Deixei Você Ir, Clare Mackintosh (368 páginas)
Quando Jacob morre
atropelado em uma rua de Bristol, Inglaterra, depois de ter soltado a mão da
mãe em um dia chuvoso, o motorista do carro que o atinge acelera e foge.
Desvendar sua morte vira um caso para o detetive Ray Stevens e seus colegas,
Kate e Stumpy. Determinado a encontrar o assassino, Ray se vê consumido a ponto
de colocar tanto a vida profissional quanto a pessoal em jogo. Jenna,
assombrada pela morte do menino, abandona tudo e se muda para uma pequena
cidade costeira do País de Gales. Ela passa os dias em seu chalé tentando
esquecer as lembranças do terrível acidente e aos poucos começa a ter algo
parecido com uma vida normal e vislumbrar a felicidade em seu futuro. Mas o
passado vai alcançá-la, e as consequências serão devastadoras. De vários pontos
de vista, a ex-detetive Mackintosh faz um retrato preciso de uma investigação
policial. Com sua excelente habilidade de escrita, consegue criar personagens
memoráveis e uma análise arrebatadora das excentricidades da vida em uma cidade
pequena. Mas o verdadeiro talento da autora é a maneira como ela incorpora
reviravoltas em uma trama já complexa. Mesclando suspense, investigação
policial e thriller psicológico, Clare Mackintosh disseca a mente de seus
personagens enquanto tece inesperadas conexões entre eles.
As Coisas que Perdemos no Fogo,
Mariana Enriquez (192 páginas)
Macabro, perturbador e emocionante, As coisas que perdemos no
fogo reúne contos que usam o medo e o terror para explorar várias dimensões da
vida contemporânea. Em um primeiro olhar, as doze narrativas do livro parecem
surreais. No entanto, depois de poucas frases, elas se mostram estranhamente
familiares: é o cotidiano transformado em pesadelo. Personagens e lugares
aparentemente comuns ocultam um universo insólito: um menino assassino, uma
garota que arranca as unhas e os cílios na sala de aula, adolescentes que fazem
pactos sombrios, amigos que parecem destinados à morte, mulheres que ateiam
fogo em si mesmas como forma de protesto, casas abandonadas, magia negra, mitos
e superstições. Uma das escritoras mais corajosas e surpreendentes do
século XXI, Mariana Enriquez dá voz à geração nascida durante a ditadura
militar na Argentina. Neste livro, ela cria um universo povoado por pessoas
comuns e seres socialmente invisíveis, cujas existências sucumbem ao peso da
culpa, da compaixão, da crueldade e da simples convivência. O resultado é uma
obra ao mesmo tempo estranha e familiar, que questiona de forma penetrante e
indelével o mundo em que vivemos.
Agora
e Para Sempre, Jenny Han (304 páginas)
Em Para todos os garotos que já amei, as cartas mais secretas
de Lara Jean — aquelas em que se declara às suas paixonites platônicas para
conseguir superá-las — foram enviadas aos destinatários sem explicação, e em
P.S.: Ainda amo você Lara Jean descobriu os altos e baixos de estar em um
relacionamento que não é de faz de conta. Na surpreendente e emocionante
conclusão da série, o último ano de Lara Jean no colégio não podia estar
melhor: ela está apaixonadíssima pelo namorado, Peter; seu pai vai se casar em
breve com a vizinha, a sra. Rothschild; e sua irmã mais velha, Margot, vai
passar o verão em casa. Mas, por mais que esteja se divertindo muito —
organizando o casamento do pai e fazendo planos para os passeios de turma e
para o baile de formatura —, Lara Jean não pode ignorar as grandes decisões que
precisa tomar, e a principal delas envolve a universidade na qual vai estudar.
A menina viu Margot passar pelos mesmos questionamentos, e agora é ela quem
precisa decidir se vai deixar sua família — e, quem sabe, o amor de sua vida —
para trás. Quando o coração e a razão apontam para direções diferentes,
qual deles se deve ouvir?
Antes que eu vá, Lauren Oliver( 384 páginas)
Edição especial com extras e capa inspirada no pôster do
filme. Inclui conteúdo inédito.
