Resenha:Palavras interrompidas, Marcos Debrito


 

Carlos é chamado para identificar um corpo no necrotério. Mesmo de cabelos negros, uma estranha tatuagem no ombro, não reconhece sua própria filha. Ela não se parecia a jovem alegre de antes. Até que ele vê as marcas em seus braços.

Assim, inicia-se uma busca pelo culpado. Procurando respostas para suas perguntas e querendo descobrir quem mataria sua filha, o pai perceberá que essa investigação o levará a uma figura incomum, que promete ajuda-lo a encontrar o culpado. Mas, ele precisa de algo em troca.

Um pai é capaz de fazer de tudo para buscar a verdade?


Essa foi minha primeira experiência com a escrita do Marcos Debrito, tão famoso por outras obras do gênero de terror. Por ser tratar de um suspense com um toque sobrenatural é um estilo que ainda não consegui me adaptar muito bem, mas compreendi as razoes por trás disso.

Com capítulos curtos, imagens ilustrativas e uma edição muito bem diagramada, é possível ler rapidamente, ficar intrigado pelo ritmo da obra. Cada capítulo dá uma pista, cria expectativa pelo que estar por vir.

Me senti em um episodio de American Horror Stories: aquele que não te deixa tirar os olhos da tela. Mesmo sendo um livro curto, ele traz na subjetividade sua marca. Dá asas a nossa imaginação e traz um certo terror nas páginas.

Eu gostei demais dessa primeira experiência com a escrita do autor: descritiva na medida certa, ágil e dinâmica. A história em si não me surpreendeu, pois eu já esperava alguns atos. Mas, trouxe um olhar apurado e solitário sobre temas que podem ser gatilhos, então fique atento: suicídio, depressão, abandono.


“Palavras Interrompidas” é um nacional sombrio, um mergulho rápido na complexidade humana e nas verdades que insistimos em omitir.
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#palavrasinterrompidas #acasadospesadelos #livro #marcosdebrito #faroeditorial #suspense #terror

Resenha:A GAROTA VAMPIRA – VAMBIZOMEN 2


 Tom está na casa da vovó quando vê um morcego sentado do lado de fora da sua janela. Todavia , ela tem nome: Martha Livingston - o morcego que o transformou em um vampiro. Nosso vambizomen tem tantas perguntas, até que o morcego se transforma em uma garota.

A série Vambizomem é tão divertida, fofa e voltada para as aventuras de Tom como um vambizomen. Uma mistura de vampiro, zumbi e lobisomem. Incomum, não é mesmo?

O garoto tem vários desafios: aprender a voar, ser entendido na escola, aceito pela sociedade. Tom já se aceitou, então não precisa ficar se reafirmando. Ele começa a viver assim e isso é mostrado de uma forma interessante, com diálogos bem construídos e ilustrações engraçadas.

Steven Banks traz um livro infanto-juvenil cheio de humor, toques sombrios e intrigantes. O incomum nessa história traz a leveza, mas ainda sim uma maior reflexão sobre as diferenças e crescimento.

É uma leitura bem agradável, divertida e cheia de ação. Destinado para um público mais jovem, mas que pode ser leve para qualquer pessoa.

 Entusiasmante, pode dar umas mordidas e ainda trazer sorrisos.

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Resenha: Eu não sou uma boa garota, Jessie Ann Foley



 Mia Dempsey sabe que é uma "adolescente problemática". Sua imagem passa isso: as drogas, o álcool, os garotos e está pouco se lixando para a escola. Quando Mia bate em sua madrasta, ela é enviada para um internato para garotas problemáticas: O Red Oak.

Lá, ela conhece outras garotas parecidas com sua situação: más pela sociedade. Forçada a seguir muitas regras, se afastar de todos os meios sociais, ela terá a oportunidade de refletir sobre seus relacionamentos.

Mia é uma personagem cheia de facetas, bem construída e cuja sua jornada emocional nos faz sentir empatia e querer abraçá-la. Expressa raiva, medo, ingenuidade e a vulnerabilidade por inteiro. Seus conflitos internos, as discussões sociais sobre como as garotas são tratadas e estereotipadas levam a história a ser memorável.

Jessi Ann Foley nos faz entender as cicatrizes do elenco, abrir os olhos para essas garotas que estão ali por serem más, todavia elas têm suas histórias para contar. Muitas angustiantes, tocantes e verossímeis. Então, o livro aborda alguns temas fortes: agressão sexual, TOC, automutilação, ansiedade, depressão.

Quem ai não foi em algum momento um adolescentes rebeldes, querendo viver a vida loucamente para suprir a falta de algo no coração?

