.

Texto: Troféu




Não precisa me dizer. Eu já sei o que era para você.
Nada mais do que um mérito, nada mais do que um troféu na estante.
Ouro, prata ou bronze. Nada melhor do que ficar com um coração que não se quer.
Foi lhe entregado para cuidar e você só o fez guardar.
Mostrar que era dono de alguém, mas não a conhecia.

Não sabia das suas manias, de quantas vezes ela jogava tudo para o alto para te ver.
É engraçado, não é? Seu troféu caiu da estante depois de ficar muito tempo exposto.
Despedaçou-se. Meu coração também doeu. Minha raiva cresceu.
Nada melhor do que querer o impossível, que não era mais isso para você.

Na linha de chegada, você acabou sendo o ultimo. 
Eu larguei primeiro esse vício e deixei o cúmulo de avisos.
Você foi, eu fui e não voltamos mais.
Linhas separadas, vidas mudadas, não nos reconhecemos.

Depois de anos, me preparei para aqui estar e ficar.
Estou sozinha na largada, não te espero mais.
Não sinto sua falta e nem você a minha e tudo bem.
Estou correndo e não olho para trás.

Resenha: Rainha do NADA, Holly Black



Quando terminei Rei Perverso , eu não sabia o que fazer. Surtei muito, bolei teorias e até conversei com amigos sobre esse livro.

O ultimo volume da trilogia trouxe ao meu coração outros surtos, varias surpresas e muito amor pela Jude e Cardan. Personagens que cresceram muito durante toda a série e que tem seus potenciais devidamente explorados pela Holly Black.

Com os acontecimentos do livro anterior, tudo virá um caos. A Jude aceitou os fatos, enquanto digere a raiva, a traição e a dor. Porém, uma oportunidade surge e o Reino das Fadas será o palco para decisões de vida ou morte.

De tudo o que Holly Black trouxe nesse livro, ver relacionamentos tão complexos foi algo palpável. Jude está lutando contra si e seu coração, sua existência humana x o magico. E vamos combinar que viver um relacionamento, seja amoroso ou familiar não é de todo flores.

Com uma dinâmica ágil, uma história eletrizante, esse livro se transforma em um jogo de xadrez. Dois lados lutando com todas as peças possíveis pela coroa. Jude é uma protagonista feminina durona, vulnerável, ambiciosa e difícil de lidar. Mas, que continua sendo corajosa, audaciosa ao enfrentar seus medos e ser mais do que esperavam dela.

Cardan tem um desenvolvimento incrível durante os livros, teve seus encantos para mim, porém o brilho ficou na Jude e no Madoc. Além disso, a Taryn e Vivi estão mais inseridas na trama, mostrando realmente quem são.

Sinto que se esse livro tivesse mais páginas, tudo poderia desenrolar com mais calma, com mais plot twist e tensão. Mesmo sentindo falta de cenas de ação e um desfecho sem pressa, a trilogia Povo do Ar continuou me fazendo virar as páginas rapidamente.

"Ele é como uma força gravitacional puxando tudo em sua direção."

O final foi como eu esperava, mesmo ao mais EXPLOSIVO. Mas, sinto-me tão bem por tudo ter terminado, mas com uma saudade enorme desses personagens. A Holly Black devo meu amor pelo Reino das Fadas e espero ler mais no futuro.

Resenha:Uma conjuração de luz, V.E.Schwab

 


 Editora: Record 

Nota: 5’

Todo o conceito de “Um tom mais escuro de magia” me conquistou: as quatro Londres, os Antari s e suas aventuras. Uma metáfora brilhante, sombria e alucinante sobre mundos relacionados á magia, com cenários semelhantes e únicos.

 Osaron é o mago maligno, poderoso e que torna-se um vilão a altura durante a série. Acreditei que ele poderia ser a pura magia, indestrutível, poderoso demais para ousarem o enfrentar. Pânico, violência e desespero reinam na cidade, porém será que nosso trio conseguirá salvar o mundo?

Kell, Lila, Alucard e Rhy estão lutando contra o mal, para ter o controle da Londres Vermelha. E podem esperar que as cenas de lutas são as melhores. Realmente consegui imagina-las e estou torcendo para que vire uma série, pois essa trilogia merece muito o visual. Temos tantas revelações, tantos segredos quanto ao passado de Alucard e Rhy, assim como Holland que tem uma grande importância ao longo da história.

Mesmo acreditando que algumas cenas poderiam ter sido cortadas e talvez não fizessem tanta diferença assim na trama geral, esse terceiro livro foi mais mágico, sentimental até. Com os personagens que eu já estava acostumada e uma escrita criativa e linda.

"Eu o amei do jeito que a lua ama as estrelas. É assim que falamos quando uma pessoa enche o mundo de luz."

Quanto ao final, eu fiquei bem satisfeita. Foi uma jornada linda, isso eu posso afirmar. Sofri, me angustiei e torci muito por esse quarteto. Estou feliz que li essa série tão famosa da V.E.Schwab. Com certeza, para os fãs de fantasia, será impossível não se envolver com esse mundo.