Samantha Kingston tem tudo: o namorado mais cobiçado do
universo, três amigas fantásticas e todos os privilégios no colégio que
frequenta: desde a melhor mesa do refeitório à vaga mais bem-posicionada do
estacionamento. Aquela sexta-feira, 12 de fevereiro, que seria apenas mais um
dia de sua vida mágica e perfeita, acaba sendo seu último — mas ela ganha uma
segunda chance. Sete “segundas chances”, na verdade. Ao reviver aquele dia
vezes seguidas, Samantha vai tentar desvendar o mistério que envolve a própria
morte – e, finalmente, descobrir o verdadeiro valor de tudo o que está prestes
a perder. Para comemorar a chegada do filme ao cinema, essa edição
especial conta com dois contos inéditos que exploram a vida de Samantha antes
dos acontecimentos do livro, fotos de bastidores e uma entrevista da autora com
a diretora e a protagonista do filme.
As Garotas, Emma Cline
No final da década de 1960, a jovem Evie Boyd vive sozinha
com a mãe no norte da Califórnia. Aos quatorze anos, imersa em inúmeras
questões de autoaceitação, ela se sente muito desconfortável com o próprio
corpo e tem apenas uma pessoa com quem contar: Connie, sua amiga de infância.
No início do verão, uma briga faz com que as duas se afastem, e Evie encontra
um novo grupo: garotas que demonstram extrema liberdade, usam roupas
desleixadas e emanam uma atmosfera de abandono que a deixa fascinada. A jovem logo
percebe que já está sob o poder e o domínio de Suzanne, a mais velha do grupo,
e acaba entrando em um culto sombrio, liderado pelo carismático Russell
Hadrick. O rancho do grupo é um lugar estranho e decadente, mas, aos olhos da
adolescente, parece exótico, com uma energia singular. Evie descobre que as
garotas cozinham, limpam e prestam até mesmo serviços sexuais para Russell, que
proclama um desejo de libertar as pessoas do sistema. Evie quer apenas ser
aceita pelos outros integrantes, principalmente por Suzanne. É sua chance de se
sentir amada e pertencente a algo. Conforme sua obsessão por Suzanne se
intensifica, ela não percebe que se aproxima de uma violência inacreditável.
Contada por Evie já adulta e ainda abalada, a narrativa é um impressionante retrato
de garotas que se tornam mulheres. Denso e de ritmo surpreendente, o
romance de estreia de Emma Cline é escrito com precisão e perspicácia ao
construir os perfis psicológicos dos personagens. As garotas aborda mais que
uma noite de violência – é sobretudo um relato do mal que causamos a nós mesmos
e aos outros na ânsia por pertencimento e aceitação.
A Profecia das Sombras, Rick
Riordan(336 páginas)
Não basta ter perdido os poderes divinos e ter sido enviado
para a terra na forma de um adolescente espinhento, rechonchudo e desajeitado.
Não basta ter sido humilhado e ter virado servo de uma semideusa maltrapilha e
desbocada. Nããão. Para voltar ao Olimpo, Apolo terá que passar por algumas
provações. A primeira já foi: livrar o oráculo do Bosque de Dodona das garras
de Nero, um dos membros do triunvirato do mal que planeja destruir todos os
oráculos existentes para controlar o futuro. Em sua mais nova missão, o
ex-deus do Sol, da música, da poesia e da paquera precisa localizar e libertar
o próximo oráculo da lista: uma caverna assustadora que pode ajudar Apolo a
recuperar sua divindade — isso se não matá-lo ou deixá-lo completamente louco.
Para piorar ainda mais a história, entra em cena um imperador romano fascinado
por espetáculos cruéis e sanguinários, um vilão que até Nero teme e que Apolo
conhece muito bem. Bem demais. Nessa nova aventura eletrizante, hilária e
recheada de péssimos haicais, o ex-imortal contará com a ajuda de Leo Valdez e
de alguns aliados inesperados — alguns velhos conhecidos, outros nem tanto, mas
todos com a mesma certeza: é impossível não amar Apolo.