A garota "má" é vista como uma vagabunda e ao longo da narrativa evidencia o quanto isso é destrutivo. Com honestidade, a voz de Mia nos faz ver o fardo de ser “problemático” por um outro lado.

Cada personagem secundário tem um ótimo desenvolvimento, varias camadas e suas relações com a protagonista são cativantes. Com diálogos bem-humorados, eu so queria saber mais das outras garotas, fechando a jornada individual das outras garotas. Eu teria adorado mais páginas sobre os sentimentos de outros personagens, como o pai da Mia.

A autodescoberta é maravilhosa. Amei ver a Mia se aceitar, se cuidar e se amar como ela é. Com coragem, sutileza e compaixão, a autora conseguiu deixa uma marca no meu coração .

É aquele livro que devíamos dar uma chance pela empatia.

Impactante, poderoso e instigante.



Resenha: A arte da guerra, Sun Tzu


 “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas”

Sempre desejei ler “A arte da guerra” e tive a grande chance de ter uma edição linda, cheia de detalhes da @faroeditorial.

Sun Tzu foi um general e filosofo chines que escreveu o livro com base em estratégias de combate e táticas de guerra. Dividiu em 13 capítulos e  assim traz as mais diferentes situações em um combate.

Mesmo sendo escrita há séculos, é um livro que tem muita lógica na realidade, se você parar para pensar. Algumas estratégias podem ser usadas no cotidiano, ou seja, devemos conhecer o que estar ao nosso redor para evitar surpresas indesejadas, ficar atentos a como devemos estar preparados para a luta.

Como uma leitura ágil e um pouco diferente do que imaginei, sei que Sun Tzu tem como objetivo aconselhar com base na sua vivência, mas que pode ser aplicado em outras áreas, como : negócios e empreendedorismo.

E ai? Voce já leu A Arte da Guerra? O que achou?

Resenha:Hécate: A Origem da Deusa, Cristiane Dias


 Nix deu a luz a sua única filha, uma criança que se chamará Hécate e que guarda um grande secreto. Para o mundo mortal, uma mera menina, mas para outros seres uma deusa poderosa e perigosa.

Ao se afastar da Grécia e viver como uma humana, a garota começa a ter seu caminho traçado e a vontade de entender suas origens começa a surgir. Será que uma deusa sobreviverá ao seu destino desconhecido? Ao mal que está para lhe alcançar?

Hécate: A Origem da Deusa é a obra da @dorameia . Uma escritora nacional que tinha essa trama na sua cabeça ao longo dos anos e decidiu coloca-la no papel. E palmas para ela, pois um livro inspirado em mitologia grega e egípcia tem tudo para ser interessante e instigante.

Entre deuses gregos conhecidos, disputas por poder e reflexões morais, a história inicia-se no passado, nos dando uma visão geral e resumida para entender a importância de Hécate para a trama.

O livro é curto, resultando em uma leitura rápida e que termina nos deixando com um gostinho de quero mais. Afinal, temos um ótimo final, mesmo que acelerado. Na minha opinião, mais páginas a teriam tornado mais completa, melhor desenvolvida, apresentando outros fatores associados ao elenco principal. Dando um gancho para um maior desenvolvimento de Hécate, a protagonista dessa história.

Confesso que foi uma história que me surpreendeu e me fez lê-la desejando mergulhar ainda mais na cultura grega, na mitologia que a cerca. Adorei esse ponto da história; essa sentelha de conhecimento que a deixa rica e surpreende pelos fatos que a seguem.

Para quem curte histórias culturais, com a jornada de uma deusa e novas descobertas. O livro está disponível no Kindle unlimited.


* Encontre o ebook na :Amazon

* Página oficial da autora:Cristiane Dias

Resenha: As musas, Alex Michaelides


Assassinato + meio acadêmico + mitologia grega

Mariana Andros volta para Cambridge após anos. Uma amiga de sua sobrinha, Zoe foi assassinada no campus da faculdade. Como terapeuta e tia, precisa dar apoio a sua sobrinha nesse momento.


Todavia, ela começa a observar o professor Edward Fosca: sempre envolto por suas seguidoras, “As musas”. Sentindo que sua sobrinha está escondendo algo sobre o grupo seletivo do professor, Mariana tenta investigar por conta própria o que está acontecendo ali.


Tendo como cenário Cambridge, a escrita do autor se consagra para mim como viciante, perspicaz e satisfatória. Confesso que “As musas” trouxe um suspense psicológico com a vibe de “A Paciente Silenciosa” e mesmo assim, consegue surpreender, apesar de ter perguntas em aberto.

