Resenha: Cartas para Martin , Nic Stone

Editora: Intrinseca
Nota: 4'

“Não podemos controlar como as outras pessoas pensam e agem, mas temos o controle total sobre nós mesmos. No fim das contas, a única questão que importa é: se nada no mundo mudar, que tipo de pessoa você prefere ser?”


Justyce McAllister percebeu que sua cor define como o mundo o trata. Ao ajudar a ex-namorada, ele acaba sendo preso e declarado como culpado. Depois disso, o adolescente resolve escrever cartas para Martin Luther King e expressa nelas todas as emoções presas, muitas referentes a situações que passa devido a cor da sua pele.

Ele percebe que a injustiça ligada a sua raça é inerente a sociedade. Visto que na sua escola tem poucos colegas negros, fora que os noticiários revelam que negros são presos, mortos todos os dias.


Cartas para Martin tem a leveza, sensibilidade e força sobre uma discussão que ultrapassa as décadas. Quando a cor da pele é a causa dos piores julgamentos? Quantas vidas inocentes perderão as vidas pelo racismo?


Esse ano o movimento Black Lives Matter enfatizou o quão cruel, triste é ver personagens como o Justyce pelo mundo, que lutam por mudanças, mas veem diariamente que isso é dificultado devido as raízes sociais impostas. A vida do protagonista traz todas as barreiras que lhe são impostas, quanto ao seu futuro, as garotas e sua percepção de mundo frente ao preconceito.

Finalizei a leitura de Cartas para Martin refletindo muito acerca dos privilégios que a população branca tem e da realidade dolorosa do racismo. A história de Justyce é um retrato perturbador, real e comovente. Um livro que abre os nossos olhos e mentes para um problema sob a perspectiva do outro. Abordando a violência policial, racismo, identidade, entre outros. Aviso que esse livro terá gatilhos.

 
Por que os negros estão sempre com tanta raiva?? Como eu posso não ter raiva?

Minha única ressalva é sobre o final, que pareceu tão pouco realista frente as questões importantes abordadas no livro. Porém, essa é aquela indicação especial, não só pelas questões levantadas e que precisam ser colocadas em pauta. Mas, como uma história que trará consciência cultural e social para a vida.


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Bia, 27 anos, mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão. Além de ser viciada em café, series e filmes. Pensa em ser muitas coisas, mas de uma ela tem certeza: leitora assídua nunca deixará de ser.




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