Resenha: A maldição do mar, Shea Ernshaw


Penny Talbot mora na Ilha Lumière com sua mãe. E logo, turistas vão começar a chegar a cidade para o grande evento que acontece na cidade de Sparrow. Há 200 anos, três irmãs foram mortas, acusadas de bruxaria: afogadas no mar. Porém, todo dia primeiro de julho elas retornam nos corpos de garotas de suas idades para uma vingança, afogando garotos.

Todavia, esse ano, um novo cara aparece, Bo Carter. Penny oferece um serviço na ilha , mas quando corpos começam a aparecer no litoral, novos sentimentos ameaçam Penny. E a cidade inicia uma caça ás bruxas. Será que a lenda das 3 irmãs bruxas é verdadeira ou só uma coincidência sobrenatural?

E quem disse que a Shea Ernshaw não pode ser uma bruxa? Ela encantou esse livro de uma forma assustadora, vibrante e cativante. Tem uma certa nostalgia, peculiaridade e magia. A atmosfera marítima trouxe tudo que eu não esperava.

Alternando entre o passado das irmãs Swan e como a maldição afeta a cidade, poderemos compreender que a história tem uma grande reviravolta, seja no passado como no presente. Esse elemento sobrenatural abrilhantou e deu um ar sombrio a história.

Penny pode até parecer apática, mas é alguém que eu gostaria de ser amiga e seu relacionamento com Bo, é digno de fofuras. Mesmo sabendo que havia algo escondido em ambos. Apesar de não ter curtido o amor rápido entre Bo e Penny no início, algo deles me fez voltar atrás no desfecho. Mesmo não sendo tão surpreendente e faltando melhores desenvolvimentos, o livro se torna viciante.

Perdi a conta de quantas vezes reli as descrições do local, por conta da beleza, dos pequenos deleites das irmãs ou da própria Penny.  “A maldição do mar” traz uma lenda de bruxas, mistério em um cenário moderno e um trama que se conecta por completo.

Se você gosta de lendas, histórias de amor, cidades litorâneas, a Maldição do mar vai te cativar, assustar e comover com sua prosa.

"O amor é uma feiticeira insidiosa e selvagem. Ela espreita, suave e gentil e silenciosa, antes de cortar sua garganta." 

Resenha: Marcados, Jason Reynolds


”Conhecer o passado é conhecer o presente.Conhecer o presente é nós conhecer”.


O autor começa afirmando que esse não é um livro de história. E a verdade é: é melhor que qualquer livro de história. Enquanto lia, parecia que eu estava conversando com o autor, aprendendo sobre tudo.

Ele mostra de uma maneira dinâmica a conexão entre acontecimentos do passado à realidade. Abrindo um debate essencial, não só para rever abordagens, mas para apresentar uma realidade dura e direta sobre o racismo e o antirracismo nos EUA.

De uma maneira bem compreensível, direta, sem ser rebuscada e cansativa, a história das ideias racistas permite ir mais a fundo na história mundial. Contada cronologicamente, somos levados ao primeiro racista do mundo em 1415 até a presidência do Obama.

Se você lembra bem como foi o colonialismo, deve saber que algumas ideias estavam associadas: escravidão, preconceito e humilhação. Os ingleses fizeram isso na Índia, os portugueses no Brasil. Brancos contra índios e negros. O início da subjeção das raças a uma “superior” que persiste até os dias atuais. Consequências que são sentidas até hoje.

Jason Reynolds constrói com bom humor e uma linguagem simples, como uma conversa para manter nossa atenção as páginas, mostrando identidade, altruísmo e força nas suas palavras.

Assim, ele explica os três tipos de ideologias racistas: os segregacionistas ( que odeiam), assimilacionistas ( que ignoram) e anti-racistas ( que amam a raça).  Jason nos faz pensar em toda a leitura sobre essas três palavras e onde elas se encaixam no nosso contexto.

Enfatizando nomes conhecidos como: Malcolm X, Du Bois, Angela Davis, Stokely Carmichael, entre outros; que analisaram suas situações e tornaram-se marcos no pensamento racista. Assim como, a posição de mulheres negras queer, que lidam com o preconceito de diversos lados: seja pelo sexismo, homossexualismo.

Muitas coisas são descritas neste livro, até não relatadas em livros de história. Mas, que aconteceram e são REAIS. E isso me surpreendeu demais. Imagina se fosse uma leitura nas escolas? Afinal, ideias racistas foram usadas para justificar a opressão dos negros nos EUA;

Em suma, esse livro deveria chegar ás escolas. Informativo, aberto e necessário. O ponto de partida para quem quer aprender mais sobre a história do racismo e mergulhar nessa luta.

Como o Rei da Elfhame Aprendeu a Odiar Histórias

 

Jude & Cardan - um casal que eu nunca esperei amar tanto!

 Quando conheci Jude e Cardan, meu coração de enemies to love vibrou. Eu fiquei embriagada por Cardan, seu jeito misterioso, com um humor negro e sempre batendo de frente com a Jude.

E sinceramente, eu me mudaria para Elfhame na primeira oportunidade!

 Eu adorei Como o Rei da Elfhame Aprendeu a Odiar Histórias. Pude matar um pouco da saudade que estava de um dos meus casais favoritos.Ele é tão belo, suas ilustrações são da Rovina Cai. Encantadoras, caprichosas e etéreas. Até parece que estão transbordando das páginas e eu pude visualizar Jude e Cardan desse jeitinho.

Os contos contam mais sobre o Cardan de antes dos acontecimentos de “O príncipe Cruel”, interligando a trilogia e assim nos apresentando mais do príncipe. Como ele era quando criança? Como se tornou esse vilão tão cheio de si e ambicioso? O que sentiu ao ver Jude pela primeira vez?

Em cada história, Cardan se questiona sobre quem deveria ser, buscando sua identidade, além de ser um príncipe tão rejeitado pela própria família.  Aquele que deveria ter tudo, mas que não tem nada. E até o amor, ele sentiu que não merecia. E isso quebrantou meu coração. Ah , meu príncipe cruel.

Cardan sempre foi um dos meus personagens favoritos da série:tem um toque de mistério, deboche e rebeldia na alma. Estamos acompanhando os contos de quando era criança e não curtia histórias, de antes e durante Príncipe Cruel e após Rainha do Nada. Como um garotinho, um príncipe e rei que traz um novo olhar sobre si.

 

"Interpretar o vilão foi a única coisa em que ele realmente se destacou."

A escrita da Holly Black, a rainha das fadas, traz um Cardan complexo, solitário em um conto de fadas que fecha perfeitamente sua narrativa. Tornando-a irresistível, a ponto de nos fazer querer mais.

Será que a Holly escreveria a trilogia através do ponto de vista do Cardan? Ela me deu esperança depois desse livro.

 Para todos os fãs da trilogia, do Principe Cruel.Solitário, dramático e afiado como nunca antes.

 Avisos de conteúdo e gatilho: abandono, bullying, abuso, menção ao uso de drogas, humilhação, conversa sobre trapaças e muita bebida.

 

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A edição da Bertrand Brasil conta ainda uma capa incrível: hotstamping holográfico e verniz localizado fosforescente (que brilha no escuro)!

 Entre a vida e a morte, há uma biblioteca...

Cada livro oferece uma oportunidade de experimentar outra vida que você poderia ter vivido.

Você teria feito algo diferente, se houvesse a chance de desfazer tudo de que se arrepende?

Bia, 27 anos, mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão. Além de ser viciada em café, series e filmes. Pensa em ser muitas coisas, mas de uma ela tem certeza: leitora assídua nunca deixará de ser.




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