Resenha: O clube dos amigos imaginários, Glau Kemp
“Às vezes amigos imaginários podem ser a nossa melhor companhia. Ou não...”
Você já teve um amigo imaginário?
Assim como Vanessa e Thiago , eu tive não um, mas vários até a juventude. Porém, depois que eles perdem o grupo de terapia que frequentam, resolvem criar o seu próprio.
Junto com o Ricardo e Júlia, encontram apoio para enfrentar seus medos e aprender uns com os outros. O que será que o destino reservou para esse quarteto tão aventureira ?
📖 Amigos diferentes, que vivem sofrendo bullying e não se sentem compreendidos. Isso é o que forma o clube dos amigos imaginários.
Com muita sensibilidade, acompanhamos a forma que cada personagem encara a vida. Através da voz “ A Voz e O Urso Bobo” - amigos imaginários do Thiago e da Vanessa . Que aos poucos nos revelam mais sobre suas vidas.
Glau Kemp me conquistou logo no primeiro capítulo, com uma história leve, mas muito séria sobre problemas familiares, adolescência e compreensão do outro.
.Quem diria que eu podia fazer parte desse clube tão especial e não me sentir menos por ter tido um amigo imaginário do meu lado. Enquanto lia, senti o impacto desse nacional que vai demorar a deixar minha memória.
Mesmo com algumas ressalvas, sinto que fui levada a fazer Várias reflexões sobre as possibilidades que criamos para derrubar nossos maiores medos, viver com nossa mente e nos aceitar.
O clube dos amigos imaginários é inspirador , sensível , nostálgico para os adultos e autêntico. Impossível largar e não se sentir um pouco jovem de novo.
Uma história juvenil sobre amizade, loucura e um pouco de sanidade.
Classificação: 16 anos
Contém gatilhos : menção a suicidio, violência .
De sangue e Cinzas", de Jennifer L Armentrout ✨
-Vencedor do Goodreads Choice Awards na categoria Melhor Romance e agora veio ai pela GALERA RECORD
O livro está em pré-venda e acompanha um marcador de páginas, um pôster dos personagens Poppy e Hawke e um saquinho porta-livros!
Resenha: Maldito ex, Juan Jullian
Maldito- ex é a sequencia de Querido-ex do @juanjullian. E todo mundo sabe que uma história tem dois lados, principalmente quando se fala em relacionamentos.
“Não sou monstro nem sou vítima. Sou alguém no meio disso”.
A
história de Tiago é explorada na continuação. Um garoto branco, que vive com a
mãe, tem o pai ausente e que é uma subcelebridade. Reality shows, namoros e
fama o levam a se perder. Cometer vários erros ao longo de sua caminhada podem
o levar ao fim rápido de tudo o que ele sempre quis ser.
Juan
arrasou na versão antes não explorada do outro lado: do ex. Com muita fluidez,
o maldito ex acaba conquistando, mesmo com suas falhas nossa empatia. Pode não
haver justificativa para suas ações, mas se ele persistir, há chance de
redenção e perdão.
Abordando
preconceito sexual, racismo, pressão estética e abuso psicológico e sexual em
um relacionamento, somos forçados a confrontar que aparências enganam e as
marcas ficam além do coração.
O livro
não vai romantizar o que Tiago, como explicado em Querido Ex, mas nos faz
acompanhar seus pensamentos e atitudes. Entender o que se passa na cabeça dele
e como ele enfrentará as consequências de seus atos.
Um alerta
sobre relações abusivas, atitudes para se atentar sobre um relacionamento. Querido
ex e Maldito podem ser lidos de forma independente e assim conhecer ambos os
lados. Para despertar, refletir e se emocionar.
Resenha: FLORES PARA ALGERNON, Daniel Keye
Lançado originalmente como um conto em 1958 e vencedor do Prêmio Nebula, em 1966. Já teve várias adaptações para o teatro e a televisão.
Queria saber expressar bem meus pensamentos enquanto lia
essa obra, tão humana, tão verdadeira e dolorida.
Charlie Gordon tem um QI de 68 e tudo o que faz é varrer a
padaria. Até que um dia ele é convidado para participar de um experimento. O
primeiro ser humano a ser operado e que se tornaria inteligente, que foi o que
sempre quis ser.
Todavia, tudo tem um
preço e a vida volta para cobra-lo. Charlie era tratado como inferior,
humilhado constantemente. O riso das pessoas não era com ele e sim, dele. As
amizades que ele pensou que tinha, na verdade, não eram tão amigas assim.
E aos poucos, suas memórias da sua infância retornam, assim
como sua inteligência. Charlie pode ter crescido fisicamente, mas suas emoções
são infantis. E agora ele precisa aprender o que nunca lhe foi ensinado e isso
pode ser duro de ver.
Com uma narrativa diferente, em formato de relatos, Charlie
nos conta como ele é, foi e está sendo após a cirurgia. E você, de fato,
perceberás as nítidas mudanças na sua mente através da escrita informal e
objetiva.
Uma obra que trata de doenças mentais, natureza humana,
lembranças e perdão. Senti tristeza, raiva, esperança e amor por Charlie. Torci
por ele, mas tive medo por ele. Pelo
comportamento e desumanidade do ser humano, visto que zomba, ri e faz graça de
qualquer pessoa que seja diferente.
