Resenha: Angelina Purpurina ,Fanny Joly

 

 

 

Angelina purpurina rima com o que?

Angelina tem oito anos e adora brincar, plantar bananeira e investigar. Mas, odeia ser chamada de pirralha pelos irmãos.

A noite dos morangos chegou e todos fazem um pedido, mas a garota não conta seu desejo e ela se torna alvo de piadas. Uma vingança está sendo planejada, o que sera que ela escondeu tao bem?

Angelina Purpurina é exatamente o que a capa mostra: algo divertido, leve e por mais que seja voltado para crianças, se mostra uma historia inteligente.

O mais legal é ser transportado para tudo o que vivemos na infância,desde subir em arvores, aprontar com os irmãos, brincar com os amigos...

Já deu uma saudade de ser criança,não é?


Para ler para uma criança, dar aos seus filhos(as) e quando bater a nostalgia lembrar que a infância é uma das épocas mais lindas, leves e que se pudéssemos voltaríamos atrás.

E você? Do que sente falta de fazer quando era criança?

Resenha: Cool for the summer, Dahlia Adler


Lara está no último ano do ensino médio, mas seu amor de verão chega nas férias em Outer Banks. O que começa com uma amizade acaba se transformando em algo a mais com a Jasmine. Mesmo com o seu crush, Chase, demonstrando interesse, ela não consegue de pensar em Jasmine. Mas, por quê?

Seguimos duas linhas do tempo: o antes e o agora, voltando ao verão de Outer Banks com Jasmine e o presente. Lara é uma garota doce, judia e aspirante a autora de romance. Então, impossível não criar empatia por alguém que ama livros.

A narrativa em primeira pessoa pela Lara torna tudo mais genuíno. O elenco de personagens lgbtq +, desde pessoas assexuais e não binárias são bem representados nesse contemporâneo, trazendo uma dinâmica de leitura agradável e jovial.

Em particular, senti falta de saber mais sobre as amigas da Larissa. Enquanto alguns detalhes do relacionamento do Chase e da Lara me incomodaram e uma frase pode ter faltado uma leitura mais sensível (NO SPOILERS). Apesar de não gostar de muito triangulo amoroso, nessa obra ele foi bagunçado com proposito.  Ele precisava acontecer para que o “verdadeiro” interesse de Lara pudesse se desenvolver, a fim de mostrar quem a protagonista era.

A positividade em torno da sexualidade, das descobertas e do sexo abre o caminho para um YA mais sexy e que não tem medo de ser ousado entre o público jovem. Como uma história descontraída, ela explora questões sérias, como: a identidade, falhas de um relacionamento e a jornada de descobrir quem você é.

"Se eu de alguma forma conseguisse Jasmine de volta - se eu a quisesse de volta - o que significaria perder quando todo mundo descobrisse a verdade?"

A autora faz a jornada da Lara parecer tão real, a partir do momento que ela discorre que não existe motivos para se rotular como bissexuais. Você pode explorar, ser quem você quiser, sem seguir estereótipos.  Pode ser confuso seguir a jornada da sexualidade, mas é necessário ser verdadeiro consigo mesmo.


Romance clichê sáfico gostosinho, digno de uma trilha sonora por Demi Lovato e que merecia um filme? Sim, é isso que temos. Doce, inspirador e esperançoso. Nada melhor do que isso para começar de fato a aproveitar o verão.

Avisos de gatilho: bifobia, consumo de álcool (menor), divórcio dos pais

Resenha: Disseram ser sorte, Barbara Dee

 

Se você já teve:

- garotos puxando as alças do seu sutiã;

Apontando para seu corpo;

Vergonha dos sussurros  no Ensino Médio, com certeza você foi vitima de bullying


A protagonista não é agredida sexualmente, mas tudo o que ela passa a afeta como garota e posteriormente como mulher.  A brincadeira vira algo mais sério e é necessário falar sobre isso. Seja com pais, professores e alunos.

