Resenha: Cidade da lua crescente ,Sarah J.Maas

Editora: Galera Record 
Nota: 4,5’  

Bryce Quinlan é uma metade féerica e humana. Trabalha duro e a noite, ela sai literalmente fazendo a festa com sua melhor amiga, Danika.Até que um dia, um demônio assassina seus amigos, deixando-a culpada por suas escolhas, ferida na rua e sozinha. Mesmo depois de 2 anos, Bryce ainda sente o vazio no seu coração deixado por Danika. Porém, mesmo com o culpado na prisão, os crimes voltam a acontecer e ela quer vingança pela sua amiga.

Hunt Athalar é um anjo caído, que serve ao seu chefe, sem nunca fazer perguntas. Até que com um demônio a solta pela cidade, ele faz um acordo : ajudar Bryce em busca de encontrar o assassino e ser livre .Juntos, essa dupla vai descobrir que o demônio é só o começo de algo mais sombrio e que ameaça a todos.

Estou tentando conter a animação para escrever essa resenha. Comecei essa nova história com medo do camalhaço, mas Sarah J. Maas me convenceu que sua fantasia adulta é um lado que ela poderia apostar mais. E foi TIRO, CONFUSÃO E GRITARIA !

“Ela era o mar, o céu, a pedra, o sangue, as asas, a terra, as estrelas, as trevas, a luz, os ossos e a chama”

Esse livro é bravo, complexo, sem escrúpulos e não tem medo do que virá. Ela discute sobre: abuso de álcool, drogas, abuso psicológico. Tem violência e linguajar adulto. O inicio foi meio lento, demorei a , de fato, entrar na história. Mas, depois foi tanta ação, tantas reviravoltas inesperadas não me deixaram largar o livro. O universo criado pela autora é bem completo e ela explorou isso ao longo de mais de 800 páginas.

Há momentos de tensão, engraçados e dramáticos. Mas, tudo na medida certa. Eu adorei sua trama urbana, trazendo diversos personagens: lobos, bruxas, tritões, anjos, feéricos, entre outros, expandindo o universo. A autora também traz mais representatividade de cor.

Por amor, tudo é possível.

Bryce é um protagonista tão humana, mesmo sendo semiféerica. Ela é forte, ousada, determinada e amiga. Ela é daquelas que faz do homem gato e sapato, diz na cara o que sente e é independe. Ela é o reflexo humano: imperfeita, bruta e real. Sua jornada ao longo das páginas é maravilhosa. Eu amei cada minuto da sua vulnerabilidade e crescimento

E com certeza, Sarah J Maas tem o dom de fazer meu coração se apaixonar pelos protagonistas masculinos. Alô, Hunt docinho! Sexy, protetor, divertido e pode ser meu anjo da guarda,se quiser.  O seu vinculo com a Bryce é natural, engraçado de acompanhar e me fez torcer a cada capitulo terminado. Não posso deixar de mencionar Lehabah, Danika, Ruhn, Syrinx. 

“Se ela for esperta, ela se esconderá e não atrairá a atenção de nenhum outro imortal poderoso pelo resto de sua vida.”

Um assassinato em uma fantasia? Definitivamente, foi um dos pontos que me prendeu de imediato. Intrigante, enganoso e imprevisível. O desfecho sobre isso foi chocante. AsAs ultimas 200 páginas desse livro fizeram meu coração ser destruído.

 Uma fantasia com personagens que estão lutando contra seus demônios, mas ainda que não perdem a esperança. O mais difícil agora vai ser esperar por uma continuação, com o gancho deixado.

Esse é o objetivo, Bryce. Da vida. Viver, amar, sabendo que tudo pode acabar amanhã. Torna tudo ainda mais preciso.

RESENHA: SE NÃO FOSSE VOCE , Colleen Hoover


Editora: Galera Record

Nota: 4'
Morgan e Clara, mãe e filhas, são tão diferentes, mas ao mesmo tempo suas histórias se complementam. Duas perdas chocantes mudam suas vidas e agora se reencontrar em meio as dores e angústias parece uma tarefa impossível. Elas se amam, mas estão lutando constantemente uma contra a outra.

Enquanto devorava essa história, senti que uma mãe lendo esse livro, veria tudo sob o outro olhar e eu não podia encarar “Se não fosse você” pela visão adolescente também. Tentei me manter neutra e acompanhar o que a Colleen Hoover poderia me mostrar.

A sua escrita é excepcional, construtiva nos dois arcos da história, que se desenvolvem de formas distintas. A forma de lidar com o luto, o amor como recomeço e o passado que insiste em voltar são as temáticas chaves. A autora traz o seu drama característico, mas também o alivio comico através dos personagens secundários e aquela história de amor entre mãe e filha, que só necessitava de uma conversa verdadeira, mas que demorou a acontecer. E talvez, isso tenha me feito não amar a obra em si.

A Clara me irritou demais com suas atitudes e sua forma irresponsável de chamar a atenção; A Morgan por demorar a se abrir, mas ambas estão em luto e eu precisei entender isso. Apesar de não ter algumas respostas as minhas perguntas e ter sentido que o desenvolvimento dos temas poderia ter sido melhor, só consigo devorar os livros da Coho. Não consigo parar de sorrir para aqueles clichês adolescentes, sofrer com a perda dos personagens querer dar uns tapas e mandar conversar para resolver as coisas.

Esse não se tornou meu favorito, mas me marcou pelo quão inesquecíveis são os personagens secundários e com certeza com a mensagem que ela trouxe.

Um enredo familiar, mas com um romance fofo e paciente, que deixava mais sorrisos pelo caminho e o final acabou sendo divertido, previsível e poderia ter sido melhor desenvolvido, visto os problemas emocionais das personagens.

 sendo um remédio para uma trama tão permeada de lágrimas e gritos,mas gostoso de assistir. Colleen Hoover trouxe a história de uma mãe e filha adolescente, as dificuldades de um relacionamento e o nascimento do amor jovem.

Emocionante, maduro e cru. Um livro sobre corações partidos, luto, perdas, perdão e recomeços. Muitas vezes, o mundo desaba e exige que você tome uma decisão. O destino nos força a encarar as cicatrizes do coração e lutar para ter esperança, amor e paz. Um livro que pode tocar cada um de uma maneira diferente, pode ser memorável como não. Mas, de uma coisa tenho certeza: a maestria dessa mulher continua.

“Não entendo como meu corpo pode estar cheio de tudo que nos preenche -ossos e músculos e sangue e órgãos-, e, ainda assim, meu peito parecer oco, como se pudesse ecoar caso alguém gritasse na minha boca.”

“Essa semana provou para mim que nem todas as tempestades melhoram. Às vezes, os danos são catastróficos demais para serem consertados.” 

"No dia que descobri que estava grávida, parei de viver por mim. Acho que chegou a hora de entender quem eu deveria ter sido antes de ter começado a só cuidar dos outros."

“A presença não faz tanta diferença quanto a ausência faz agora.”

"Adultos são tão perdidos quanto adolescentes. Eles só usam máscaras mais convincentes."

"Os sonhos que tenho para sua vida não chegam nem perto de serem tão importantes quanto os sonhos que ela tem para si mesma."

Bia, 27 anos, mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão. Além de ser viciada em café, series e filmes. Pensa em ser muitas coisas, mas de uma ela tem certeza: leitora assídua nunca deixará de ser.




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