Resenha: Sete dias juntos, Francesca Hornak

 


Editoar: bertrand 

Nota: 4’

Andrew e Emma tem duas filhas adultas: Phoebe e Olivia.  Phoebe é a mais nova e está prestes a se casar, Andrew é um jornalista e crítico gastronômico, Emma é a mãe preocupada, que esta disposta a cuidar de todos. Olivia é uma médica que em países necessitados de maior atenção, logo ela passa longos tempos longe de casa.

Até que sua mãe deseja que todos passem o natal juntos, isso inclui o retorno de Olivia da Libéria, onde ela precisaria ficar de quarentena devido a uma doença chamada Haag. Dessa forma, começa uma quarentena obrigatória na casa da família, isolados, sem uma boa internet e talvez, com segredos que todos os parentes escondem.

Essa família não tem a comunicação como base e cada um deles esconde algo de todos. Logo, temos um cenário frio, um ambiente fechado e provavelmente um estresse a mais por conta disso. Pensando que talvez seja mais fácil confiar em um estranho do que sua própria família.

Sabe aquela história familiar, mas super agradável e que traz personagens nada perfeitos, que só querem manter a aparência? Esse livro fala sobre a conexão familiar e o desafio de viver 7 dias juntos e ao mesmo tempo tão distantes.

A escrita da Hornak é fluida, descritiva e perspicaz, focando na dinâmica familiar com personagens reais. A família Birch, com certeza, pode ser qualquer família no mundo e é compreensível o ponto de vista da autora e o modo em que ela aborda o compartilhamento com nossos entes queridos.

 Terminei a leitura pensando sobre essa família e no que foi preciso para que confiassem mais uns nos outros. Pode-se dizer que muitos vivenciaram isso por conta da pandemia, não é mesmo? Voltaram para casa dos seus pais, passaram mais tempo do que pretendiam “presos” ao lar e talvez isso foi bom para restaurar o dilema familiar, levando-nos a valoriza-los mais.

Um drama contemporâneo que traz as perspectivas de todo o elenco principal. E a partir disso, vamos conhecendo cada membro da família, suas experiencias e como essa quarentena está sendo para eles. E talvez podemos julga-los inicialmente, mas depois compreendemos o porquê das suas decisões e como tudo está prestes a mudar. Apesar da autora se prolongar demais em algumas descrições, o livro é agradável e entretém com uma carga dramática precisa.

 Francesca Hornak constrói uma narrativa interessante, dramática e importante. Com o natal chegando, uma pandemia que parece não ter fim, “Sete dias juntos” aquece o coração e nos remete a importância familiar nos momentos mais difíceis e confusos de nossas vidas.

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Bia, 27 anos, mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão. Além de ser viciada em café, series e filmes. Pensa em ser muitas coisas, mas de uma ela tem certeza: leitora assídua nunca deixará de ser.




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