Como melhores amigos, Samanta e Davi já dividiram vários momentos, mas a paixão pelos livros os unem desde pequenos. Indo pela última vez no sebo da cidade, eles encontram um livro chamado: EX LIBRIS. Enquanto Davi o vê como um caderno comum, Samanta lê a história do melhor amigo até sua morte.
Querendo evitar essa perda, eles partem em uma busca para descobrir quem escreveu sua vida e como salvá-lo.
Quando se trata de salvar quem amamos, o destino pode ser um empecilho. Com capítulos curtos, a dinâmica acelerada faz a leitura voar. De fato, a premissa é tão atraente que me lembrou a escrita do Tio John Green em um realismo mágico com a fragilidade humana.
Eu adorei como os personagens foram construídos. A típica heroína clichê vista na Samanta e seu melhor amigo. O romance entre ambos é gradual, sendo mostrado por gestos, negações e muitos desafios.
Eu senti falta de mais um ponto de vista, acho que seria interessante se o Davi também narrasse essa história. Alguns acontecimentos são previsíveis demais e o desfecho é conveniente. Mas, mesmo esses pontos não tiraram o brilho da leitura.
Fabio Brust mostrou a criatividade em uma escrita memorável. Ademais, a diagramação desse livro é algo maravilhoso. O final é aberto, mas cabe a cada um interpretar da melhor maneira de acordo com sua experiencia e posso dizer que isso foi uma surpresa e tanto.
Sem duvidas, uma história gostosa, comovente e leve que deixa várias reflexões na nossa mente.
"Eu era mesmo o protagonista da minha vida, ou meu papel era secundário? Será que não fui apenas uma marionete com algum objetivo definido?"
Aviso de conteúdo: pressão familiar, luto.
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Página da autora: Fabio Brust