Repentina




 Há dias em que parece que o céu anuncia algo.

O seu coração pesa. O silêncio fala, mas voce mal entende.

Quando a notícia chega, o susto, a descrença fazem morada.



O sorriso que voce via, não a verá mais.

As brincadeiras em torno da vida, não ouvirá mais.

As conversas que um dia tiveram, estarão no passado.

A promessa que um encontro aconteceria, está no preterito perfeito.

Fechado, sem nenhum arrodeio. 



Como um album de fotos, as memórias ressoaram na sua mente.

Crê e é descrente. Não acredita até ver o anuncio fúnebre eminente.

Ontem existia, hoje não vive mais.

A vida foi curta e não te deixou para trás.



A vida é um sopro. 

Dissemos já sabemos, porque insistimos tanto em passar os outros para trás?

Porque não falamos logo o que está aqui, porque voce simplesmente nao sabe se acordará vivo amanha.

Ela cavalga rumo ao horizonte.

Penteia a crina do cavalo, massageia e sussurra no seu encalço.



Sem medo da luz que vem;

sem sentir a dor dos que choram sua partida.

Amanhã, amanhã e amanhã.

Pode ter ou nunca mais.



Em uma tarde quente, sua voz é ouvida.

Sua presença é sentida.

Suas frases memorizadas.

A despedida inicia-se com as lágrimas de uma partida repentina.



A sorte de quem te conheceu em vida;

Quem te têm por dentro, sempre com possibilidades infinitas.

No sorriso gigante; na garra desafiante, sua esperança trouxe feixes de alegria.



Nem a morte , mas sim a vida .

Dando coragem as despedidas, 

Deixando a partir, sem de fato, ir. De nós.


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Bia - mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão pela escrita e pela leitura.




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