Editoar: bertrand
Nota: 4’
Andrew e Emma tem duas filhas
adultas: Phoebe e Olivia. Phoebe é a
mais nova e está prestes a se casar, Andrew é um jornalista e crítico
gastronômico, Emma é a mãe preocupada, que esta disposta a cuidar de todos.
Olivia é uma médica que em países necessitados de maior atenção, logo ela passa
longos tempos longe de casa.
Até que sua mãe deseja que todos
passem o natal juntos, isso inclui o retorno de Olivia da Libéria, onde ela
precisaria ficar de quarentena devido a uma doença chamada Haag. Dessa forma,
começa uma quarentena obrigatória na casa da família, isolados, sem uma boa
internet e talvez, com segredos que todos os parentes escondem.
Essa família não tem a
comunicação como base e cada um deles esconde algo de todos. Logo, temos um
cenário frio, um ambiente fechado e provavelmente um estresse a mais por conta
disso. Pensando que talvez seja mais fácil confiar em um estranho do que sua
própria família.
Sabe aquela história familiar,
mas super agradável e que traz personagens nada perfeitos, que só querem manter
a aparência? Esse livro fala sobre a conexão familiar e o desafio de viver 7
dias juntos e ao mesmo tempo tão distantes.
A escrita da Hornak é fluida,
descritiva e perspicaz, focando na dinâmica familiar com personagens reais. A
família Birch, com certeza, pode ser qualquer família no mundo e é
compreensível o ponto de vista da autora e o modo em que ela aborda o
compartilhamento com nossos entes queridos.
Terminei a leitura pensando sobre essa família
e no que foi preciso para que confiassem mais uns nos outros. Pode-se dizer que
muitos vivenciaram isso por conta da pandemia, não é mesmo? Voltaram para casa
dos seus pais, passaram mais tempo do que pretendiam “presos” ao lar e talvez
isso foi bom para restaurar o dilema familiar, levando-nos a valoriza-los mais.
Um drama contemporâneo que traz
as perspectivas de todo o elenco principal. E a partir disso, vamos conhecendo
cada membro da família, suas experiencias e como essa quarentena está sendo
para eles. E talvez podemos julga-los inicialmente, mas depois compreendemos o
porquê das suas decisões e como tudo está prestes a mudar. Apesar da autora se
prolongar demais em algumas descrições, o livro é agradável e entretém com uma
carga dramática precisa.
Francesca Hornak constrói uma narrativa interessante,
dramática e importante. Com o natal chegando, uma pandemia que parece não ter
fim, “Sete dias juntos” aquece o coração e nos remete a importância familiar
nos momentos mais difíceis e confusos de nossas vidas.