Beija-me

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Ele beijou ela. Sem armadura, com a permissão silenciosa do olhar. Sem decidir fazer, já o fazendo. Porque simplesmente nao conseguiria nao a beijar. Ele precisava dela como o ar que respira. Prendeu enquanto esteve longe, mas ele a pertence e ela o quer de volta. 


Decisões tomadas, escolhas feitas e futuros para construir.


Roubou o primeiro beijo, pela segunda ou milésima vez. As imagens proibidas na sua mente nao se aproximaram do quão inebriante era o beijo. Nao chegam perto o suficiente da superfície, das emoções guardadas e abertas como um cofre, que só ela tinha a chave.


 O amor, a dor, o caos, a beleza, a saudade e a novidade. Era tudo ou nada e dessa vez, veio tudo. As pontes estão a minha espera e eu passo, como quem quer ancorar em terra firme. O mesmo navegante em alto mar que deseja os pés no chão fixar.


Tudo em um único beijo, em um momento. Pedindo por mais. As bocas que se encaixavam, as almas que se reaproximaram. Como um só se tornaram. Ele consegue viver sem ela, mas não quer. 


Era tudo e mais um pouco. Era doce, era gentil, meticuloso e profundo. Como ele é, como ela é.  Então, quando ela o beijou de volta, respirou de volta. Foi escolha, mas também sobrevivência. A respiração que segurava a tempos, a paz que voltava, o mundo que se alinhava.


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Bia - mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão pela escrita e pela leitura.




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