1302 |
As manias do coração não perdoam o rasgar do meu. Quando eu prometi a mim mesma, não me doar por inteiro. Sinto, rasgo e deixo. Me deixo no quarto escuro, com lençóis frios e com uma chuva a vir. Sinto a droga me invadir, a calma estabelecer, a neblina surgir. Deleito-me sobre suas pernas e o único remédio está na minha cabeça quando te vejo por mais perfeita que seja.
Voce sabe bem que eu preferia te amar, meu bem. Mas, se voce chegar perto demais, talvez dessa vez eu não consiga te largar. E eu gosto disso, gosto da sensação quando prende minhas mãos acima da minha cabeça. A forma confiante como me deseja, o infinito dos seus gostos pelas minhas veias.
Louco por teu toque, viciado no seu sorriso, ambicioso pela sua boca. Farei isso durar para sempre até no que parecer impossível. Não quero que seja tocada por ninguem, mas gostaria de vê-los tentar te deixar como eu te deixo. Quando você fecha os olhos, eu sei onde você quer que eu esteja nesse momento e como deixa-la a beira de um penhasco de suspiros.
Eu gostaria de admitir que você me cura como a medicina. Do tipico remédio para a minha dor cronica que serpentina quando não estás do meu lado. Avassala minha alma, que anseia pela sua. Desejando seu abraço apertado, seu cheiro adocicado e seu olhar apaixonado.
O espaço dentro do meu peito ainda te pertence desde os primeiros beijos. A razão do meu tesão, a contínua parte de mim, aquele mesmo destino para o paraíso sempre está viva aqui. Pensando em você quando não devo me distrair. Quantas doses de você eu preciso para me manter vivo? Deve ser toda uma vida.
Encontre-me quando o tempo estiver congelando. Me veja te esperando na costa, enquanto estiver navegando. Vou abrir o universo para que voce possa saltar comigo para o nosso mundo, onde nosso amor é escolhido e somos os donos dos nossos próprios destinos.