Resenha: Queria ver você feliz - Adriana Falcão

Queria ver você feliz Título: Queria Ver Você Feliz
Autora: Adriana Falcão
Editora: Intrínseca
Ano: 2014
Páginas: 160
Sinopse: HÁ QUEM O CHAME de Eros, Kama, Philea ou Ahava. O Amor, esse personagem mítico, desempenha o papel de narrador na história real do casal Caio e Maria Augusta, pais da autora Adriana Falcão. O Amor se descreve como perfeccionista e obcecado pelos detalhes, nada que o impeça de ser um bocado descuidado com as consequências dos sentimentos que provoca com suas flechas.

Já tinha o livro da Adriana Falcão na lista de desejados há algum tempo, e fiquei mais ansiosa ainda por saber que ela é mãe da Clarice Falcão. O livro conta com uma linguagem poética, romântica e regada a cartas. Adriana conta a historia de amor dos seus pais, em primeira pessoa pelo melhor autor que poderia contar o enredo amoroso: o Amor. Maria Augusta e Caio se conhecem quando adolescentes. Apaixonados se casam no Rio de Janeiro em 1950 e tem três filhas.

Maria Augusta tem uma personalidade forte, romântica e apaixonada demais.O amor dela por Caio é algo obsessivo, louco e eterno.Chegando a ser internada por suas loucuras, abusando de medicamentos e bebidas alcoólicas. Caio, entra na sua melancolia que já existia desde a adolescência, levando a tentativas de suicídio quando mais velho. 

A história é narrada com bom humor e tem um final dramático, triste, mas que revela a intensidade dos sentimentos nessa família.

Um livro nacional que recomendo pela simplicidade da escrita, pelo autor nada convencional, pela criatividade da edição, pela presença de cartas e singularidade dos sentimentos nos personagens, em que suas cartas já faziam jus a sua vida. NADA MELHOR DO QUE O AMOR NARRANDO DUAS VIDAS.

Nota: 
★★★

Texto: Último dia

Imagem de ice, photography, and boy
   O dia chega ao seu fim. É meu último na cidade. E agora lembro que esqueci de fazer e dizer tantas coisas... mas já é tarde. O império que outrora eu construíra, agora desmorona pedra sobre pedra. E o que me resta? Arrependimentos, somente. Nada pode ser feito. O último ato já começou.
   Arrependo-me... arrependo-me amargamente de ter dado atenção às críticas ao invés dos elogios e palavras amigas. Arrependo-me de acorrentar a minha alma àqueles que nunca sequer quiseram o meu corpo. Eu poderia ter feito tanta coisa... poderia ter mudado a cama de lugar, poderia ter plantado uma árvore, poderia ter dado mais atenção às minhas paixões platônicas e utópicas. Poderia ter dito para a mulher da minha vida que a amo sem medidas. Mas nada disso eu fiz.
   No entanto, fiz uma última caminhada pela minha velha cidade. Tão cheia de mentes vazias e corações corrompidos... as árvores estavam mais verdejantes. Vi os casais de namorados nos bancos da praça e os ônibus que partiam melancolicamente. E dentro de um deles, lá estava ela, a minha utopia, com cabelos negros e olhos que mais pareciam estrelas. E ao lado dela, um rapaz segurando sua mão. Uma pena... em outra vida talvez aquele fosse eu.
   Meus amigos vieram à minha casa. Todos eufóricos, mas com os corações aflitos. Aquela seria a última vez que eles me veriam. Gritamos, bebemos, cantamos e xingamos uns aos outros. No fim, lembramos dos bons momentos que passamos juntos e choramos por não poder mais reviver tudo aquilo. O fim do dia havia chegado, e eu por displicência, não dei o meu melhor. Arrumo agora as malas, cheia de roupas e de memórias. Deveria também ter comprado uma mala maior. Mas as lojas já fecharam.
   Fui à janela, e dei uma última olhada na cidade. Poucos prédios e muitas luzes. Os poucos minutos que ali fiquei, foi tempo o suficiente para me fazer lembrar de toda uma vida que ali tive. Saí com as malas em mãos e subi no ônibus. Fui ao encontro do nascer do sol.

