Se alguém me dissesse que seria nossa pior briga , eu nao acreditaria.
Não acreditaria que no meio de uma escada, eu me exaltaria, te deixando sem palavras e subindo sem voce. Nao esperaria uma fúria maior que as correntes do mar, o sobressalto do desgosto ou da decepção que viria.
E se eu contasse que a palavra saiu sem querer: por hábito, costume ou vício. Voce acreditaria? Aposto que não. Acreditaria se eu dissesse que sinto muito, perdoe , mas eu nao repetiria.
Promessas nunca foram meu forte. Por isso, nao as faço. Vivo um dia por vez, tentando cumprir o que na minha mente levo como promessa, para ver se um dia eu cumpro. Mas,nem sempre é assim.
As 21 da raiva, ela borbulha dentro de mim. Se eu soubesse que seria assim, voltaria no tempo e calaria. Passo a maior parte do tempo calada, mas com voce eu me reviro, mexo e desmereço. Fui dormir na ansia de remorso, lágrimas nos olhos e tristeza: afinal, o que faço com esse sentimento?
O dia nasce e continuo brava. Mas, nao com voce. Comigo, somente eu nessa jogada. Por dizer o que nao deveria, explodir quando nao poderia. Nem o ceu mais bonito, deixou minha mente em paz. A consciencia pesa e nesse momento sei o que deveria fazer, mas ja nao interessa.
Voce continua com raiva; ainda magoado, repensando e desejando que isso nao tenha passado. Volta e meia para o coração e a razão. Um café para acalmar os nervos ou o coração.
A chuva que cai timida, o mar que cheio avança, as pessoas que correm por abrigo e eu me levanto nesta dança.