Na Sociedade criada por Huxley, o lema é "Comunidade, Identidade, Estabilidade” . As pessoas são produzidas” em massa pelos laboratórios. Família, casamento, amor e fé não existem mais. Não há escolhas, tudo é mecanizado.Bernad Marx passa a questionar o mundo em que vive: onde o amor é proibido, o governo totalitário e divide o povo em castas. É possível acompanhar o protagonista em uma busca pelas tradições perdidas e pela liberdade de ser e sentir.
Mas, e se você pudesse escolher ? Entre nossa sociedade, com injustiças e falhas ou uma sociedade planejada para o "bem estar social", onde o todo é importante e o individual é reprimido?
Como os clássicos de George Orwell, “Admirável Mundo Novo” faz uma crítica contundente ao consumismo exacerbado, abordando o capitalismo opressor , a evolução cientifica e a sociedade ideal.
Nessa história, as pessoas são máquinas voltados para a vida coletiva. E através de um romance, o autor discorre de várias para o otimismo da tecnologia frente as doenças e guerras no Ocidente.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Vocês sabiam que esse livro foi escrito entre entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial? Esse clássico da literatura mundial publicado em 1932 foi adaptado para uma série em 2020 pela HBO e está disponível na Globoplay para assistir.
A narração em terceira pessoa nos apresenta a diversos personagens, seus questionamentos quanto a produção da vida, a alienação ao prazer e o que nos torna humanos. Por ser um pouco denso pelas explicações e logo cansativo pelas reflexões mais didáticas e algumas partes confusas, não consegui me conectar, novamente com a história.
Mas, foi uma releitura interessante e que me deixou curiosa para assistir a sua recente adaptação.
Resenha: Admirável mundo novo, Aldous Huxley
Resenha: DOIS REINOS SOMBRIOS , Kendare Blake
O que te faz continuar uma série de livros?
Alguns anos atrás, eu começava mais uma fantasia: “Três Coroas Negras” da Kendare Blake. O primeiro livro me deixou confusa, afinal tantas coisas interessantes, mas uma leitura cansativa.
Como sou brasileira e não gosto de abandonar séries, decidi ler o segundo e parei por ai. Nesses últimos dias, comecei o terceiro livro da série “Dois Reinos Sombrios” e uau: apesar de não lembrar dos detalhes, consegui me conectar novamente.
Com algumas camadas a mais, mais
reviravoltas e muitas informações sobre o passado de uma rainha que tem grande
importância para a história. Fennbirn trouxe um elemento a mais nesse jogo de
xadrez pelo trono.
Uma
evolução das rainhas, muitas perguntas ainda para serem respondidas e uma trama
política que me fez continuar lendo.
O ritmo acelerado me fez continua-lo e quem sabe nos próximos meses vou finalizar essa série que me intrigou desde o inicio.
❝Três irmãs sombrias.. Lindas de se
ver.. Duas a serem devoradas.. E uma Rainha por ser.❞
Resenha: Reticencias, Solaine Chioro
Joana e Davi se conheceram pela internet através de seus perfis: @vidaspretas e @caradaprefeitura. As conversas virtuais levam a uma amizade forte, porém de forma anônima.
Enquanto Davi deixa seu emprego na prefeitura e começa a trabalhar na Eskina, Joana continua sua rotina. Porém, ambos se odeiam no trabalho e se aproximam ao longo dos meses de papo virtual.
Quando Davi deixa seu trabalho durante o dia. Mas, a noite trocam palavras carinhosas através de seus perfis, sem nunca saberem o nome real um do outro.
“Reticencias” é um livro curtinho, que trouxe uma mistura deliciosa de fofura, clichês e boas surpresas. Resultando em uma história leve, envolvente e carinhosa.
Durante a leitura desse nacional, senti que precisava de mais obras da Solaine Chioro, tamanha identidade que senti com os personagens. Eu fiquei o tempo todo ansiosa para quando esse casal iria se conhecer pessoalmente.
