Editora: Verus
Nota: 4’
Flora tem 17 anos e sofre de amnésia
anterógrada, depois de ter um tumor aos 11 anos. Assim, ela não consegue se
lembrar das coisas após algumas horas, somente o que aconteceu até os 10 anos.
Então, todos os dias ela escreve em post its, no
seu caderno, celular e na mão para lembrar de algo até o instante em que seu
cérebro zera e fica tudo confuso. Porém , depois de beijar Drake, o
namorado de sua melhor amiga, tudo muda e essa memória fica guardada.
Embarcando em uma viagem, Flora fará de tudo para ver Drake de novo e fazer
dessa recordação algo maior.
Eu não
sei se saberia viver dessa maneira: perdida no tempo, revivendo as memórias
antigas para saber quem eu sou hoje. A Flora faz questão de lembrar todos os
dias o quanto é corajosa.
A
história é contada pela Flora, então vivemos na sua mente confusa, sem
lembranças e a todo momento somos lembrados de tudo o que ela é e fez.
Rebobinando uma fita em todos os capítulos e talvez isso canse, já que há a
repetição.
Mas, é
preciso entender que isso é a Flora e ela precisa das suas memórias. A premissa
da obra é incrível e me peguei devorando as paginas, a partir do momento que a
Flora passa a se aventurar , indo além da sua condição física. Senti falta de
saber mais sobre os personagens secundários, mas compreendi que a personagem
guarda tão pouco de si, que é impossível lembrar dos outros.
Terminei
o livro com algumas dúvidas em relação aos pais da Flora. Porém, Flora Banks
ficou bem e isso me deixou feliz também, revelando algo incrível no final.
“– Olho para minha mão. FLORA, ela diz, essa sou
eu. Essas marcas na minha mão formam meu nome. Eu me apego a elas. Sou Flora.
Embaixo está escrito: seja corajosa. Não sei por que estou aqui, mas vou ficar
bem.