Avisos de conteúdo: [homofobia, chantagem,racismo, islamofobia,
"É um privilégio tão grande, sabe? Poder ser você mesmo sem precisar fingir."
Tive um pressentimento na primeira página: esse livro iria
se tornar um favorito. E minha intuição estava certa: Amir é apaixonante. Como
um personagem queer vai lidar com a pessoa que quer ser, porém há barreiras
demais o impedindo. Enfatizando o relacionamento com a família através da sua
narração.
A história é dividida entre duas perspectivas: a de Amir e
sua família, que estão interrogados pela alfandega no aeroporto na volta para
os Estados Unidos. Contando como tudo aconteceu até esse momento. Isso foi tão
intrigante, mesmo algumas falas parecendo forçadas.
Amir é o retrato humano de um garoto queer e muçulmano que
lida com o preconceito por ser quem é, assim como de onde vem. Além disso, tem
uma família que tem dificuldades em entender sua identidade. Fugir dos problemas é mais fácil do que os
encarar. Porém, é melhor fazer o que é certo ou o mais fácil?
E assim a história de Amir partirá seu coração: seja a busca
por identidade, aceitação, amor-próprio. Assim como ela também poderá colar os
pedaços. Mostrando o amadurecimento, os laços feitos em Roma,a quebra de
estereótipos e reconhecer o valor que temos fazem essa leitura vale tanto a
pena.
Posso afirmar que queria mais páginas. Viver em Roma através
do Amir foi uma experiencia e tanto. Aprendi até um pouco de italiano, andei de
lambreta e comi pizza demais. Quem não gostaria de dar um pulo á Italia?
Uma leitura divertida, comovente e inspiradora, que colocará
um sorriso no final.
E foi assim que a Bia explodiu de amores.