Além de algumas temáticas, como: ansiedade, racismo, gordofobia, fase adulta e relacionamentos virtuais. A representatividade também está presente através de personagens secundários.
Um romance cativante, com discussões relevantes e protagonizado por personagens negros e gordos. Forte, importante e perfeito para momentos leves.
"(...) quando não acabam com a nossa vida, enfraquecem nossa mente (...)."
Resenha: FÉRIAS EM TAIPEI, Abigail Hing Wen
Ever Wong ama dançar, porém seus pais querem que ela vá para a faculdade de medicina. Quando as cartas de aceitação começam a chegar, Ever descobre que foi aceita na faculdade de medicina e na Tisch, de dança.
Seus pais descobrem e decidem enviá-la para um programa em
Taiwan, Chien Tan ou Barco do amor por 8 semanas para aprender mais sobre sua
cultura. Ela só não esperava o choque a aguardava ao chegar.
Eu estava super animada para ler um YA asiático . Curiosa para
conhecer Taipei pelos olhos da Ever. A sua luta pela identidade, o conflito entre sua
tradição asiática e cultura americana, a dinâmica das amizades com seus altos e
baixos e as novas perspectivas me fizeram continuar a leitura.
Ever é uma personagem admirável. Ela nunca teve escolhas e
saindo das asas de seus pais pela primeira vez, ela escolhe quebrar as regras
que lhe foram impostas a vida toda. Mesmo com algumas ações confusas, que me
irritaram, acredito que a jornada não foi somente da Ever nessa obra.
Eu senti que alguns tópicos ligados a saúde mental poderiam
ter sido mais explorados. O triângulo amoroso não me agradou muito, visto algumas
ressalvas para esse romance.
Trazendo várias mensagens sobre aceitação, seguir suas
paixões, conhecer suas origens. Essa história também fala sobre estereótipos,
racismo, pressão familiar, primeiros amores e lealdade.
A escrita da autora é adorável, fluida e mesmo com algumas problemáticas, eu não consegui parar de ler. Algo que me incomodou foi a falta de notas de rodapé com a tradução de algumas frases em mandarim nos dialogos.
Construindo uma história sobre identidade cultural, aceitação
e conexão, essa leitura vai proporcionar diversão, uma boa viagem e novas
experiencias ao coração.
Já fico ansiosa para
conferir o que virá no segundo livro.
Aviso de conteúdo :
- Instalove
- Trapaça física
+ emocional
- Abuso
Físico + Emocional (eu acho)
-
Espalhamento de Nus
- Garotas
Catty
- Depressão
Resenha: Jamais subestime os peões, Celina Moraes
Raquel é uma
jovem conhecida como galopeira, ama cavalos e joga xadrez. Nesse jogo, ela sabe
conhecer seus adversários, pontos fortes e fracos. Enquanto isso, Daniel
é um jovem ambicioso, que certo dia deixa seus sonhos com Raquel para se
casar com a filha de um usineiro de cana-de-açúcar.
Eles queriam ter seu próprio espaço, mas a pobreza os desilude. Raquel decide partir para São Paulo com o coração partido e sonhos despedaçados.
Na capital, ela encontrará novos desafios para uma garota do interior. No tabuleiro da vida, ela estará disposta a fazer as pazes com o amor para se encontrar ?
Confesso que demorei a me conectar com o elenco principal, mas como um tabuleiro, as peças foram sendo colocadas , fazendo minha percepção mudar. A história começa em 1987 e vamos acompanhando a trama pelos próximos anos.
Com um conteúdo mais adulto, o linguajar é informal e regional. Mas, em uma escrita fluida e bem equilibrada, conseguimos ler e sentir as emoções dos personagens. Ver que ao longo do tempo, eles evoluem e suas mentes amadurecem.
