RESENHA: ELEANOR OLIPHANT ESTÁ MUITO BEM , Gail Honeyman

Editora : fabrica231 
Nota: 4,5

Eleanor Oliphant tem 30 anos e gosta da sua rotina, da solidão e das formas como as coisas tendem a acontecer. Ela não tem amigos. È quieta, pragmática e não sabe socializar. E ela está perfeitamente bem. Mas, Eleanor,  tem como a solidão  uma armadura e se protege das pessoas ao seu redor.Trabalha no mesmo escritório há 9 anos. Todos os dias faz a mesma coisa, até que isso muda quando Raymond, um colega de trabalho saem juntos. Na sua ida para casa, eles vêem um homem andando pela rua que precisa de ajuda. Esse incidente amarra a vida dos três e isso terá um significado para Eleanor Oliphant. A amizade que surge é algo que nunca foi vivenciado na vida dela.

Aos poucos, ela se sente mais ousada, mais confiante para que a atenção de um homem para nela. Ela também percebe que pode ter amigos e que precisará confiar neles em algum momento.

"Há cicatrizes em meu coração, tão grossas e desfigurantes  quanto as do meu rosto. Sei que estão ali. Espero que reste algum tecido ileso, uma área através da qual o amor possa entrar e fluir para fora. Espero."

Imagina uma mulher nos seus trinta anos, mas pessima em ser social. Ela tenta ser normal para todos, mas não consegue e de certa forma, algumas atitudes são hilárias. Porém, não só de momentos engraçados é Eleanor. Ela é triste e sozinha, até o momento que percebe que pode se apaixonar por uma pessoa, se tentar muito.

Eleanor é uma personagem peculiar. Estranha, solitária e surpreendente. De fato, foi um livro que trouxe grandes emoções, pude rir e chorar. Sentir seus receios as novidades na sua vida e suas mudanças. Como uma borboleta, ela está presa a sua rotina e só conhece isso. Ela sabe que é defeituosa, mas nem imagina o quão especial tornou essa história.

Eleanor Oliphant é silenciosa, profunda e como  uma chuva calma, aos poucos ela para e percebemos que o clima mudou para algo melhor. Sua história ela mesma conta. Entre memorias esquecidas, segredos, solidão, percebemos que na vida ela aprendeu a sobreviver.

"Eleanor Oliphant aprendeu como sobreviver - mas não como viver."

Uma escrita linda e perfeita para destruir quem lê. É doloroso e cativante ao mesmo tempo. Não há romantismo aqui e fiquei bem satisfeita com o que autor propôs para a protagonista. Uma história única, comovente, inspiradora e que será inesquecível. Nunca esquecerei do quanto Eleanor tocou em mim, para no final das contas, ficar tudo bem.

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Bia, 27 anos, mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão. Além de ser viciada em café, series e filmes. Pensa em ser muitas coisas, mas de uma ela tem certeza: leitora assídua nunca deixará de ser.




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