Graciosa, vibrante e totalmente incrível.  Um elenco enfrentando os maiores males e permanecendo corajosos. Ferozes , ousados e distintos. A prosa construída é excepcional, destrutiva e que nos fará refletir sobre escolhas, poder e magia.

V.E.Schwab é viciante e se você lê algo dela, não vai parar mais. Confie em mim e depois agradeça. Anoshe. Até mais.

 

Resenha:Clarice não Volta , Fabrício Rodrigues Afonso



Clarice não teve pai e sim, uma mãe ausente. Desde criança sobreviveu a situações complicadas em uma cidade grande demais para entender. Quando Clarice encontra o mundo, ela se depara com o curioso, descobrindo ideologias, facetas e grandes historias por toda a parte. Se acompanhando de pessoas boas e ruins. Mesmo assim, isso ainda a deixa se perguntando: se apesar de tudo, um dia ela existirá de verdade?

Fabrício Rodrigues brinca com nossa mente, trazendo uma personagem sofrida, cheia de dúvidas e inocente frente ao mundo. Atribuindo a metáforas, ele aborda sobre o amadurecimento da vida, as perdas, recomeços, amor, amizade e depressão. Como o autor falou recentemente:  " um livro de esquina", comum a qualquer vida, mas que diz tanto.

Clarice é uma personagem por quem me apeguei logo: amante de um bom café, está disposta a aprender e lutar por outras pessoas. Porém, sua vida é marcada não só de alegrias, mas de desilusões amorosas, amizades toxicas e más influencias. Aos poucos, essa garota que antes era tão inocente, muda, evolui e aprende que com os cacos quebrados pode fazer retalhos.

A escrita é fluida, segue o ritmo da mente da protagonista e deixou isso mais intimista. Para cada leitor, a obra pode ter um significado diferente, visto que o final me deixou surpresa e ainda questionando sobre a personagem. Afinal, temos uma Clarice em algum momento de nossas vidas, podemos ser ela ou encontra-la pelo caminho.

Mesmo assim, foi interessante conhecer ideologias  e  ver como a protagonista está inserida nesse meio. Como ela desperta para o outro lado humano. Ademais, ele aborda a luta LGBTQIA+, um ponto muito positivo , tendo em vista o preconceito que essa comunidade sofre.

".. de agora em diante , meu desejo é lei, e faço de mim o que bem quiser."


O final foi muito satisfatório, até me surpreendeu. Se você quer uma leitura curta e identificável, “Clarice não volta” é um nacional que vai te proporcionar inúmeras reflexões.

Resenha: Pelos olhos de ver o mar , Isabella de Andrade

 
Nota: 4’

Faz um tempinho que acompanho a Isabella nessa rede e o você nem imagina o quão fiquei feliz em apreciar sua escrita. No feed da autora, ela recita suas criações e sempre com  muita emoção. "Pelos olhos de ver o mar" foi como se tivesse a autora contando toda a história do jeitinho que ela faz: com sensibilidade e encanto. A vida de Maria é contada nessa obra, alternando com metáforas e poesias. Suas vivencias na cidade pequena com sua mae, sua infância e todos os sentimentos possíveis.

Em Miraflores é possível ver o mar de pertinho e as vidas de Clarissa, Lourdes e Maria tem esse cenário lindo. Além de contar com a descoberta do Teatro municipal: um lugar que pode ser centro de muitos sonhos. Até que Chico, um garoto se encanta pelo mundo de Maria e sua beleza com as palavras. E a partir desse momento, a solidão dará espaço para o espetáculo da vida e do coração.

A jornada da protagonista é linda e com toques de paixão. Ela sonha, deseja e não tem medo de expressar isso. De ficar em frente ao mar e admira-lo na sua imensidão, de sentir o toque das ondas nos seus dedos, o frescor do vento e o sorriso que lhe escapa em muitos momentos.

Enquanto lia, me deu uma saudade de fazer exatamente isso: apreciar a infinitude do oceano, de pegar a areia com as mãos e deixa-la escapar com a brisa. E nesse tempo, que tanta coisa que amamos nos foi tirada por um momento, ler me trouxe de volta os bons sentimentos.

A escrita da Isa é poética, sentimental e fluida. Aos poucos, adentramos ao seu interior e de lá, encantei-me por Maria. Seu jeito único de falar e sua beleza em ver o mundo.

 🌊 "Abre o peito e arde um tantinho, deixa então o mergulho sarar. Vê as ondas e corre o menino, lança o barco por onde ventar. Fecha os olhos e sabe o menino, é de sal e sonhos a água do mar.

#amoler #livrosinfantis #livrosnacionais #livros #books #contos #mulheresescritoras #isabelladeandrade #pelosolhosdeveromar

Resenha: Um sobre Infinito - Episódio I, Paulo Gramacho


 

“Se você pudesse abrir uma caixa e contemplar todo o passado e todo o futuro, você abriria?”.