Assim como a protagonista, somos levados a
fazer escolhas o tempo todo. Muitas vezes, sacrificamos o que amamos para
crescer, virar outro alguém. E mesmo que pareça ser a jogada final, temos
muitas possibilidades para mudar o jogo. Afinal, o controle está na nossas
mãos. Basta, refletirmos e termos um pouco de coragem para ser.
Link para comprar: Amazon
Página da autora: Celina Moraes
Conheça a Angie Thomas e suas obras
"Na hora da virada" será adaptado e terá Angie Thomas como produtora, Amber Rasberry como a produtora executiva, Kay Oyegun como roteirista e Wanuri Kahiu como diretora.
O segundo livro da autora conta a história de uma garota que sonha em se tornar a maior rapper de todos os tempos e do seu caminho arduo. Em casa as coisas não vão bem e a escola se torna um ambiente hostil para seu sonho.
"Uma rosa no concreto" conta a história de Maverick Carter aos 17 anos e de como ele se tornou o pai de Seven e Starr, de "O Ódio Que Você Semeia." O livro já está em pré-venda nas livrarias online.
A autora falou em uma entrevista recente que seu novo livro é um dos mais ousados que já escreveu. Ela queria contar a história de homens reais que nunca tem oportunidade de serem ouvidos, sendo diminuídos , vistos como risco.
Resenha: Serafina e o cajado maligno, Robert Beatty
Serafina e o Cajado maligno continua os acontecimentos do primeiro livro, após derrotar o mal. Porém, vilões não dão tempo e o novo controla os animais, as pessoas através de um cajado maligno. Se mantendo nas sombras.
Um dia,
enquanto estava pela floresta, percebe que um homem saindo de uma carruagem. Ao
se esconder, ela quase morre fugindo dos cães. Com ajuda de sua mãe que se transforma
em um felino , ela consegue retornar para Biltmore , mas sente que o mal chegou.
O comportamento
agressivo dos animais, um detetive que chega para investigar o desaparecimento
do Sr. Thorne. Uma nova ameaça envolve a
Propriedade Biltmore e Serafina é sugada para uma nova aventura, tentando
proteger aqueles que ama.
Ao
longo do segundo livro, conheceremos mais das origens de Serafina, sua relação
com a floresta e seu destino.
Enquanto
lia, senti a beleza na linguagem, a sabedoria nas entrelinhas e o que a trama
queria me mostrar. Serafina é gente como a gente: aquela pessoa que não se
encaixa, mas imediatamente luta para encontrar seu lugar. Nos deixando
conectados a ela e sentindo suas lutas.
Uma
garota que vira heroína de si mesma, abraçando quem ela é e buscando salvar
outras vidas, além da sua. Encontrando coragem, amor-próprio e amizades
verdadeiras.
É
fácil visualizar as cenas da Serafina e do Braeden, seu amigo, enquanto
investigam hospedes, procuram pistas e se encaram o perigo. Uma amizade que
cresce em Biltmore e nas florestas.
A natureza, a fantasia e os mitos estão presentes. Grandes
batalhas, vilões malignos em uma aventura divertida para impedir que o egoísmo
humano fale mais alto. O cenário
colorido, com um enredo divertido e mágico mantém a sequencia. E me deixou
ainda mais animada para o terceiro volume.
Robert
Beatty constrói uma aventura cativante, com mistério e dilemas morais. Serafina
está confusa: ela é humana demais para viver na floresta e selvagem para estar
com seu pai. Mas, ainda encara tudo com coragem, ousadia e amor.
Apesar
do mistério ter sido um pouco obvio, alguns fatos não foram bem explicados e
temos um enredo acelerado, principalmente as partes da floresta , o que torna a
repetição cansativa.
Mesmo
sendo uma aventura leve, a leitura ensina sobre família, valor da amizade e
perdas. Afinal, podemos sermos mais de uma coisa, desde que estejamos felizes
em ser quem somos. Atraente, com
reviravoltas e pequenos sustos.
