Por Bia L.
Minhas palavras estão presas na boca e não saem por nada.
Muda, não consigo fazer nada para você me perceber.
Perco o ar, perco a fala, perderei o que mais?
Você não vê que minhas ações me denunciam? Me entregam como uma perseguidora de um coração que não me pertence.
Estou a um passo de desistir. Um momento de me afastar e te afastar.
Bem que eu poderia ser uma conselheira para mim mesma, deveria me ouvir e aceitar que você não está no meu caminho. Quem disse que amando você posso enxergar as coisas direito? Vejo dor e amor. Vejo tudo e algo mais que sou.
Estou no meio de uma chuva e meu coração não consegue ter descanso até chegar perto o suficiente de você. Respirar o mesmo ar. Sentir o sabor de tudo o que um dia sonhei. Olhar e ver tudo o que sempre quis e escutar que você também poderia se apaixonar.
Eu deveria ficar longe dessa confusão de corpos e emoções. "Então vai", diz meu coração. E minha razão diz: "Fica menina, isso é muita destruição para um só coração."
Então, aqui estou eu, parada no meio do deserto esperando para ser salva. O amor é um caminho sem volta. Destruição e construção, restauração e transformação. Sinônimos e adjetivos demais em um só sentimento.
E aqui estou eu sozinha e com uma ressaca daquelas de você. Passei a noite pensando e continuo sem esperança, mas meu coração continua gritando no pé do meu ouvido:" vai menina, se arrisca". Mas bêbada estou a seu caminho e quero que você escute o que tenho para te dizer. O que tenho escondido todos dias ao te ver.
Nada poderá me parar, a não ser você. Pode ser que doa, mas também correrei o mais rápido que você. Estou no caminho. Até você.