Vi um casal de velhinhos na praia.
Desculpe- me , idosos, sorrindo um para o outro, de mãos dadas e pés descalços.
Molhando os pés na água fria e salgada.
De onde eu estava, senti vontade de ter esse
momento para mim também. Permiti- me um sorriso de inveja e de saudade. Será
que tudo o que sinto é saudade? E lembrei de como seria legal te contar como
eles eram um velho casal feliz é apaixonado, mas ai fiquei triste de novo.
Sempre tive aquele medo de amar errado. Aquela
dependência e vicio que o amor nos causa, o turbilhão de emoções , o bater
rápido , aquele ciúme desmedido e aquela dor da separação, mesmo que por horas
por causa de uma briga por um motivo mais idiota ainda. O amor e o medo andam
juntos, dedinhos segurando firme.
Somos dependentes de algo, seja de drogas, uns de
dinheiro , outros de abraço e muitos de amor. No final, dependemos de alguma
coisa, alguém ou algum sentimento, só custamos a admitir que quando a
abstinência aperta , rastejamos para nossos fortes e pedimos que passe , mas se
não passa, a tristeza bate e pedimos novamente para que venha seja o que for,
para amenizar essa dor de não ter e querer.
Há ondas que vem para o bem. Custo a dizer isso em voz alta e mais ainda a aceitar. Tão dificil quanto é colocar o orgulho de lado, baixar a guarda e falar que apesar da distância , tudo continua igual: aqui; e torço para que ai também.
Bia, lindo texto! O amor é mesmo uma faca de dois gumes. Corta e fere. Mas é uma delicia e você tem que se permitir quantas vezes ele bater a sua porta. :D
ResponderExcluirLivre Leve Livro
Tudo continua igual aqui também.
ResponderExcluirL.F'