Resenha: Mais mortais que os homens
Quem diria que as mulheres seriam ótimas no gênero de terror, mesmo séculos atrás?
Conhecemos alguns nomes masculinos, histórias que ate hoje mexem com os leitores.
Todavia,”Mais Mortais que os Homens” traz uma coleção de contos escritos por mulheres no século 19. Moças que foram contra o seu tempo e trouxeram suspense, boas doses de humor ácido e críticas sociais envoltas em suas histórias.
O camalhaço pode dar medo a alguns e mesmo tendo uma certa dificuldade em me adaptar aos contos, creio que aos poucos fui sentindo a leitura fluir mais. Tornando uma experiencia desafiadora, mas memorável.
Trazendo alguns nomes conhecidos, como : Mary Shelley, autora de Frankenstein , Louisa May Alcott , Charlotte Perkins Gilman , entre outras. A leitura enche os olhos com as visões sombrias, perspectivas apuradas e o poder das palavras em um tempo que as mulheres não tinham grandes oportunidades como escritoras.
Alguns contos me deixaram arrepiada,
outros tive uma certa dificuldade para ter empatia. Mas, todos tem um motivo
para estarem nessa coletânea. Trazendo terror psicológico, boas doses de
suspense, histórias de fantasmas. Alguns mais leves, outros mais pesados. Mas,
com toda certeza uma experiencia incrível.
Mulheres
que foram além do seu tempo e permanecerão através das suas escritas. Uma
antologia para apreciar, sair da zona de conforto e viver alguns sustos.
❝ E isso apenas prova o que eu disse:
que não há nada melhor para afastar fantasmas do que tinta fresca.❞
"O remorso amansa algumas
naturezas, mas envenenou a minha."
Resenha: Dumplin, Julie Murphy
Willowdean ou Dumplin é filha de uma ex-miss, uma gordinha que todos os dias enfrenta comentários desrespeitosos por conta do seu corpo.
Finalizando a escola e trabalhando meio período, Will tem uma paixão no seu colega de trabalho, Bo. Porém, esconde muito bem isso, até de sua melhor amiga – Ellen. Até que aos poucos, ela percebe que Bo também a olha de um jeito diferente.
Mas, a sua insegurança chega para destruí-la de vez em
quando. Mas, ela decide encara-la de frente: se inscrevendo no Concurso Miss
Jovem Flor do Texas.
"Talvez porque nem sempre seja preciso vencer um concurso para se pôr uma coroa na cabeça."
A adaptação de Dumplin me levou a ler sua história, depois de anos. E ao finaliza-la so posso me questionar: porque não a li antes?
Com uma protagonista forte, corajosa e real, a autora trabalha a aceitação, a gordofobia, os padrões estéticos, relações familiares, amor e amizade. Com uma escrita encantadora, fluida e identificável.
Will é alguém que eu gostaria de ter como amiga: sua lealdade, sua autoconfiança em se aceitar do jeito que é, mas enfrentar os comentários, lutar pela aceitação em uma sociedade que preza pela magreza como perfeição.
"Às
vezes, descobrir quem você é implica entender que o ser humano é um mosaico de
experiências. Eu sou Dumplin', Will e Willowdean. Gorda. Feliz. Insegura.
Corajosa."
Nessa história, seu desenvolvimento é maravilhoso. Sua jornada influenciará outras pessoas e nos levará a refletir sobre nossas atitudes. O elenco é divertido e autentico, o romance alcançável e genuíno.
Dumplin é simplesmente leve, cativante e empoderador. Uma leitura com uma mensagem forte sobre amor próprio e com muita representatividade!
Resenha:“As primeiras manhãs de outono “, Marcus Furletti
Max Coleman sempre amou poesia, mesmo tão jovem. Acompanhando vários autores clássicos, como: Walt Whitman e C. S. Lewis. Mesmo sendo um garoto de 17 anos, ele acredita no amor, só não o vivenciou ainda.