 Eu realmente adorei como Alex Michaelides trabalha a arte e literatura grega em um mistério. Porém senti falta de uma sensação de pânico, a claustrofobia, o mistério mais impactantes como no livro anterior do autor.

 São tantos suspeitos e mesmo não sendo tão eletrizante quanto esperava, foi uma leitura instigante. Através da protagonista, acompanhamos o seu passado trágico, sua mente nebulosa após a perda do marido e sua busca pela enigmática verdade em torno das Musas.

 Não é o thriller perfeito, mas a atmosfera opressiva, os curtos capítulos e a premissa tornam tudo empolgante. Assim, fico na expectativa para mais livros do autor para brincar de detetive e não parar de ler até a última página.

 

Resenha:A PACIENTE SILENCIOSA, Alex Michaelides

 

Alicia era uma pintora reconhecida e prestigiada até que um dia ela mata seu marido com 5 tiros. Presa em um hospital psiquiatrico, ela nunca mais falou uma palavra. Até que o psicoterapeuta, Theo Faber, se candidata a uma vaga no hospital que Alicia está internada e quer descobrir porquê após 6 anos, essa paciente não fala.

O que levaria uma mulher a silenciar a verdade?

Bom,  "A paciente Silenciosa" foi muito bem comentado e isso já tinha me feito criar altas expectativas. Se iria cumprir, seria outra história.

O mistério em torno de uma paciente que não consegue falar, acusada de homicídio e que leva um psicoterapeuta a investigar sua vida, era uma premissa interessante. Mas, não consegui criar grande empatia pela Alicia e por Theo. Mesmo bem constroidos, senti falta de alguma interação no ambiente. O livro basicamente se resumia na relação entre terapeuta e paciente.

Não há como negar que a escrita de Alex Michaelides é o que prende, fazendo o leitor virar as páginas em um piscar de olhos. Mesmo sem grandes revelações, o suspense psicológico cumpre o que promete e temos uma análise sobre o passado de Alicia.

Consegui desvendar boa parte do mistério, então parece que estou me tornando uma aprendiz do Sherlock Holmes. Mas, ao longo da narrativa senti que faltou PLOT MAIS BUM! Algo menos previsível.Mesmo com as ressalvas, foi uma ótima experiencia e continuo ansiosa para conhecer a próxima obra do autor: As Musas.

É um bom livro para quem quer começar a ler suspenses psicológicos. Envolvente, com carga emocional e análise psicológica na proporção certa, só faltou algo mais surpreendente para ser melhor.ㅤㅤ

Resenha: Meu amor absoluto, Gabriel Tallent


Turtle vive na Califórnia com Martin, seu pai abusivo. O seu relacionamento é tão próximo, que a adolescente começa a querer liberdade, a questionar certas atitudes e refletir sore as permissões ao seu redor.

Logo no primeiro capitulo, visualizamos e sentimos o abuso físico e sexual que a protagonista sofre. Como ela poderá escapar dele em uma situação tão difícil?

Por mais perturbadora e gráfica que fosse essa história, acredito que tantos detalhes desnecessários a fizeram cair no meu esquecimento. Uma confusão de fatos, uma escrita minuciosa que deixa a leitura maçante e a falta de sensibilidade me fizeram desgostar desse livro.

A sexualização de uma garota a cada página me deixou atônita. Uma jovem que está sendo explorada gratuitamente, que não tem o devido desenvolvimento e atitudes tao questionáveis, que eu me perguntei: será que eu estou lendo isso mesmo? Os diálogos entre o elenco parecem tão irreal, ações repetidas, discussões filosóficas estranhas e personagens ambíguos.

Aos poucos, pode-se ver um certo amadurecimento de Turtle, sua tentativa de se divertir, fugir da solidão. Mas, isso prossegue entre trancos e barrancos e não convence. Uma garota que está tentando encontrar coragem para fugir das crenças para um lugar melhor.


Enfim, a história poderia ser boa, se fosse bem construída, sem detalhes sádicos e com bom desenvolvimento da trama. Mas, a maneira como ela é apresentada...

 

É difícil falar sobre um livro que me deixou chocada com tantas cenas traumáticas.  Infelizmente, essa leitura não foi boa para mim. Mesmo com uma tensão palpável, um final satisfatório e as múltiplas ressalvas.

 

Mas, se você, leitor tem coragem de embarcar em uma trama visceral, vá com cuidado.

 

Gatilhos:abuso físico, psicológico, sexual, relações incestuosas e estupro.

Bia, 27 anos, mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão. Além de ser viciada em café, series e filmes. Pensa em ser muitas coisas, mas de uma ela tem certeza: leitora assídua nunca deixará de ser.




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