Hassana e Husseina são irmãs
gêmeas que foram separadas na infância quando sua aldeia foi invadida. Agora,
elas percebem que há um oceano que as separa. A sua única forma de conexão são
os sonhos, que as levam para mais perto uma da outra.
Será que algum dia irão se
reencontrar?
A obra é contada por duas
perspectivas contrastantes, mostrando mais camadas das irmãs. Em tempo de
escravidão, preconceito religioso e colonialismo, a história pede por empatia,
emoção e perseverança em tempos de perseguição do século XIX.
As belas descrições do Brasil
e da Costa do Ouro dão uma atmosfera incrível e acolhedora, estabelecendo uma
ponta entre as gêmeas e nos fazendo conhece-las cada vez mais.
A escrita da autora é
apaixonante, espirituosa e envolvente. Quando fala da Hassana e Husseina,
percebe-se que suas jornadas são distintas, mas complexas. As adversidades as
levam para lugares opostos, mas seus corações se aproximam a cada crescimento.
Quanto ao final, apesar de não
ser tão realista, eu gostei do diferencial, da conexão que trouxe para a
história. Só desejei um desfecho completo para uma irmã ( no spoilers) , mas
fora isso, compreendi que mesmo as gêmeas vivendo realidades distintas, o tempo
não mudou seu amor uma pela outra.
O imenso azul entre nós é um
mergulho no amor, nas perdas e na esperança.