“As primeiras manhãs de outono “ é o terceiro livro do @marcusfurletti e diferente dos romances anteriores, esse tem uma profundidade e uma tristeza que provocam muitas emoções, mas a principal é empatia.
É difícil falar sobre sentimentos, se abrir até com quem já convivemos. Podemos ser duas pessoas ao mesmo tempo. Nos dias bons e nos dias ruins, até dá para transparecer a fragilidade do ser humano em apenas ser.
Trazendo temáticas, como: depressão, suicídio, perda de entes queridos, primeiros amores, amizade e luto. O autor mostra numa escrita sensível, com personagens palpáveis e uma trama dramática, o quanto a vida pode surpreender.
Nos presenteando com pessoas incríveis, momentos marcantes e memórias. De certa forma, também precisamos compreender o próximo, oferecer uma mão e apertá-la. Mostrar que em um mundo tão cheio de mazelas, pode existir esperança.
Se você
gosta de histórias comoventes, que provocam reflexões e te convidam a mergulhar
de cabeça em suas vidas, eu indico esse nacional. E já antecipo: lerei tudo o
que o Marcus publicar, mesmo que for uma listinha de compras.
*Obra disponivel no Kindle Unlimited e na Amazon
* Página do autor no Instagram
Pré-venda Corrente de Ferro, Cassandra Clare
O 2º livro da trilogia “As Últimas Horas”, será lançado em 1 de novembro pela Galera Record e a pré-venda já começou com vários brindes.
Na edição de colecionador, você encontra um conto exclusivo de Magnus e Jem, além da capa com acabamento metalizado.A pré-venda acompanha brindes incríveis e exclusivos: um baralho de tarô com 22 cartas, um calendário de 2022 e dois marcadores de páginas.
Sinopse:Parece que Cordelia Carstairs finalmente tem tudo o que sempre quis. Ela está noiva de James Herondale, por quem sempre foi apaixonada, e construiu uma nova vida em Londres na companhia de sua melhor amiga Lucie Herondale e os amigos inseparáveis de seu noivo, os Ladrões Alegres. Também está prestes a reencontrar seu pai e, acima de tudo, tem junto de si Cortana, sua lendária espada.
Mas a verdade pode ser muito mais sombria do que aparenta. O casamento dos dois é uma mentira, arranjado para proteger a reputação de Cordelia. James continua apaixonado pela misteriosa Grace Blackthorn, cujo irmão, Jesse, morreu anos antes em um acidente. Cortana, sua amada espada, queima a mão de Cordelia ao ser tocada, enquanto seu pai, após os problemas enfrentados no passado, se tornou amargo... e a raiva guardada dentro de si não está perto de ir embora. Para completar, um serial killer está mirando nos Caçadores de Sombras de Londres, cometendo assassinatos sob o manto da escuridão e desaparecendo sem deixar rastros.
Agora, Cordelia, James e Lucie – juntos, é claro, dos Ladrões Alegres – precisarão seguir as escassas pistas deixadas pelo assassino nas ruas mais perigosas da cidade.
No entanto, enquanto isso, cada um guarda a sete chaves um segredo impactante... que poderá transformar e definir, para sempre, seus destinos.
Resenha:Perdas e Danos , Cris Matthiesen
Andrew é um escritor consagrado e tem um relacionamento perfeito. Afinal, conheceu Sol desde na infância. Depois de anos juntos, o casal que antes era só sorrisos, passa a viver frustações.
Com altos e baixos, a trama está repleta
de emoções e temas interessantes. Como: a presença de um sociopata, a realidade
de um casamento, segundas chances e corações partidos.
O elenco é bem construído, com uma trama cheia de suspense, muito romance e drama. Enfocando o retrato de um relacionamento real, com as falhas, os acertos e as dificuldades.
A autora traz na jornada de Sol, uma mulher determinada que no começo pode te dar uma leve irritação por conta de suas atitudes, suas reações exacerbadas não me convenceram. Mas, o seu passado me fez entendê-la por completo depois.
