Editora: Leya
Nota : 4'
Adarpark é filho de um deus que criou a vida no mundo. Ele não possui os poderes como os filhos dos deuses. Ele é jovem, mas diferente dos humanos, até incomum: sua pele negra é como carvão, não tem nariz e tem olhos brancos. Seu lar foi ameaçado e ele está fugindo, mas não sabe de quem. Mas, é exatamente isso que ele quer descobrir: quem o está perseguindo? O que querem?
As aventuras de Adapak foram aos poucos me conquistando e me fazendo conhecer esse novo universo fantástico. Por ter uma aparência única, é impossível passar despercebido enquanto foge. E é isso que acompanhamos: sua fuga, sua busca pela verdade e pela paz.
A trama começa lenta, mas os detalhes vão sendo entregues
gradualmente, conduzindo nossa jornada nesse cenário. A sociedade em Kurgala mesmo com
distinções, não se difere de nós. Um tema bem retratado foi o preconceito,
exemplificado na cor de Adapak . O autor construiu um mundo único, diferente de
tudo o que li antes. Dotado de seres excêntricos convivendo entre si. A
história é permeada de uma mitologia que rege os acontecimentos. Tudo ocorre
freneticamente, além de contar com personagens carismáticos e característicos.
“Eles invadiram o depósito com uma
intensidade ensurdecedora, ecoando pelas paredes e agulhando os tímpanos do
espadachim. Ele tapou os ouvidos e estimou no mínimo cinco deles lá fora,
emitindo o som insuportável para que pudessem enxergá-lo.”
Apesar de ter demorado a me situar
na trama, a leitura ainda sim me impressionou.O que me levou a valorizar o que
temos aqui: uma fantasia nacional com grande potencial de adaptação, ao meu
ver.