Em minha cabeça

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 Voce nunca vai entender o inferno que eu sinto em minha cabeça. Nem compreender como era ver a ansiedade devorar suas entranhas, calar sua voz e embaçar sua vista. Não havia dias premeditados, era aquele dia, aquela tarde ou noite.

E eu pedia tanto para passar, para me deixar passar dessa vez. Mas, sobe, como um enxame vindo em sua direção. Voce só espera e sente. Sente tudo e muito, mas nunca o nada. Mergulha nas incertezas, nas inseguranças, nos medos e nos jeitos.


Chora se não aguentar. Arranha até sentir a pele saindo. Fere para se sentir ferida. Grita até ficar rouca e nao ter mais voz nenhuma para pedir ajuda. E silencia para abafar.


Não existe energia depois disso. Não há amizade que fique quando te ver perder a cabeça, nao há conversas sobre amor que alivie. Voce é errada, negligenciada, vítima até o agressor dizer que é. Até voce estender a mão para pedir ajuda, a mesma silenciosa que foi negada.


Pobre garota que não domina suas emoções e deixa, deixa eles a virem desmoronar, a virem perder a cabeça e se acabar. A verem nao ter lar para voltar.


No final, poucos entendem o que é ter um redemoinho na mente, ter buracos no coração e o seu corpo reagir das piores maneiras possíveis. Se um dia encontrar alguém assim, que fique perto de mim e levante quando eu cair . Seja uma, duas ou três vezes. Tantas quantas necessárias, porque sei que faria o mesmo por voce.

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Bia - mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão pela escrita e pela leitura.




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