No final das contas, entendo a força que Flores para Algernon
têm. Seu dom em explorar a inteligência, o amor e a dor. É uma história muito
triste, mas necessária para compreender o outro. Nos fazendo pensar em empatia
e respeito. De partir o coração, mas nunca ser em vão.
"Que estranho é o
fato de pessoas de sensibilidade e sentimentos honestos, que não tirariam
vantagem de um homem que nasceu sem braços ou pernas ou olhos, não verem
problema em maltratar um homem com pouca inteligência".
Resenha: Recursão,Blake Crouch
Quao
importante são suas memorias?
Comecei
2021 mergulhando de cabeça no sci-fi. Recursão foi muito mais intenso do que
imaginava. Há alguns anos, li Matéria Escura e prometi que não perderia nenhuma
obra do autor.
Me
preparei para embarcar nessa ficção científica permeada de mistérios, suspense
e reviravoltas. E que plot twist viu? Sinto te dizer, mas melhor você não saber
muito e encarar a leitura as cegas.
Imagina que existe uma doença , chamada
Sindrome da Falsa Memória que faz as pessoas se lembrarem de algo que não
viveram. Como se tivessem vividos outras vidas e essas lembranças ficaram
guardadas.
Barry
é um investigador em 2018 e um dia tenta ajudar uma mulher a não cometer
suicídio. Em 2008, a neurocientista Helena procura a cura para o Alzheimer,
tentando trazer suas memorias de volta. Enquanto Barry está envolto por um
mistério da doença, Helena acaba vendo que suas descobertas podem resultar no
fim da humanidade.
Ambos os personagens estão lidando com
lembranças, em tempos distintos, mas que vão acabar se encontrando. Então,
imagina viagens no tempo, loopings temporais e toda a busca pela solução de um
caso e uma pesquisa grandiosa.
Aos
poucos, o autor vai construindo sua história e surpreendente a cada livro. Deixando
o quebra-cabeça ainda mais interessante, frenético e de provocar arrepios. Sim,
essa ficção científica é marcante.
Tantos conceitos sobre dimensões, tecnologia e
viagens, mas o tempo é o mestre da historia. Blake Crouch o administra,
conforme seus protagonistas vão construindo suas memórias e descobrindo mais de
si e dos perigos existentes ao seu redor.
Apesar
de o final ser aberto,a ponto de me fazer pensar: será que meu livro veio
faltando páginas? A história me tirou dos eixos e me trouxe reflexões sobre
minha existência, o tempo e o que está guardado em nossas mentes.
E
se você tivesse outras vidas, outras possibilidades a partir de determinado
caminho? Tão humano quanto, Recursão emociona, questiona e nos libera ...
Desnecessário
dizer que essas duas histórias se chocam e é algo incrível e alucinante. Crouch
escreveu mais um livro estranho, atraente e estranhamente romântico. Como Dark
Matter, você pode esperar que este livro fique maior e mais selvagem do que
você jamais imaginou antes mesmo de uma sugestão de uma solução aparecer.
Histórias
sobre memórias realmente me afetam, porque nossas memórias e experiências nos
tornam quem somos. Eu sou minhas memórias. E uma das coisas mais tristes em que
posso pensar é não ser lembrado por alguém que você ama profundamente.
RESENHA: NA CORDA BAMBA, KILEY REID
Emira Tucker é uma jovem babá negra que cuida da Briar, filha da Alix e Peter Chamberlains. Uma mulher rica, escritora e conhecida por defender a luta feminina.
Todavia,
quando pede a Emira para ir dar uma passeio com sua filha mais velha ao
mercado, a meia noite. A babá é abordada por um segurança, que a acusa de
sequestrar a criança. Sendo filmada e questionada, Emir so quer esquecer que
passou por essa situação tao humilhante.
Indicado
pelo Clube de leitura da Reese, minha curiosidade sobre a forma como o
preconceito racial seria abordado nesse romance alimentou minha experiencia.
Abordando o racismo, a divisão de classes, privilégios e explorando as
intenções que estão por trás da proteção e ajuda a população de cor.
"Porque é isso que
família significa. Família significa não ter preferidos."
A
história de duas mulheres com vidas distintas, mas que se cruzam. Apesar de ter
gostado da leitura, senti que a autora se perdeu na proposta e acabou dando
ênfase ao ódio e obsessão da Alix. E acompanhar as suas motivações que a levam
a ajudar Emira foram conflituosas. Eu queria que Emira tivesse tido mais voz,
mais força , porem ela so aceitava tudo o que lhe era imposto.
A
escrita da autora é fluida, mas desarticulada, confusa e alguns diálogos são
forçados. Não consegui sentir nenhuma conexão com os personagens, mesmo
entendendo que a temática da história é importante.
A
indireta por trás “ Na corda bamba” desperta uma discussão sobre o ‘ajudar”
que, na muitas vezes, visa o beneficio de si próprio, mas não o do outro.
Manipulando o que acontece ao seu redor, para controlar e submeter o próximo.