Além do bom desenvolvimento, temos a citação de muitas musicas clássicas. O que
me deixando cantando enquanto lia. O plot twist é emocionante e posso afirmar
que a história termina de uma forma surpreendente.
Sobre segundas chances, perseverança no amor e esperança em tempos difíceis.
GATILHOS: agressão psicológica
* Página da autora Cris Matthiesen
Resenha:Uma árvore cresce no Brooklyn, Betty Smith
A história de vida da jovem Francie Nolan, sua família e sua sensibilidade em tempos tão opressores. As experiencias diárias, a honestidade e o drama famíliar que capta o significado de lar.
Frannie é uma garota que nasceu em uma família pobre. Tímida, ela se encontra nos livros.Madura para alguém da sua idade e crescendo no Brooklyn no inicio do século XX. Seu pai é amável, apesar de sempre andar bêbado. Sua mãe parece amar mais seu irmão. Sua tia não é bem vista, mas é gentil.
O ritmo é lento, a escrita detalhada e por ser longo, pode ser que muitos desistam quando o veem. Apesar disso, ele é gentil, honesto e mordaz. É como olhar de uma janela para uma rua comovente e que transparece obstáculos da vida humana: crueldade, exploração, pobreza, desigualdade e tristeza. Mas, que ainda sim, cresce como uma arvore, brotando esperança, alma e humanidade.
Ao relatar o amadurecimento da protagonista, a perda de sua infância por necessidade e suas primeiras experiencias, a história assume a maior força que temos: sonhos. Com uma família lutando por amor, oportunidades e significado para suas vidas.
É uma história sobre aprender a
amar, respeitar e desistir quando necessário. Ver o mundo como ele é, fazer parte dele, mas lutar para
que ele seja seu também. Com amor, dores, tristezas, a parte mais bonita e as
mais feias. A franqueza que permite que possamos chegar a nossa conclusão, sem
nos perder, assim como a Francie Nolan chegou às dela.
Com uma mensagem social impactante, essa história ressoou mais do que esperava
e se tornou uma das maiores surpresas do ano. Trazendo no sonho americano e no
poder do dinheiro a verdade sobre a democracia: a exploração de uma classe para Ascenção de outra.
Uma história comovente em que os personagens brilham. Retratando as diversas classes, vivencias e descontruindo uma visão social. Duro, sombrio e sobre a vida real, cheia de dificuldades, mas que é regida sob a esperança, à espera de um destino melhor.
O primeiro livro da Betty Smith, publicado em 1943 e baseado em sua infância no Brooklyn, traz na Francie Nolan, uma grande história. Uma jovem que está aprendendo a sacrificar sua inocência para crescer nas amarguras da vida.
Francie é uma garota gentil que cresce em
um ambiente hostil de pobreza, mas floresce apesar de tudo. Seu encanto pelas
pequenas coisas, sua coragem e persistência para ser quem é. A condição de
oprimida e imigrante leva a um romance esperançoso.
Com o poder de despertar grandes emoções, desde tristeza a alegria, determinação e força. Temos nos personagens a melhor parte: as falhas, os erros, os aprendizados. Muito mais que uma narrativa rica e madura, vai transportar seu coração para outra época e vai demorar a deixar sua memória.
A cada palavra, outra se apoia e encoraja
o leitor a seguir em frente. A acompanhar as mudanças, a criar vínculos,
observar com outros olhos três gerações. Enfrentar os pesadelos, sorrir com
momentos da infância, a se apaixonar pela família e pelos detalhes da vida.
As nuances da vida familiar, as decisões pela sobrevivência e o olhar determinado para a vida adulta. Atencioso, ousado e sábio. Uma obra para todos os tempos.
Resenha: A caçadora, Kate Quinn
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o combatente e jornalista Ian Graham precisa encontrar a Caçadora. Com a ajuda do seu amigo judeu,Tony Rodomovsky, em uma caçada por criminosos de guerras, a busca por justiça e vingança é impiedosa.
