Lançado originalmente como um conto em 1958 e vencedor do Prêmio Nebula, em 1966. Já teve várias adaptações para o teatro e a televisão.
Queria saber expressar bem meus pensamentos enquanto lia
essa obra, tão humana, tão verdadeira e dolorida.
Charlie Gordon tem um QI de 68 e tudo o que faz é varrer a
padaria. Até que um dia ele é convidado para participar de um experimento. O
primeiro ser humano a ser operado e que se tornaria inteligente, que foi o que
sempre quis ser.
Todavia, tudo tem um
preço e a vida volta para cobra-lo. Charlie era tratado como inferior,
humilhado constantemente. O riso das pessoas não era com ele e sim, dele. As
amizades que ele pensou que tinha, na verdade, não eram tão amigas assim.
E aos poucos, suas memórias da sua infância retornam, assim
como sua inteligência. Charlie pode ter crescido fisicamente, mas suas emoções
são infantis. E agora ele precisa aprender o que nunca lhe foi ensinado e isso
pode ser duro de ver.
Com uma narrativa diferente, em formato de relatos, Charlie
nos conta como ele é, foi e está sendo após a cirurgia. E você, de fato,
perceberás as nítidas mudanças na sua mente através da escrita informal e
objetiva.
Uma obra que trata de doenças mentais, natureza humana,
lembranças e perdão. Senti tristeza, raiva, esperança e amor por Charlie. Torci
por ele, mas tive medo por ele. Pelo
comportamento e desumanidade do ser humano, visto que zomba, ri e faz graça de
qualquer pessoa que seja diferente.
No final das contas, entendo a força que Flores para Algernon
têm. Seu dom em explorar a inteligência, o amor e a dor. É uma história muito
triste, mas necessária para compreender o outro. Nos fazendo pensar em empatia
e respeito. De partir o coração, mas nunca ser em vão.
"Que estranho é o
fato de pessoas de sensibilidade e sentimentos honestos, que não tirariam
vantagem de um homem que nasceu sem braços ou pernas ou olhos, não verem
problema em maltratar um homem com pouca inteligência".