HIV não mata, preconceito sim!
Ian acabou de fazer o teste para HIV e descobriu que é soropositivo. Victor também fez, mas está pensando no Henrique, que revelou que era soropositivo. Henrique está preocupado em como Victor reagiu ao saber da verdade sobre si. A vida vai cruzar a vida dos três jovens a partir desse dia na clínica e eles irão perceber que existem coisas muito mais importantes na vida do que o resultado positivo.
“Você é a melhor pessoa que
conheço, cara, e tenho certeza que não merece isso. Mas coisas ruins acontecem
a pessoas boas. Não existe um sistema de compensação. As coisas simplesmente
são como são.”
Esse livro têm um importância
tão grande para o cenário que vivemos, pois mesmo em pleno século XXI, ainda há
preconceito quanto aos portadores de HIV. O autor mostra a verdade das pessoas
que vivem com o vírus, aquelas que acabaram de descobrir e sua jornada a partir
de então e outras que estão demonstrando desrespeito.
Esse contemporâneo aborda o HIV através de
três perspectivas diferentes, através de personagens interessantes, que vivem
seus dilemas associados ao vírus.
Conforme mergulhava
na história, percebi o quão necessário foi trazer esses pontos de vista, afinal
as pessoas reagem de maneira diferente. E confesso que muitas informações sobre
o HIV eram desconhecidas por mim, mas compreendi a luz que o autor trouxe na
obra.
Através de Henrique,
Victor e Ian, estigmas são tratados, trazendo reflexões sobre amor,
preconceito, família e jornadas pessoais. Ao final dessa nova edição pela
@galerarecord, temos uma entrevista com o autor, na qual ele conta como foi o
processo de escrita e sua inspiração para a obra.
Sendo leve na medida
certa e trazendo bom humor através do elenco secundário. Adorei que o autor não
teve medo de abordar as nuances do HIV, de informar o leitor e mostrar as duras
dificuldades que um portador pode passar.
Um livro que merece ser
lido por todos. Autentico, realista e com uma mensagem de tocar o coração.