Jordan quer ser fotógrafa, mas algumas coisas a impedem. Até que sua madrasta entra na sua vida e uma foto que ela tirou parece amedrontá-la, mostrando-lhe uma mulher diferente.
A narrativa
em terceira pessoa com as vozes de Jordan, Ian e Nina contrastam perfeitamente
com a vulnerabilidade humana. Kate Quinn constrói um romance histórico sobre
três mulheres: uma jovem fotografa, uma assassina e uma Nachthexen, uma Bruxa
da Noite.
Com muitas camadas,
vários pontos de vista e uma riqueza de detalhes históricos. É possível perceber
o carinho, a pesquisa e complexidade que vai além de um romance.
Traz mulheres distintas que compartilham algo maior. Relembrando o retrato da força, diversidade e poder de espias, pilotos e combatentes.
A caçada em si não é um
grande mistério, até porque isso vai sendo revelado, mas a forma como cada vida
vai cruzar é o que mais atrai. Abordando o preço pela justiça, consequências de
guerra, histórias de amor e uma jornada com muito suspense, a coragem é
enfatizada e vista sob novas perspectivas.
Uma ficção instigante, com um cenário único e sobre mulheres extraordinárias que marcaram a história, em um momento que o machismo dominou, elas resistiram.
Resenha: GAROTA A, Abigail Dean
Lex Gracie cansou de ser a famosa Garota A da história sobre a Casa dos Horrores em que viveu. A que escapou e libertou seus irmãos. Enquanto seu pai se mata e sua mãe é presa. Apos muitos anos, sua mãe morre e deixa uma herança para os filhos: a casa do seu passado. Junto com Evie, Lex quer fazer da casa em que sofreu um lugar acolhedor para outras crianças. Mas , antes ela precisa do aval de seus irmãos.
Um
drama psicológico tenso , triste , mas que não consegui me conectar como
esperava. De alguma forma, ele assombra, aos pouco. Mas, perde em suspense com
informações demasiadas e algumas desnecessárias. Sem contar na alternancia
constante e sem aviso de linhas do
tempo.
Logo, é mais um drama familiar que um thriller, focado no passado sombrio marcado pelo abuso infantil e na análise psicológica durante a vida das vítimas. Relatando os diversos efeitos nas crianças que estão sendo abusadas e suas formas de lidar com o trauma.
Abigail Dean divide a fragilidade da Lex e sua tentativa de não pensar no passado. Porem, maiores explicações ocorre nas últimas páginas. Certamente, a história tinha um potencial para ser cortante, mas não atingiu esse objetivo. Pelo menos, não para mim, que não senti empatia pelo elenco e sim, incomodo pela forma como a história foi se desenvolvendo.
Algumas revelações eram previsíveis, enquanto outras ficaram a desejar.Mas, confesso que foi um drama que me levou tensa, amendrontada e cada vez mais curiosa com o desenrolar. Esta é uma história difícil, cujo retrato familiar é marcado por desmoronamentos de amor, cuidado e afeição.
Mas, acredito que para quem curte romances psicológicos baseados em
casos reais, essa pode ser uma historia sombria que vai te envolver.
“O passado era
um dos poucos países estrangeiros que nenhum dos dois queria visitar. Sempre
havia muito mais para se falar.”
Resenha: "A filha da luz" , Polyana Alvarenga Matumoto
A terra faz parte dos 6 mundos que compõem uma teia multidimensional: matéria, tempo, transformação, espiritualidade, energia e conexão. Todos unidos para manter a vida.
Chiara Newheaven volta depois de afastada de sua terra natal para encontrar suas origens. Buscar explicações sobre si. Mas, o Imperium Cielarko está enfrentando algo no momento que a garota chega: uma força poderosa ameaça o equilíbrio de tudo. E Chiara terá um papel importante nessa guerra.