 

O consentimento, a proximidade e o toque além dos limites pode ser considerado assedio. A intimidação, o medo e a vergonha afetaram a Mila, mas ela conseguia não se deixar abalar.

 


Mila mal pode esperar para começar o Ensino Médio.  Mesmo com as dificuldades em casa, ela passa a ter algumas na escola. Seu suéter vira piada entre os meninos.  Um abraço não permitido faz Mila querer conversar sobre esse comportamento, mas tudo passa despercebido.

 

Até que ela decide enfrentar isso.



Não lembro de outros livros que tratam de bullying e assédio para essa fase, além de Moxie ( inclusive, um dos meus favoritos). Por já ter passado por isso enquanto adolescente, senti bem todas as emoções conflituosas da protagonista. Será que eu deveria deixar passar a mão? Mas, não é só uma brincadeira?

 

Quando dizer “PARE”? Pensando nisso, eu gostaria de ter lido algo assim no Ensino Médio. Ter tido coragem para dizer “não” e impor limites.

Barbara Dee trouxe uma história simples, mas que transmite a confusão da Mia, a negação dos seus amigos, que pensam ser flerte e as diferentes reações.

 

Apesar da temática importante, acredito que a autora poderia ter aprofundado mais em algumas partes, principalmente o desfecho final. Mas, fico na torcida para que esse livro seja levado ao âmbito escolar.

 

 DISSERAM SER SORTE nos leva a discutir limites, respeitar o corpo do outro, educar desde casa e reconhecer que o assédio pode acontecer em qualquer fase. Mas, precisa ser levado a sério, principalmente no colégio.

 

#bookstagram #bookcoverdesign #barbaradee #maybehejustlikesyou #disseramsersorte #barbaradee #editoraalt

O que vem ai pelo Grupo Editorial Record em 2022 !








































Resenha:SE A CASA 8 FALASSE , Vitor Martins

 
"O agora não parece muito promissor quando o amanhã já está cheio de decisões que ela não pode mudar tomadas."

 

Esse já é o terceiro livro do Vitor Martins que eu leio e não consigo não adora-lo.

 

Pela Casa 8 já se passaram muitas pessoas, mas vamos conhecer os seus três últimos inquilinos. A Ana (2000) que vai se mudar para outra cidade e precisa dizer adeus a sua namorada. O Greg (2010) que ajuda a tia na locadora, mas fica a espera de um primeiro beijo. E o Beto (2020), que está de quarentena em casa com sua mãe e irmã, sem esperanças para o futuro até que uma conversa muda tudo.

 

🌻 Com uma narração bem excêntrica, a própria casa vai nos contando as histórias desses personagens e tudo isso se torna divertido. Afinal, ela não poderia ter sentimentos também? Trazendo essa mudança de tempos, o autor traz no cenário todas as referências a cada época.

 

Confesso que amei o do Beto, já que há um tempo estávamos todos como ele: isolados de tudo e todas, sem saber o que esperar do futuro. A forma como ele se abre para novas oportunidades e que provoca o desfecho final fez meu coração pular de alegria e emoção.


Alternando os capítulos entre os três moradores, a leitura é leve, fluida e bem-humorada. Abordando assuntos tensos de uma forma delicada e cheia de compreensão.  Um livro curto, que foca na construção dos relacionamentos e que traz grandes reflexões.

 

Cada vida que passou por aquela casa encontrou um lar. Um abrigo para sua família, uma forma valiosa de mostrar que lar é onde podermos ser nós mesmos, sem medo de sonhar.

 

Um livro aconchegante, honesto e LGBTQIA+ , que fala sobre amor, família, empatia e carinho. Seria inevitável terminá-lo e não indica-lo por aqui.

 Classificação: 14 anos

 

#literaturabrasileira #yanacional #seacasa8falasse

Resenha: O DESGOSTO DE AUGUST



James Watson e Charlotte Holmes estão de férias depois dos acontecimentos desgastantes. Porém, a sua família guarda muitos segredos e isso começa a ficar tenso. Com o passado de Charlotte entre os dois e o desaparecimento do tio Leander, ambos estão determinados a encontrá-lo.

