De todas as coisas que voce fez , qual é a que mais se arrepende?
Do abraço não dado, da palavra não dita;
Do beijo nao solicitado; do aperto não lembrado.
E você sabe bem, que arrependimentos são passado;
quando o agora é o que mais importa é viver bem.
Se vive, se experimenta, arrisca e sente.
Se arrepende por ter feito e nao feito.
Pensa que amanhã pode nao estar aqui,
entao decide arriscar, fazer e sentir.
Quer o amor que não teve,
as viagens que o medo nunca deixou,
os filhos que nunca quis,
o casamento que nunca foi desejado até ser.
Até encontra-se sob o jardim
e perceber que nao temos todo o tempo do mundo.
O tempo passa: tic-tac; tac-tic.
Não decidiu por si, mas resolve partir.
Descobre que quer ver as lavandas nos jardins infinitos,
Conhecer culturas diferentes e ver a humanidade de novo.
Novamente, experimentar sensações diferentes.
Mesmo que sozinha, de repente.
Tatua no corpo e dessa vez, encara sempre.
As novas marcas, as cicatrizes antigas;
O coração que desfalece e renasce.
A mente que regenera e a chave gira.
Encaixa e abre a porta trancada.
Agora, entreaberta. E o que vem com ela,
É novo, é desconhecido e tem gosto de casa.
Com ela, os campos sao grandes, floridos;
E no meio, tem espinhos.
Desbrava como uma criança que sempre foi:
Atrapalhada, curiosa e risonha.
Cai e ri; Machuca e levanta;
É destruída e nasce.
Renasce como novo.
Das cinzas ao renovo.
Do cinza ao colorido, como era para ter sido.
Acompanhada ou sozinha.
Aventurando da Argentina a China.
Do frio ao calor; do gelo ao fogo.
Do extremo ao oriente.
A chave que abriu tudo o que pode ser
É a mesma que a faz sentir como gente.