Resenha: FLORES PARA ALGERNON, Daniel Keye


Lançado originalmente como um conto em 1958 e vencedor do Prêmio Nebula, em 1966.
 Já teve várias adaptações para o teatro e a televisão.

Queria saber expressar bem meus pensamentos enquanto lia essa obra, tão humana, tão verdadeira e dolorida.

Charlie Gordon tem um QI de 68 e tudo o que faz é varrer a padaria. Até que um dia ele é convidado para participar de um experimento. O primeiro ser humano a ser operado e que se tornaria inteligente, que foi o que sempre quis ser.

Todavia,  tudo tem um preço e a vida volta para cobra-lo. Charlie era tratado como inferior, humilhado constantemente. O riso das pessoas não era com ele e sim, dele. As amizades que ele pensou que tinha, na verdade, não eram tão amigas assim.

E aos poucos, suas memórias da sua infância retornam, assim como sua inteligência. Charlie pode ter crescido fisicamente, mas suas emoções são infantis. E agora ele precisa aprender o que nunca lhe foi ensinado e isso pode ser duro de ver.

Com uma narrativa diferente, em formato de relatos, Charlie nos conta como ele é, foi e está sendo após a cirurgia. E você, de fato, perceberás as nítidas mudanças na sua mente através da escrita informal e objetiva.

Uma obra que trata de doenças mentais, natureza humana, lembranças e perdão. Senti tristeza, raiva, esperança e amor por Charlie. Torci por ele, mas tive medo por ele.  Pelo comportamento e desumanidade do ser humano, visto que zomba, ri e faz graça de qualquer pessoa que seja diferente.

No final das contas, entendo a força que Flores para Algernon têm. Seu dom em explorar a inteligência, o amor e a dor. É uma história muito triste, mas necessária para compreender o outro. Nos fazendo pensar em empatia e respeito. De partir o coração, mas nunca ser em vão.


"Que estranho é o fato de pessoas de sensibilidade e sentimentos honestos, que não tirariam vantagem de um homem que nasceu sem braços ou pernas ou olhos, não verem problema em maltratar um homem com pouca inteligência".


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Bia, 27 anos, mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão. Além de ser viciada em café, series e filmes. Pensa em ser muitas coisas, mas de uma ela tem certeza: leitora assídua nunca deixará de ser.




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