Para isso, vão a Berlim para conversar com August Moriarty, o tataraneto do vilão de Sherlock Holmes ,um dos maiores falsificadores de pinturas famosas nos últimos anos. Todavia, a busca se torna mais complicada do que parecia, os levando a uma rede política maior que o esperado.

O que poderia ser uma cópia mais adolescente de Sherlock Holmes, torna-se algo com sua própria identidade. Explorando a família, o romance e alguns mistérios.

Esse segundo livro foi mais sério, diferente do primeiro que tinha uma vibe mais divertida. Com um novo cenário e indo mais fundo no passado da família Holmes.


- As conexões familiares entre os Moriartys, Holmes e Watso, levam a uma melhor construção dessa relação. Inclusive, muitos personagens novos entram para abrilhantar. A imersão em crime organizado e algo político foi uma aposta interessante.

-O mergulho profundo trouxe algo a mais do que “Um Estudo em Charlotte”. Aqui a caracterização dos protagonistas está melhor, porém algo faltou para mim. Talvez na configuração do romance, nas atitudes um pouco infantis e algumas contradições. Já que se ignorou um grande problema de Charlotte.

A escrita a partir do ponto de vista de Jamie me irritou, porque em certo ponto se tornou repetitiva e zangada. Por mais que a fluidez da narrativa fosse melhor. A ambientação em Berlim poderia ter tido mais detalhes.

- A curiosidade me fez continuar essa série e confesso que ainda sim pareceu um pouco confuso a resolução dos mistérios. Por mais que a reviravolta tenha sido apressada.

Mesmo sendo uma experiencia razoável e melhor que o primeiro livro, o final aberto me fará continuar lendo e pedindo mais explicações.

CW: por falar em abuso de substâncias e estupro, ptsd

Resenha: UM ESTUDO EM CHARLOTTE, Brittany Cavallaro



Tendo como seus tataravos o Sherlock Holmes e John Watson,  Charlotte Holmes e Jamie Watson  se conhecem na escola Connecticut. Ela passa a maior parte dos seus dias no laboratório, investigando algo até o caminho dessas figuras se cruzam.

Uma acusação de assassinato está a espreita. E eles precisam resolver esse mistério e revelar a verdade.

Eu adoro as aventuras de Holmes e Watson. As séries de tv (BBC) são minhas adaptações favoritas. Trazendo uma aventura mais moderna, essa versão adolescente me deixou curiosa, por nascer da descendência da dupla de investigadores mais conhecida de todos os tempos.

A inteligência afiada, o charme e a diversão, tornaram Charlotte a cópia perfeita da personalidade do Sherlock. Mas, para mim,  Jamie brilhou com sua perspectiva de mundo, que trouxe um significado a mais para a história.

O mistério é bem trabalho com nuances mais romantizadas. Ademais, temos assuntos que são mais mencionados, que  bem trabalhados, como: vicio, suicídio, agressão sexual, entre outros.  Acredito que deveria ter sido melhor aprofundado com sensibilidade e seriedade, já que é voltado para o publico jovem.

 Eu demorei a me envolver com a trama. Talvez o modo rápido como tudo começou tenha feito isso. A respeito dos plots twits, o desfecho caminhava para algo que eu já esperava. Então, o livro não conseguiu suprir minhas expectativas e tudo bem por isso.Seguirei acompanhando essa série, louca para conhecer mais dessa arvore genealógica.

Com aspectos românticos, uma conexão memorável e um bom mistério do assassinato, esse YA pode ser uma aventura e tanto para embarcar.

 Avisos de conteúdo (não gráfico): assassinato,  abuso de substâncias e conversa sobre estupro, automutilação. 

 

A edição especial de Acotar pela Galera Record




A jornada de Feyre Archeron retorna em uma edição especial de colecionador, com capa dura, pintura trilateral e um projeto gráfico exclusivo no Brasil. Depois dessa edição como não quero os outros livros da série assim?