- André Viana

Notícias: capa definitiva de "A Coroa" divulgada pela Editora Seguinte

                 
 A capa brasileira de "A coroa", último livro da série A Seleção, divulgada pela Editora Seguinte.
A pré-venda começará ainda esta semana e segundo a editora quem comprar na pré-venda vai ganhar um brinde exclusivo.

Quando começa a pré-venda?
A pré-venda vai começar ainda esta semana! Divulgarei os links no instagram do blog quando estiverem disponíveis.

Para ganhar o brinde preciso comprar em uma loja específica?
Várias lojas online terão a pré-venda com brinde, você poderá escolher a sua favorita. Por questões de logística, o brinde está disponível apenas para a pré-venda online, não para reserva em lojas físicas.

Notícias: série Objetos cortantes


 
      “A adaptação para a televisão de Objetos Cortantes escrito por Gillian Flynn (mesma autora de Garota Exemplar), baseada em seu romance de estréia em 2006, será produzida pela HBO. A série já possui 8 episódios garantidos e quem irá interpretar a personagem principal será Amy Adams.
Marti Noxon, co-criador da série UnReal, escreveu o roteiro piloto e atuará como produtor executivo. A autora também irá escrever alguns dos scripts. Jean-Marc Vallée que dirigiu filmes como “Livre” e “Clube de Compras Dallas” irá dirigir todos os oito episódios e co-editar a série.
      O livro conta a história da repórter Camille Preaker, que retorna à sua cidade natal para investigar os assassinatos de duas garotas pré-adolescentes, após ter passado um tempo em uma instituição psiquiátrica. Além de precisar lidar com seus próprios distúrbios emocionais, Camille precisa conviver com a mãe hipocondríaca e a meia-irmã que mal conhece.
 A série ainda não tem previsão de estréia.”


Resenha:Meia-noite na Austenlândia, Shannon Hale ★★★★

Meia-Noite na AustenlândiaTítulo: Meia-noite na Austenlândia
Autor: Shannon Hale
Editora: Record
Páginas: 320
Ano: 2015
Sinopse:Charlotte Kinder é bem-sucedida nos negócios, mas não no amor. Tentando se reerguer após um doloroso divórcio — e ainda obrigada a ver o ex-marido se casar com a amante —, ela passa a enfrentar o mundo dos programas arranjados com homens desconhecidos. Sem esperanças, se presenteia com duas semanas na Austenlândia, uma mansão interiorana que reproduz a época de Jane Austen. Lá, todos devem se portar de acordo com os costumes da Inglaterra regencial, ou seja, homens são perfeitos cavalheiros e o espartilho é item obrigatório nos trajes de uma dama. Porém, na verdade, os homens são atores, contratados para entreter as hóspedes.
Todos em Pembrook Park devem desempenhar um papel, mas, com o passar do tempo, Charlotte não tem mais certeza de onde termina a encenação e começa a realidade. E, quando os jogos na casa se mostram um pouco assustadores, ela descobre que talvez nem mesmo o chapéu mais bonito poderá manter sua cabeça grudada ao pescoço. Ao contrário do que se poderia pensar, Pembrook Park se revela um lugar intimidante, e a experiência de Charlotte passa a ser muito diferente da descrita no pacote de férias.

Meia-noite na Austenlândia não é a continuação que eu pensava que fosse de Austenlândia, da Shannon Hale, pela  editora Record , porém se passa no mesmo universo de Austenlândia, com uma diferente protagonista e um enredo distinto.Nesta historia, Shannon Hale deixará a historia com um humor mais elevado e com um mistério a ser resolvido, mantendo as características comuns dos romances de Austen em suas obras.