Em
nome dos pais, Matheus Leitão (448 páginas)
Desde pequeno, Matheus Leitão ouvia as expressões
“perseguição”, “prisão” e “porão” sussurradas por seus pais, os jornalistas
Marcelo Netto e Míriam Leitão. A assustadora palavra “tortura” apareceu bem
mais tarde. Movido pela curiosidade de compreender o passado, o jovem
perguntador passou a recolher retalhos de uma história dolorosa, que se iniciou
em 1972, no Espírito Santo, quando os pais militavam no PCdoB. Delatados por um
companheiro, foram presos e torturados. Na ocasião, Míriam estava grávida de
Vladimir, o primeiro filho do casal. Matheus também seguiu a carreira de
jornalista, dedicando-se a reportagens sobre direitos humanos e ditadura. Em
nome dos pais é resultado de suas incansáveis investigações, que começam pela
busca do delator e seguem com a localização dos agentes que teriam participado
das sessões de tortura de seus pais. Passado e presente se entrelaçam nessa
obra, que reconstitui com rigor eventos do início dos anos 1970 e, ao mesmo
tempo, apresenta a emocionante peregrinação do autor pelo Brasil atrás de
respostas. Uma história sobre pais e filhos, sobre reconciliação e
responsabilidade, sobre encontros impossíveis. É também uma história sobre um
país que ainda reluta em acertar as contas com um passado obscuro.
O projeto desfazer - Michael Lewis (368
páginas)
O projeto desfazer conta a
envolvente história da parceria de dois psicólogos israelenses cujo trabalho
deu origem ao livro Rápido e devagar: Duas formas de pensar e
transbordou a psicologia, influenciando áreas como economia, medicina e gestão
de negócios. Ambos tiveram carreiras importantes no meio universitário e no
Exército de Israel, e suas pesquisas são profundamente conectadas às suas
experiências pessoais.Amos Tversky era o centro das atenções em qualquer lugar
que estivesse, um guerreiro extrovertido e autoconfiante. Já Danny Kahneman, um
filho do Holocausto, é um fugitivo da guerra que se tornou um homem
introvertido, inseguro, sempre se questionando em relação às suas próprias
ideias. Michael Lewis conta esta parceria se tornou uma das mais importantes da
história do meio científico, e esmiúça os métodos de trabalho da dupla. O
entrosamento era tamanho que eles não conseguiam saber quem havia tido
determinada ideia e quem deveria ter o crédito por ela. Invariavelmente,
decidiam no cara e coroa quem seria o autor principal do trabalho e apenas
alternavam a autoria do artigo seguinte.Ao contar a história desta amizade que
transformou a nossa forma de pensar, Michael Lewis nos ajuda a entender a
perigosa influência da memória e dos estereótipos nos nossos processos de
avaliação. Além disso, nos mostra que confiar apenas no nosso instinto pode os
levar à decisão errada e que a incerteza deve ser levada muito em conta quando
estamos tomando decisões importantes. Assim, a história de Tversky e Kahneman
nos dá lições de como fazer previsões, nos ajudando a tomar melhores decisões
nas nossas vidas.
Razões para continuar vivo, Matt Haig (240 páginas)
"Quando eu tinha 24 anos, eu quase me matei. Na época,
eu morava em Ibiza, Espanha, na parte tranquila da ilha. Minha casa era bem
perto de um penhasco. Em meio à neblina da depressão, caminhei até a beirada do
precipício e olhei para o mar, para a costa acidentada de pedra calcária,
pontuada por praias desertas. Era a paisagem mais linda que eu já tinha visto,
mas na hora aquilo não tinha importância. Eu estava muito ocupado tentando
reunir a coragem que eu precisava para me jogar dali. Não me joguei. Em vez
disso, recuei e vomitei tudo que estava sentindo.Mais três anos de depressão se
seguiram. Pânico, desespero, batalhas diárias.Mas eu sobrevivi. Naquela época,
eu tinha certeza de que não conseguiria passar dos 30. A morte ou a loucura
total pareciam mais realistas. Já passei dos 40. Hoje vivo cercado por pessoas
que amo, fazendo um trabalho que nunca imaginei que faria e passo meus dias
escrevendo.Fiquei muito feliz por não ter me matado, mas continuei me
perguntando se havia alguma coisa para dizer às pessoas que estão passando por
esses tempos sombrios.
Essa é minha tentativa."