Título : Uma História de Amor e TOC
Autora: Corey Ann
Haydu
Editora: Galera
Record
Páginas: 319
Sinopse: "Bea foi diagnosticada com transtorno
obsessivo-compulsivo. De uns tempos pra cá, desenvolveu algumas manias que
podem se tornar bem graves quando se trata de... garotos! Ela jura estar
melhorando, que está tudo sob controle. Até começa a se apaixonar por Beck, um
menino que também tem TOC. Enquanto ele lava as mãos oito vezes depois de
beijá-la, ela persegue outro cara nos intervalos dos encontros. Mas eles sabem
que são a única esperança um do outro. Afinal, se existem tantos casais
complicados por aí, por que as coisas não dariam certo para um casal
obsessivo-compulsivo? No fundo, está é só mais uma história de amor... e TOC."
Em Uma História de Amor e TOC, Bea, uma garota de 16 anos
tem um probleminha meio complicado: TOC, transtorno obsessivo-compulsivo. Bea,
em um primeiro momento, está numa festa lotada e quando há um blecaute, ela
está ao lado de alguém que está tendo um ataque de pânico e começa a ajuda-lo
na sua crise, beijando o garoto misterioso que logo depois foge. Ela so tem seu
primeiro nome: Beck. Em sua terapia, ela sente que está tudo indo a ruinas. Sua
terapeuta desconfia do seu comportamento e sua ansiedade, revelando seu TOC.
“Para minha sorte não entro em pânico em espaços pequenos e
escuros ou qualquer coisa parecida. Sou um tipo diferente de louca.”
A excessiva observação e cuidado faz com que Bea participe
da terapia em grupo com Jenny, Rudy e Beck, sim , aquele garoto do blecaute. E apesar
de Beck não parecer ter algum transtorno, suas feridas nas mãos e sua malhação
excessiva explicam as diferentes manias. E porque ela se sente tão intima com
ele? Como se ele entendesse a sua doença e compulsão, sendo além de um amor,
uma necessidade. Bea manifesta ainda mais a doença e sua amiga, Lisha a ajuda
em parte. Os beliscões voa ficando cada vez mais fortes, sua mania de perseguir
um casal também e anotar cada detalhe, fora isso ela está se apaixonando por um
garoto meio estranho.
”Podemos ser loucos, mas existe uma lógica por
trás até mesmo das coisas mais loucas que fazemos.”
A leitura é rápida, formal e por vezes, com
detalhes demais. Todos os personagens são
bem construídos, mas se tem algo que senti falta foi da vida anterior da Bea, o
que causou o TOC, que não foi explicado na história. A partir de Beck, podemos
entender bem melhor o que seria o transtorno e o quanto dificulta a vida social
dos personagens. Porém, um aspecto que tens que levar em consideração é que a
leitura não é romântica, e, sim um jovem adulto que aborda mais a doença e seus
efeitos nos personagens do que o amor em si.
Todavia, é por meio de Bea e Beck que podemos
acreditar que o amor pode amenizar os efeitos de uma doença, que acreditasse
ser muito complicado se não estiver algum familiar, amigo ou amor por perto. A
partir do amor, toda cura, toda cicatriz, toda ferida que ainda está aberta
pode ser melhorada, basta dar um passo e o amor guiará o restante. Leitura despretensiosa
para quem gosta de livros rápidos e que não tenham foque total no enredo romântico.
NOTA: ★★★★