“Lorde Bentley era um homem alto, mais alto do que deve ser confortável para a vida do dia a dia. Claro, Charlotte era uma mulher alta, mas colocá-la como par do equivalente ao Empire State Building parecia exagero.”

Charlotte, a protagonista, era uma mulher sem voz, sem grandes aventuras e depois do divorcio que passa, quer viver algo que sempre quis: ser personagem em uma historia da Jane Austen, mesmo a Agatha Christie tendo feito mais parte da sua adolescência. Todavia, ela acaba acreditando que houve um assassinato no cenário da Austen. Sendo assim, qual é a influencia certa? Jane Austen ou Agatha Christie?

Todavia, o mistério não foi tão surpreendente assim, mas Charlotte é uma personagem engraçada e desmedida, sempre confusa quanto ao seu passado e quanto aquela semana será real ou não, dando abertura para um chick-lit. Ela procura esquecer as traições do ex-marido, o divorcio, o jeito que anda lidando com tudo e ao se deparar com um mistério, ela percebe que é muito fácil se distrair, voltando a acreditar que é inteligente o suficiente uma vez que não conseguiu impedir que seu marido a trocasse por outra.

O drama pessoal de Charlotte foi o que mais me agradou. O modo que ela pode lidar com a situação e seguir em frente. Além dos personagens secundários, que são cativantes. Embora, Meia-noite na Austenlândia não seja a continuação direta do primeiro livro, recomendo a leitura de Austenlândia para entender que terão alguns personagens comuns em ambas as historias. E também que alguns detalhes serão acrescentados.

“Jane Austen criou seis heroínas, todas diferentes, e isso deu coragem a Charlotte. Não havia só um tipo de mulher. (…) Estava finalmente se sentindo em casa na Austenlândia, e pretendia se armar com essa ousadia e levá-la para casa.”

 Nota★★★★


Texto: mudanças na trilha




    Engraçado como as coisas mudam. Na verdade, sabemos que uma palavra, um gesto , um olhar pode mudar diversas áreas da nossa vida. Quando você me olhou e deu aquele seu sorriso orgulhoso de quem estava feliz porque eu estava ali ou quando me beijou ao som de Hotline Bling, senti a vergonha de quem já esperava algo, mas acabou se surpreendendo.  Ou seja, algo mudou. Eu sei disso e aposto como você tambem.
    Quando deita sua cabeça  na curvatura do meu pescoço e dá um beijo estralado, molhado e calmo na intenção que eu feche os olhos e suspire. Algo muda aí também.
Quando faz o biquinho, revirando os olhos e me beija, abrindo um sorriso e falando que está adorando isso. Algo mudou aqui tambem.
   Nao foi o primeiro olhar que causou a sintonia . Não foi a risada por alguma coisa Idiota que eu disse. Não foi a trilha sonora. Não foi o primeiro contato dos nossos lábios. Foi você e eu depois que tudo isso aconteceu. Parece natural e normal, algo que eu não via dessa maneira.
   Quis dizer que te amo por essas coisas: pelo beijo doce, violento; pelo encontro do seus lábios com meu ombro, com o topo da minha cabeça; por segurar minhas mãos com tanta força para ver se prendia para sempre naquela mesma posição, pelo abraço apertado e pelo fechar de olhos quando estamos nos amando. Quis dizer isso, mas não disse.
     Silencio reinou e não tinha nada que mudasse isso. Horas não passavam, o tempo permanecia e perdi a noção do mundo quando ficou me olhando sem parar. Se isso for gostar, eu estou gostando. Se isso for cair do precipício, espero que esteja caindo comigo. Se isso for o início de algo, que seja o começo de uma mudança boa para meu coração. 

Bia, 27 anos, mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão. Além de ser viciada em café, series e filmes. Pensa em ser muitas coisas, mas de uma ela tem certeza: leitora assídua nunca deixará de ser.




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