Título:Para Onde Vai O Amor?
Autor
: Fabrício Carpinejar
Ano: 2015
Páginas: 176
Sinopse
: Para Onde Vai O Amor? - O amor não é uma propriedade de quem sente, é uma
transferência total para quem é amado Você que está vendo este livro com dúvida
se precisa dele, você não precisa dele, precisa de si, vive caçando uma palavra
que confirme o que deseja, está atrás de um escritor que possa lhe recomendar
de volta para quem brigou, com capacidade de explicar o que sente e traduzir
seus tormentos. Mas já sabe o que deseja, não há como convencer do contrário,
os amigos mostraram que seu relacionamento não tem futuro. Não acredita neles,
acredita somente no milagre. E como justificar um milagre, ainda mais para quem
não tem mais fé? Eu entendo o que está passando: sua raiva, sua amargura, seu
cinismo, seu desencanto. Percebeu que a razão não conforta, que a vingança ou o
perdão não ressuscita a tranquilidade, que o fundo do poço nunca se equivale ao
nosso fundo. Você parece normal, mas todo mundo deixa de ser normal quando se
apaixona e se separa. Se sua expectativa é por uma solução, eu guardo apenas
uma certeza que trará alívio mais adiante: você não vai desistir. Quando diz
que acabou a relação, é que está procurando um outro jeito de recomeçar. Em seu
novo livro de crônicas, Carpinejar apresenta 42 textos que sobre amor,
desilusão amorosa, casamento, divórcio, saudade e outros sentimentos que
compõem os relacionamentos.
Em
seu novo livro , Carpinejar em seus 42 textos vai falar do amor, ilusões
amorosas, separações, casamentos, divórcios, saudade, comodismo e entre outras
situações em que o amor deixa ou começar a existir. Crônicas curtas e frases de
sentido nos refletem e abordam nossas experiências.
"Quando
deixo de amar, não fico aliviado, eu fico triste. Porque é se despedir de uma
grande parte da própria vida, é se desapegar de um sentimento que julgava
único.
É
triste deixar de amar. Profundamente triste. É sacrificar a personalidade, é
nunca mais usar um jeito de reagir e de falar, nunca mais usar um jeito de beijar
e de abraçar, nunca mais usar um jeito de transar e ser feliz.
Passo
a pensar: onde foi parar todo aquele amor? Onde é que ele se escondeu? Será que
desapareceu ou apenas está dormindo?
Será
que terminou mesmo ou é fingimento para suportar a falta? Será que minto para
mim para não sofrer tanto?
Será
que o amor é um segredo disfarçado de fim? Será que a minha solidão agora é
soberba? Será que meu contentamento é uma cilada? Será que me embriaguei de
palavras e esqueci o caminho de volta?
Onde
estão aquelas declarações apaixonadas? Em que parte distante de mim, já que não
sobem mais aos olhos?
Para
onde foram a algazarra da convivência, os passeios, as viagens, as mãos dadas,
os risos, a cumplicidade das festas, as brincadeiras, o sono de conchinha, as
conversas até tarde?
Para
onde foram a ansiedade, o ciúme, a saudade, o desespero de não ver mais, as
implicâncias ruidosas, as concordâncias silenciosas?
Para
onde vai o amor após sumirem as fotos, os quadros, as mensagens de texto, os
bilhetes de flores?
Quando
não há mais dor para sinalizar onde se mantinha o amor. Quando não há mais
desespero para apontar onde se guardava o amor. Quando não restam lápide,
campa, cicatriz, rua, aliança para ostentar sua lembrança.
Em
que parada de Porto Alegre desembarca a comoção perdida? Qual a estação em que
o amor acena e evapora? Que planeta, que dimensão, que oceano?
Ou
ele se transforma numa mania nova, num modo de suspirar, de virar o rosto, de
mexer as orelhas?
Ou
ele se converte em cinismo religioso, em maldade com os palhaços, em ironia com
noivos, em raiva de qualquer save the date dos amigos?
Para
onde vai o amor depois do amor? Me fale, por favor. As lágrimas, quando secam,
permanecem eternamente na pele? Não sei. Mas meu rosto está cada vez mais
salgado." Fonte: jornal zero hora
Para quem adora Carpinejar, para quem se espelha em seus textos e para quem já teve o AMOR como sempre e desencantou...
NOTA: ★★★★