É tão complicado falar sobre isso, esse tal de amor, a palavra central de poemas, crônicas, músicas. E falar de desilusão amorosa? Ah, isso ai é clichê demais. Choro, dor, briga, raiva é comum demais. A mesma melodia: conhecer, se apaixonar, ter raiva, amar, quem sabe voltar ou acabar?
Aquela velha palavrinha
que deixa alguns no céu e outros que a odeiam tanto que fogem mais que bandido.
Amor é bandido mesmo, rouba o que tem de mais precioso e tem aqueles que
rasgam, ferem e machucam de tal forma que seu peito fica mais frio que o
habitual. Ando cansada do amor. Não vá me achar chata, nem nada do tipo.
Mas, amar também doí e
isso eu sei e você também.Quem nunca sofreu por amor? É ai que tem que escrever
sobre o que sinto e o que isso me faz. Amor é lindo quando se é recíproco,
quando é posto a prova e sobrevive. Em tempos de monotonia, ele continua sendo
a diversão da sua vida.
Amor é ação, é perdão, é
entender o outro só pelo olhar e alegrar só pelo jeito de falar. São respostas
para as perguntas que insistimos em fugir. Um buraco que se jogados dentro,
ficamos embriagados a ponto de largar as nossas atividades mais mecânicas para
amar.
Agora bateu a preguiça de
falar de amor e mais ainda de amar. É trabalhoso demais, desgastante demais e
valioso demais. Nem sei quantas experiências já tive sobre amor, se teve uma
essa me bastou. Amor é difícil além da conta, sou mais escrever.
Continuo sem entender esse
amor que vive apesar do tempo e que o pouco que se tem é muito precioso para se
deixar para lá. Já é difícil demais escrever sobre amor. Amor
que rege, aparece, desaparece, encontra, vasculha a sua vida atrás de uma
brecha para abrir seu coração e invadir, morar ali.
Enquanto eu escrevo, fujo o
mais rápido que posso. Para esse bendito do "love" não me encontrar.
Deixa, me deixa para lá.