 

Sinopse: Ela roubou uma vida. Agora, deve pagar com o coração.

Nesse misto de A bela e a fera e Game of Thrones, Sarah J. Maas cria um universo repleto de ação, intrigas e romance. Depois de anos sendo escravizados pelas fadas, os humanos conseguiram se libertar e, agora, coexistem com os seres místicos. Cerca de cinco séculos após a guerra que definiu o futuro das espécies, Feyre, filha de um casal de mercadores, é forçada a se tornar uma caçadora para ajudar a família, afundada na pobreza. Após matar uma criatura feérica transformada em lobo, uma criatura bestial surge exigindo uma reparação.

Arrastada para uma terra mágica e traiçoeira – que ela só conhecia através de lendas -, a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, senhor da Corte Feérica da Primavera. À medida que ela descobre mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade até uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas e Feyre deve provar seu amor para detê-la… ou Tamlin e seu povo estarão condenados.

 


* A venda nas livrarias fisicas e online, como:SubmarinoAmericanas e Amazon

Resenha: Sex education, Katy Birchall

 

Para mim, Sex Education é uma das séries mais diferentes que já assisti. Não somente por abordar temas tabus, como apresentar com bom humor a educação sexual que nenhuma escola ensina.

O livro traz uma história extra. Curta, com um enigma a ser desvendado e com o quarteto de personagens que já conhecemos tao bem. Mesmo se você não assistiu a série, da para ler o livro bem de boas, já que tem a apresentação do elenco.


Eric,Amiee,Otis e Maeve  são adolescentes de diferentes origens sociais, com características únicas que formam a turma mais descontraída, boba e divertida. Confesso que por curtir tanto a série, esperava algo mais aprofundado, mas gostei da empolgação dela. É como se eu estivesse assistindo um episodio extra.

Tem uma certa previsibilidade, mas gostei das reviravoltas e do desvio de algo mais sexual,como na televisão. Uma viagem, contratempos e confusões.

Se você é fã da série ou está apenas pensando se vale a pena começar a assisti-la, poderá ter um deslumbre rápido de como seria assisti-la enquanto esperamos mais uma temporada que está por vir pela Netflix.

Resenha: NÃO SEI COMO ELA DÁ CONTA, Allisson Pearson



Qual título de livro define bem sua semana?

Minha leitura casou bem com a correria das duas ultimas semanas. “ NÃO SEI COMO ELA DÁ CONTA” é a frase desse momento. Mas, vamos conhecer essa história?


Kate Reddy não esperava por essa: seus filhos virando monstros e  seu marido que larga o emprego e passa a viver para a arte do mindfulness. Precisando sustentar o lar, Kate voltar a trabalhar.

Porém, quem contrataria uma mãe de 49 anos? Para convencer, ela refaz o seu curriculo ( com algumas mentiras, claro), reduz a idade, entra para um grupo de mulheres que assim como ela tentam retornar ao mercado de trabalho. Talvez ela não esperasse a volta de Jack , uma antiga paixão.

Enquanto Kate tenta lidar com a necessidade de ser aceita no trabalho, os problemas em casa vão desde os seus filhos adolescentes lidando com a internet, a um marido largadão e a comparação com outras conhecidas.


Romances de formação tendem a retratar uma fase da vida: além da transformação física e psicológica. Ainda não tenho experiencia dos 50, porém lembro da minha mãe, tias, e avós que passaram da idade e continuam enfrentando inúmeras barreiras no ambiente de trabalho.


Na protagonista, eu pude vê-las e quem sabe ver a “Bia do futuro”. Uma mulher que vai envelhecer, porém precisa entender que isso não é o fim do mundo. É possível recomeçar, se levantar e voltar a se sentir viva. Ser a mulher que quiser ser.


Por mais que tenha um ritmo lento e alguns elementos narrativos não me agradaram: desde algumas falas da protagonista, que não me fizeram ter tanta empatia devido a algumas questões.


