Lendo “Todas as coisas que eu te
escreveria se pudesse”, do Igor Pires, me peguei pensando na “drivers license “
e “good 4 u” da Olivia Rodrigo. Duas músicas sobre coração partido, términos e
saúde pós-fim.
Como uma casa, o autor
coloca tijolo sob tijolo, falando sobre seu ex-relacionamento, as magoas, a
saudade e tudo o que estava guardado no peito. As diferenças, as semelhanças e
os embates. Ele estava sendo destruído e o seu amor estava seguindo em frente.
Escrever sempre é intimo
demais e isso pode te trair, levar as lágrimas e a reviver momentos que talvez,
ainda não consiga esquecer. E tudo bem ficar na bad quando você esperava que
aquele amor fosse para sempre. Viagens foram desfeitas, sonhos não realizados,
expectativas no chão.
O deja vu do que poderia
ser e não foi. E sempre nos perguntamos: será que vamos amar de novo? Será que
vou conseguir sentir mais? Será que ele(a) vai se lembrar de mim?
Poderia escrever todas as
coisas sobre esse livro: a intimidade
das ilustrações ao texto, os desabafos do autor que um dia foram meus, da
saudade que bateu, mas que passou.
A ênfase em ser mais nós
mesmos: exagerados, sensíveis, errantes e amantes. Até porque, seria impossível
passar pela vida com o coração inteiro.
Impossível não criar uma
conexão com o Igor. E ai? Qual autor (a) você também tem essa sensação imediata
de identificação?
QUOTES FAVORITOS:
“ Eu escreveria todas as
coisas se pudesse mas escreve-las seria voltar ás primeiras lágrimas que chorei
depois que você se foi.”
“Suas mãos procuram lugares
cheios pra existir, meu corpo so dança nos vazios, seu pecado é sorrir demais.”
“Que nossa carência não nos
engane: beber de qualquer relação ainda é estar com fome.’