Hiram Walker é um escravo e filho de Howell Walker, proprietário de uma plantação na Virgínia. Sua mãe foi vendida pelo seu pai. Todavia, o garoto tem memória fotografia, se lembra de tudo, menos de sua mãe e possui o poder de condução, que ainda é um mistério.Os escravos estão em busca da liberdade, que os leva a uma estrada de ferro subterrânea e os alimenta com um futuro melhor.
Ta-Nehisi Coates tem uma escrita poética, fluida e interessante.
Essa obra não é um romance. Ela é ficcional, assim como não é. Tem um ritmo
mais lento e por isso, pede calma para compreende-la. O autor aborda a
escravidão sob o ponto de vista escravocrata, afinal para contar a história dos
proprietários de escravos, não lhe faltam narradores. E aos poucos, algumas
coisas são contadas e tudo tem relevância, mesmo no primeiro momento sendo
menos interessantes.
A história de Hiram Walker, um jovem com um poder misterioso,
cuja mãe foi vendida. E deseja fugir desse mundo de escravidão. Ao longo das
páginas, acompanhamos de forma introspectiva a vida do protagonista, porém
senti que o autor se perdeu em tantas páginas, quando discorria a pensamentos e
detalhamento. Assim, como notei que houve pouco detalhamento dos personagens
secundários, o que não me permitiu sentir empatia por eles. A falta de foco e o
final me incomodaram.
Através de um personagem traumatizado pelo que perdeu e não consegue mais recuperar, pela assombração das ações sofridas e as repercussões da falta de compaixão e humanidade. A escravidão, a desumanidade em separar famílias e relacionamentos, além dos traumas causados por esses atos perversos serão abordados.
"Não havia paz na escravidão,porque cada
dia sob o poder de outrem era um dia de guerra".
Mesmo que tenha uma leitura ruminante e cansativa, a experiencia
dessa ficção com elementos líricos ainda foi interessante. Apesar das
ressalvas, a obra tem uma linguagem lírica, provocante e até necessária,
despertando reflexões acerca dos horrores da época, que continuam a persistir
em pleno século XXI.