 Aceitei o que a autora quis passar: os conflitos de uma mãe, as exigências de uma esposa. Uma mulher frente ao machismo, os desafios da idade e a pressão da maternidade e sociedade. Talvez não precisasse ser tão longo, mas as cenas hilárias, a identificação com as situações pode levar o leitor a gostar da história.


Representando todas as mulheres, independentemente da idade que se perguntam todos os dias: “ como eu posso dar conta ?”  E a verdade é que: só você sabe o que passa, mas eu torço do outro lado da tela que você continue mostrando sua valentia para viver.

O GUIA PARA VIDA: SEX EDUCATION



Voce já parou para pensar o que você sabia a respeito do seu corpo na adolescência? Se sentia desconfortável quando tinha duvidas? Sabia quem era e o que gostaria de ser?

De uma forma livre, divertida e aberta, a criadora da série da Netflix: Laurie Nunn, traz um guia que fala sobre educação sexual, desde de anatomia, ISTs, conversas sobre autoestima, identidade acompanhada dos melhores de Moordale.

O livro está cheio de conselhos sobre amizade, relacionamentos, amor e sobre ser adolescente. Afinal, é uma fase complicada e por mais que tenhamos medo, ela nos encoraja a falar sobre o que nos assustam.

A própria criadora fala no prefácio que já passou por isso e desde então, quis mostrar que a vulnerabilidade pode ser um ato de coragem. Livre de julgamentos, tabus, expondo de forma inteligente e franca sobre esse mundo.

Sex Education traz a respostas para várias perguntas, além de abrir a discussão para temas como: questões LGBTQIA+, prazer e positividade sexual.

As ilustrações de Fionna Fernandes são o complemento perfeito para uma edição CAPRICHADA, com nossos personagens favoritos externando desabafos e mostrando que não há porque sentir MEDO, INSEGURANÇA E VERGONHA POR FALAR ALGO SOBRE SI.

 Acredito que esse livro deveria ter em toda as escolas. Já passou do momento de evitar um assunto que é tão natural. Isso é educação sexual.

Sem rodeiros, honesto e inclusivo. O guia dos relacionamentos modernos e muito mais.

Resenha: Sem Ar, Jennifer Niven


Claudine está prestes a se formar e com sua melhor amiga, Saz,planeja uma ultima viagem de verão antes da faculdade. Porém, sua vida muda totalmente depois que seus pais se separam.

E agora, ela e sua mae estão indo para uma ilha por cinco semanas. A viagem que ela sonhava tanto foi para o espaço, seu coração está partido e sua raiva só cresce.Mas, quando ela conhece Jeremiah Crew, essa era a ultima coisa que queria: ter sentimentos. Miah é divertido, confiante e misterioso, mas vê Claude muito além do que sua própria família.

E mesmo que seja uma coisa de verão, como preparar o coração para o que é inevitável?

Esse romance é tao genuíno, divertido e emocionante. A simplicidade está nas emoções e a beleza nos detalhes. Ela hipnotiza com o cenário de verão, o tom dramático, mas ainda sim ideal da leitura.

Claudine é uma personagem sincerona: você percebe sua dor, sua raiva e seu medo pelos seus problemas familiares que a magoaram tanto.Ela fala sobre amor,prazer, amizade, primeiras vezes, sexo e não tem vergonha de dizer o que sente.

Jennifer Niven escreveu um romance sobre família, amadurecimento, primeiras vezes e amor. Claro que vai deixar nossos sentimentos transbordando, porque em algum momento passamos por essas fases.

Além do grito de feminismo da protagonista, a Ilha chama a atenção com sua história formada de mulheres fortes e corajosas.Abordando feminismo, maioridade, confiança, sexo e tudo o mais.

Claude somos nós, nos dias que pensamos que tudo nunca vai melhor. Somos obrigados a mudar de rotina, sair da zona de conforto e aceitar que as mudanças podem ser duras, mas necessárias.

A relação de Claude e Miah é simplesmente incrível. Cumplicidade, companheirismo e amor. Era lindo ver como eles compreendiam a dor e frustação um do outro. Tornando a leitura mágica, cativante e viciante.

