Resenha: Rumo ao Sul , Silas House


Asher Sharp é um pastor simples, vivendo com sua esposa e filho. Até que vivem uma enchente devastadora em Tennessee. Muitos perderam suas casas e pertences, e o pastor tentou ajudar a muitos até que dois homens, Jimmy e Steven, aparecem em sua vida.

“Às vezes Asher se preocupava com o fato de o garoto conseguir se dar melhor com animais do que com outras pessoas. Outras vezes concluía que isso não seria tão ruim. Se havia algo que aprendera na vida, até então, era que os cães com frequência se mostravam mais amigos do que os homens.”

O casal não é bem visto pela esposa do pastor, mas mesmo assim Asher os ajuda dando-lhes comida. Todavia, ao pedirem abrigo, Lydia e Asher, cujas opiniões são distintas, passam por uma turbulência em seu casamento.

“Mas uma coisa tenho que reconhecer, ela é fiel às suas crenças. O problema é que a pessoa pode acreditar tanto em uma coisa até perder a noção do resto.”

Até que o casal passa a frequentar a igreja do pastor, porém os fieis não os aceitam, tirando Asher do cargo da igreja. Além das dificuldades no casamento e expulso da igreja por defender o casal, um vídeo é postado na internet e viraliza sobre o caso, fazendo o pastor sequestrar o seu filho e sair da cidade, rumo a Key West, a procura de seu irmão e uma nova vida.

Rumo ao Sul é dividido em 4 partes: O surgimento do Caos; A Fuga com Justin; Canção para uma Gaivota e Os últimos dias. Mostrando aos poucos a jornada de Asher e Justin, seu filho. Um pastor com o dilema de ajudar ao próximo, porém de lidar com o fanatismo religioso e o preconceito.

E foi interessante acompanhar os conflitos do pastor quanto a sua missão e as consequências de seus atos, trazendo  uma reflexão acerca do amor e da justiça

Mesmo gostando da leitura no geral, senti que ouve um pouco de divagação pelo tema, mudanças abruptas de capítulos e algumas ações que não condizem com os personagens. Dando uma certa confusão na narrativa. Infelizmente não consegui ter empatia pelos personagens, apesar de achar a trama conflituosa bem intrigante.

 * LIVRO CEDIDO EM PARCERIA COM A EDITORA FARO

NOTA: 3,5'

Resenha :Dear Heart, Eu Odeio Você! - J. Sterling

                                                   
Editora: Faro Editorial
Nota: 3,5/5

"Se o elevador fosse um campo minado, aquele quarto era o território onde acenávamos a bandeira branca de rendição. A batalha tinha acabado e nós dois éramos vencedores."

Jules é uma workaholic , sempre focada no trabalho e conferindo sua concorrência de perto. Afinal, sua carreira é mais importante do que qualquer distração. Até que em uma viagem para outra cidade, ela conhece Cal Donovan, alguém como ela, que possui ambições.

Eles se dão tão bem, que um encontro acaba levando a algo mais e eles decidem manter o contato. Será que pode-se conciliar trabalho, carreira e amor?

 Jules é uma protagonista que conquista pela sua independência e justamente por correr atrás do que acredita. Até o momento que Cal surge e ela começa a se viciar em alguém. Ambos são racionais, concorrentes, mas que estão vulneráveis ao destino.

Um clichê gostoso, típico da sessão da tarde e mostrando uma personagem poderosa frente a algo que ela não quer de jeito nenhum. Por ter lido, “Quase Rivais”, J. Sterling tem uma escrita fluida, rápida e cativante. Provas que a autora continua me conquistando com sua narrativa ágil e descontraída. Apesar de já prever muitas situações e o desfecho, não pude deixar de me divertir com a obra.

A narrativa é alternada entre Jules e Cal. E isso deixou tudo mais envolvente, já que os personagens tentam manter um relacionado a distância e suas carreiras sob controle. Um ponto extra para os personagens secundários : Lucas e Tami, melhores amigos dos personagens e super divertidos.

Se você adora aquele clichêzinho com personagens teimosos, mas que tentam viver um amor, recomendo a leitura.

Resenha: O lado obscuro | Tarryn Fisher


 "Está é uma história sobre as verdades.

A verdade que lutamos para descobrir. A que enterramos dentro de nós para que ninguém possa ver, e a que nós encontramos quando já é tarde demais..."

Senna é uma escritora que está no auge, até que certo dia ela acorda em um lugar estranho . Em um quarto esquisito, trancada e desesperada, ela se vê em um jogo. Até que percebe que Isaac também foi raptado. Presos, eles também precisam lidar com as lembranças do seu passado e entender contra quem estão lutando.

O livro é um thriller psicológico que mexe com os personagens, trazendo a tona memórias anteriores e seus traumas. Eu gostei de como a autora brinca com isso. Sempre nos apresentando algo que não tínhamos reparado antes e que talvez fosse importante para o presente acontecimento.

Apesar de ter uma boa noção de quem seria o raptador, o desfecho dos protagonistas me decepcionou.