Sol cresceu no meio das testemunhas de Jeová e mesmo tão nova, ela afirma tudo o que aprendeu, até o ponto que passa a fazer mais perguntas sobre o mundo.  Cheia de curiosidade, amor pela matemática e questionamentos sobre a ciência e religião, Sol irá além da família tradicional para descobrir o mundo por si.

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Em poucas páginas, podemos conhecer as crenças de Sol, seu cotidiano e os confrontos em sua mente sobre tudo. A medida que cresce, ela percebe que foi controlad demais pela sua família, sendo fazendo o que todos queriam, o que já era comum.

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Paulo Gramacho traz uma história que foge da minha zona de conforto. Afinal, não costumo ler sobre os embates de religião x ciência e fé. Gostei demais da personagem e de como ela foi bem construída tão rapidamente e de forma inteligente.

Acredito que o autor quis trazer a discussão sobre as crenças que são ensinadas, passadas de geração a geração, assim como o amadurecimento de uma mente. As descobertas quando se fazem as perguntas corretas.

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Com um contexto filosófico e religioso, “Um sobre infinito” é uma leitura rápida, reflexiva e que abre um leque de interpretações. Talvez se tivesse mais páginas, poderíamos ir mais fundo nesse tema tão instigante.

* LIVRO CEDIDO EM PARCERIA COM O AUTOR

Nota: 3/5 estrelas.

Resenha: Deusa Ísis - Mãe, Esposa e Rainha , Gabriela Edel

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"Você é movida pelo que faz seu coração vibrar..."⁣


Nadya desde criança sonhava em ser arqueóloga. Descobrir o mundo e seus segredos. No dia de sua formatura, Nadya ganha o sorteio de uma expedição para o Egito, sendo uma formanda premiada e indo realizar seu sonho com vários arqueólogos.⁣

Além de conhecer o país, ela tem como objetivo encontrar a tumba da Deusa Ísis, todavia essa viagem não será apenas para realizar seu desejo mais intimo. Ela irá enfrentar algumas barreiras e muitas mudanças irão decorrer esses dias.⁣

Já vou começar afirmando que a Gabriela Edel me fez ficar fascinada com o Egito. Eu simplesmente adorei descobrir mais sobre o Egito moderno e o Egito antigo. A narrativa intercalada entre passado e presente, tornou a leitura fluida, dinâmica e divertida.⁣

Acompanhamos a Nadya conhecendo pontos turísticos, vivenciando um mistério e ainda por cima, tendo que lidar com o seu relacionamento amoroso, que ficou em segundo plano.O artefato misterioso e sua ligação com a Deusa Isis me fizeram virar as páginas, devorando rapidamente a história. ⁣

" Você aprenderá lições dolorosas que lhe transformarão. Você terá perdas, depois receberá infinitas bênçãos. Nunca se esqueça de quem você é. Ame-se sempre!"⁣

A história acabou indo para um rumo inesperado e interessante, surpreendendo através de uma boa construção dos personagens e algo além do romance para entreter. Sem falar que temos o conhecimento que a autora traz para a obra, abordando aspectos culturais, históricos e mitológicos .⁣

📖Ademais, não precisamos ser deusas para ter algum poder. Podemos aprender com os erros, acertar nas decisões futuras e sempre lembrarmos que a coragem já é poder suficiente.⁣

Resenha: Utopia , Ricardo Reis

Ícaro e Ramiro são melhores amigos em um mundo dotado de tecnologia, muito além da que temos. O sonho de ambos é trabalhar na empresa TecnoMudança, uma das líderes do Planeta. Eles conseguem o tão sonhado emprego e descobrem a existência de Pandora, um projeto que permite viagens no tempo.

 

 Jade é da Terra do Nada. Ela trabalha para o Governador, um ditador, que escraviza o seu povo. Até que um dia ela encontra o livro Utopia, que como um mago, realiza todos os desejos que são escritos nele. Por saber demais, ela foge do ditador.

 

A premissa começa com personagens interessantes, mundos paralelos, muito futurismo e viagem no tempo. Confesso que demorei a entrar na história, mas depois passei a entende-la melhor.

 

Além de ter representatividade na trama, temos a discussão do futuro da sociedade em uma Utopia regada a sentimentos e ações. Durante a leitura, vemos uma maior agilidade na narrativa e muitos segredos vindo a tona, inclusive como as emoções podem comandar grandes decisões e isso gerar consequências irreparáveis.

 

Ricardo Reis constrói uma boa história, trazendo referencias culturais e históricas, como: a morte de Cleópatra no looping do tempo. A trama futurística me atraiu, porém o que mais me cativou foram as ligações entre viagens do tempo e tudo o que estava interligado ao elenco.

 

Porém, foi uma leitura que precisei ir aos poucos, estando atenta a todos os detalhes, fatos históricos e referencias. Ademais, lembrei muito da série Dark enquanto lia. Então, se você curte essa vibe, provavelmente também gostaria de Utopia.


* O livro está disponivel no Kindle Unlimited: Amazon

Bia, 27 anos, mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão. Além de ser viciada em café, series e filmes. Pensa em ser muitas coisas, mas de uma ela tem certeza: leitora assídua nunca deixará de ser.




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