Não sabemos o que o outro está passando. Somos uma epifania. Temos que lidar com o passado, as mágoas e quem somos hoje, mas e se meu coração for partido? Como seguir em frente? Como amar com ele em pedacinhos?

Uma escrita maravilhosa, que me deixa fluindo, faz meu coração da piruetas e meus sorrisos transbordarem. O amor invade as páginas e eu me torno melhor por compreende-la um pouco.

Uma aspirante a escritora, com muitas reviravoltas, personagens divertidos e uma escrita fabulosa.

E mesmo que eu ainda esteja juntando os pedaços, tenho pequenos incêndios por toda parte. Espalhando amor por lugares incríveis e me fazendo tentar novamente, mesmo que esteja partido.

Parecia que tinha um pouco de mim nessa história. Quando terminei, so queria abraçar e sentir que como um amor de verão. Ela passa por mim, mas deixou marcas bem no coração. Para se tornar memorável, identificável.

Aquele momento que temos o fim de algo, mas o inicio de nós mesmos. Despedidas nunca serão facies, mas sempre deixarão os olhos no horizonte. Jennifer Niven mostra que essa pode ter sido a sua historia, mas também é minha. E agora, a vejo no azul do ceu, na infinitude do mar e nas pegadas na areia.

 

 

QUOTES:

“Algumas pessoas simplesmente não tem a alegria dentro delas. Ou talvez tenham. Mas alguma coisa atrapalha. Como a depressão ou uma perda. Eu me esforço para ser alegre, se isso faz algum sentido. Porque tenho a alegria em mim, mas ao mesmo tempo não tenho”

“Você precisa deixar as lágrimas cairem, porque, se não deixar, uma hora elas vão sair, mas como raiva ou algo pior.”

“Porque depois de você sofrer uma perda, você se torna um fantasma no próprio corpo. Você se vê fazendo e dizendo coisas que não faria ou diria normalmente. Você precisa de algo que mantenha seus pés no chão e que prove que você ainda está aqui. Precisa de um jeito de sentir alguma coisa.”

“Não vejo o futuro como esse caminho já definido: escola, trabalho, relacionamento. Acho que o futuro está mais para o oceano, mais, sei lá, fluido.”

Resenha: Meu corpo virou poesia, Bruna Vieira

 


O primeiro livro de poesia da Bruna Vieira veio ai, mas eu já esperava ser tocada por ele. Faz tanto tempo que acompanho o blog “Depois dos Quinze” que sinto que caminhei lado a lado com uma das minhas inspirações para fazer meu blog.

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Na escrita,a autora já escreveu crônicas, romances e mergulha no que há de mais intimo: a poesia. Isso começa com sua vivencia fora do Brasil. Novos desafios, muitas descobertas que viriam a acrescentar a sua vida.

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O mais interessante é que a Bruna é minha figurinha diária nas redes sociais. Então, lembrei de suas postagens, suas conversas com o publico. Mas, a real: nunca imaginamos como o coração está por trás.

 

Trazendo muito amor-próprio, relacionamentos, novos começos, independência regada a um novo lar e um encontro de si. “Meu corpo virou poesia”, da @brunavieira é uma viagem de reencontros, de sonhos e de brilho.

 

@brunavieira nos convida para sentar no seu sofá verde, percorrer seus versos e admirar que sempre poderemos nos encontrar. Olhar para dentro é algo necessário. Cortar o que te faz mal, percorrer novos caminhos para se desafiar e compreender que podemos reescrever nossa histórias quantas vezes forem necessárias.

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Mesmo tendo me apegado a “Semente”, várias poesias me definem completamente. A sensação era que estava realmente conversando com a Bruna e isso transformou essa leitura em algo intimo, carinhoso e inspirador.


No final das contas, a poesia faz nosso corpo sentir, nossas emoções aflorarem e as palavras terem vida nos pequenos detalhes. São nas poucas palavras, que se encontra o muito dentro de nós.
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Bia - mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão pela escrita e pela leitura.




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