Através da Senna, a autora aborda a obscuridade dos traumas, do abandona e das dores. Lembrando que esse livro possui gatilhos, como: estupro, abuso psicológico e sexual.

Se você gosta de histórias que falam sobre comportamentos pessoais e com uma boa dose de crueldade, recomendo a leitura da obra. Mas, esteja atento a cenas fortes.

Editora:  @faroeditorial 
Nota: 3,5’

O que chega ao Brasil em 2021 pela Galera Record

 Cinderella is Dead", de @KalynnBayron . A trama segue um grupo de garotas negras LGBTQ+ que se une para derrubar o rei, e no processo, elas aprendem que há mais na história de Cinderela do que todos conhecem. 

Cemetery Boys", de @aidenschmaiden. Na trama, Yadriel, um garoto trans e gay, invoca por engano o espírito de Julian, o bad boy do colégio. Quanto mais eles se envolvem, mais difícil fica a missão de fazer Julian retornar.


The Invisible Life of Addie Laurue, V.E. Scwab :"Na trama, Addie faz um pacto com o diabo e oferece sua alma em troca da vida eterna. Esquecida por todos que a encontram, tudo muda quando alguém finalmente a reconhece."





França, 1714: em um momento de desespero, uma jovem faz uma barganha faustiana de viver para sempre e é amaldiçoada a ser esquecida por todos que encontra.

Assim começa a vida extraordinária de Addie LaRue, e uma aventura deslumbrante que se desenrolará através dos séculos e continentes, através da história e da arte, enquanto uma jovem aprende até onde ela irá para deixar sua marca no mundo.

Mas tudo muda quando, depois de quase 300 anos, Addie se depara com um jovem em uma livraria escondida e ele se lembra do nome dela.

Cemetery Boys", de , chega ao Brasil pela em 2021 Na trama, Yadriel, um garoto trans e gay, invoca por engano o espírito de Julian, o bad boy do colégio. Quanto mais eles se envolvem, mais difícil fica a missão de fazer Julian retornar.
Cemetery Boys", de , chega ao Brasil pela em 2021 Na trama, Yadriel, um garoto trans e gay, invoca por engano o espírito de Julian, o bad boy do colégio. Quanto mais eles se envolvem, mais difícil fica a missão de fazer Julian retornar.
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RESENHA: TERRA DE MULHERES , Charlotte Perkins | 4’

 
                       


Nenhum homem pisou na Terra das Mulheres por dois mil anos. Até que Van, Terry e Jeff ouvem falar sobre o país e querem conhecê-lo. Mas, ao chegarem são prisioneiros nas terras. A partir de então, Van relata suas descobertas sobre esse mundo criado apenas por mulheres.
Hoje, agora, imaginemos uma sociedade livre da opressão do patriarcado. Como ela se organizaria, e o que faríamos com a liberdade conquistada? As rachaduras e os problemas insolúveis de Terra das Mulheres são um terreno fértil que nos permite sonhar com novas utopias, assim como Charlotte Perkins Gilman ousou sonhar um dia. “[Prefácio]
 
No início do livro, o prefácio já chama atenção e nos apresenta como foi a construção do mundo de Charllote Perkins.Você já imaginou se um país fosse constituído apenas por mulheres por séculos? A autora Charllotte estava pensando utopicamente, em 1915 ,quando escreveu essa obra. Através dela discutiu vários temas, como: maternidade, sexualidade, patriarcado, preconceito , submissão, entre outros.
 
Os homens, prisioneiros e convidados, são os narradores dessa história. Sim, temos a perspectiva masculina acerca de um lugar habitado somente por mulheres, que desconhecem o mundo afora. Ver essa construção foi interessante, já que muitas questões são discutidas. Principalmente o papel da mulher, vista como mãe, esposa e desconsiderada das decisões sociais.
 
Tudo nessa terra é voltado para a figura materna, da irmandade entre elas e do benefício mutuo. Já que seus prisioneiros são homens de um mundo desconhecido, elas querem entender como funciona também. Então, elas questionam os personagens, as respostas dadas pelo narrador para explicar as guerras, as desigualdades e outras questões do seu mundo.
 
Uma obra escrita há mais de um século atrás e que pode ter chocado a sociedade na época por suas ideias. Mas, hoje ela é um clássico que me deixou presa na leitura por ser uma distopia feminista, que enfatiza a sonoridade. Uma obra crítica, para impactar o leitor a partir das suas “desculpas” do tratamento da mulher pelo homem.
 
Para aquelas mulheres, na extensão ininterrupta de dois mil anos de civilização feminina, a palavra "mulher" evocava esse amplo contexto, em todo o seu desenvolvimento social; e a palavra "homem" significava para elas apenas macho - o gênero.”
 
 
Terra das Mulheres  coloca várias interrogações em pauta. Como seria se o mundo fosse construído por mulheres? Será que seria perfeito assim? Definitivamente, uma leitura simples, atemporal e revolucionária.
 
 

Bia, 27 anos, mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão. Além de ser viciada em café, series e filmes. Pensa em ser muitas coisas, mas de uma ela tem certeza: leitora assídua nunca deixará de ser.




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