A autora já nos começa apresentando de onde surgiu a história. Já adianto: quantas inspirações lindas e destinadas. Impossível não se emocionar com sua escrita.
Isso é evidente logo nas primeiras páginas. A ambientação do reino encanta. É fácil imaginar um universo cheio de cores. A sensação torna-se única acrescida com um enredo fantasioso, com conflitos palpáveis, metáforas da nossa rotina.
Com muita simbologia, misticismo, aventura e romance, a narrativa ainda faz duras críticas sobre contextos sociais, valores humanos, motivações pelo poder.
Eu adorei a Chiara, uma protagonista decidida, curiosa e sempre respeitosa, mesmo com um povo de costumes diferentes dos seus.
A mescla de ciência, misticismo e magia contam uma história autêntica e cheia de emoção. A criatividade fez a fantasia ser interessante, instigante de ler. Eu adorei como a leitura fluiu rápido, mesmo apresentando a teia do universo criada, focada em um elenco principal, mas com personagens secundários que adicionam mais sincronia a aventura.
Se
você gosta de fantasia, toques de filosofia, simbologias, essa bela aventura te
levará a um lugar inesquecível.
* Página da autora Polyana Alvarenga
Resenha: 27 DIAS, Alison Gervais
"— O dom da vida é valioso, algo que deve ser estimado — A morte continuou — E é uma aberração quando algo assim é arrancado tão cedo de alguém."
Hadley Jamison é uma adolescente de 16 anos que vive normalmente, até
que Archer Morales comete suicídio. E mesmo sem conhece-lo, ela vai ao seu
funeral com a sensação que poderia ser evitado.
O que ela
não esperava era receber uma proposta insana: ela terá a oportunidade de voltar no tempo e salvar a vida de
Archer, mas tem apenas 27 dias para isso.
Tentar chegar perto de Archer é desafiador, mas ela tenta protege-lo e
isso é sua missão impossível.
Trazendo segundas chances, viagem no tempo e boas reviravoltas, eu
adorei cada segundo dessa leitura. Acompanhei Archer e sua teimosa, vivi com a
sua família divertida e amorosa. Torci para que a Hadley seguisse com sua
ousadia e determinação. Tantos obstáculos que enfrentou, mas com bom humor,
muita coragem, ela mostra que se importar com o outro é valioso.
A autora trabalha o suicídio de uma forma sensível, apesar de
não aprofundar tanto como imaginei. Porém, ainda sim, traz a bondade, o cuidado
e o se importar como reflexões na história.
❝— Se você soubesse que tinha que fazer a coisa certa, mas também soubesse que algo de ruim poderia te acontecer por causa disso, você faria mesmo assim?
— A coisa certa é sempre a coisa certa.❞
Com um ritmo incrível que não me deixou largar um segundo. A
história captura bem todas as emoções do elenco. A culpa, o medo e a tristeza
da Hadley pela morte de
alguém que não conhecia. A depressão, a raiva e a dor de Archer.
Archer sempre foi um charme para mim: rude, sarcástico e solitário. 27
dias para ser amigo dele seria algo difícil. A cada encontro, Hadley tenta
quebrar suas barreiras. Mas, segredos do passado, traumas e magoas mostram que
será difícil arrancar um sorriso de si.
Enquanto Hadley lida com a solidão e o drama
familiar. Os dois são tão incríveis: a química é inegável e a vulnerabilidade é
bem trabalhada. Um romance que surgiu da preocupação, do carinho e da
esperança.
Uma história triste, mas aconchegante e emocionante. O romance realista,
com um toque de fantasia foi o que me fez adora-lo. O enredo atraente, a
escrita viciante e os personagens vividos e cativantes me dizem para recomendar
essa obra de todo o coração.
O impacto sobre a importância de nossas palavras e ações na vida
do outro é a maior mensagem desse livro. Se importar pode salvar a vida do
outro. Foi lindo e inspirador.