É
mais do que um rabisco.
Engano-me.
É uma carta de despedida. É a última
conversa que você se esquivou e só saiu andando.
Esse é o começo da minha
queda, de onde caí e você não quis olhar para trás. Continuou em frente, com as
mãos nos bolsos da calça jeans, se esquentando no casaco de couro preto que te
deixava mais sexy.O vento bate no seu cabelo e de onde ainda te vejo, não bagunça
, ele se rende. Sabe do poder que você tem nas palmas das mãos, no calor da tua
pele, no contato da tua boca e na força do teu olhar.
Não sei como terminar, nem por qual lado começar. Algo me pede pra ficar, me agarrar as lembranças boas e gritar com você, que me deixa doente, mas que também pode me curar. Te olhar pela última vez.
Uma força me implora para ir
embora, para seguir o outro caminho e não olhar para trás.
Se você soubesse o quanto é difícil dizer só "Oi" pra você. Esbarrar e deparar-me com você, sem saber para onde olhar, porque sei que quando eu te encarar, ficarei ali, na imensidão do seu olhar e chorarei por não termos mais uma história.
Se você soubesse o quanto é difícil dizer só "Oi" pra você. Esbarrar e deparar-me com você, sem saber para onde olhar, porque sei que quando eu te encarar, ficarei ali, na imensidão do seu olhar e chorarei por não termos mais uma história.
Sou forçada a viver. A pensar só em mim quando quero estar com você e eu sei que todo mundo diz: tenha amor próprio. Eu tenho. Acredite. Mas, quero ser amada também. Quero que outra pessoa veja o que eu amo tanto em mim e que ele possa amar também.
Porém, fechei a porta. Nao toquem a campainha. Nao batam com
força. Não abrirei. Estarei na mesa da sala de jantar com um bloco de anotações , passando a limpo minha vida e reconstruindo meu coração, para
quem sabe um dia, alguém achar a chave que joguei no mar depois que você se foi, ninguém tem mais direito de entrar.