A história de vida da jovem Francie Nolan,
sua família e sua sensibilidade em tempos tão opressores. As experiencias
diárias, a honestidade e o drama famíliar que capta o significado de lar.
Frannie é uma garota que nasceu em uma
família pobre. Tímida, ela se encontra nos livros.Madura para alguém da sua
idade e crescendo no Brooklyn no inicio do século XX. Seu pai é amável, apesar
de sempre andar bêbado. Sua mãe parece amar mais seu irmão. Sua tia não é bem
vista, mas é gentil.
Juntos, essa família procura sobreviver
dia pós dia, mesmo nas tristezas.
O mais admirável nessa obra foi a sensação
de voltar a minha infância, a vibração dos vizinhos. Sentindo que ali estão
pessoas vivas, desde aquele homem rabugento a vizinha fofoqueira.
O ritmo é lento, a escrita detalhada e por
ser longo, pode ser que muitos desistam quando o veem. Apesar disso, ele é
gentil, honesto e mordaz. É como olhar de uma janela para uma rua comovente e
que transparece obstáculos da vida humana: crueldade, exploração, pobreza,
desigualdade e tristeza. Mas, que ainda sim, cresce como uma arvore, brotando esperança,
alma e humanidade.
Ao relatar o amadurecimento da protagonista, a perda de sua infância por
necessidade e suas primeiras experiencias, a história assume a maior força que
temos: sonhos. Com uma família lutando por amor, oportunidades e significado
para suas vidas.
É uma história sobre aprender a
amar, respeitar e desistir quando necessário. Ver o mundo como ele é, fazer parte dele, mas lutar para
que ele seja seu também. Com amor, dores, tristezas, a parte mais bonita e as
mais feias. A franqueza que permite que possamos chegar a nossa conclusão, sem
nos perder, assim como a Francie Nolan chegou às dela.
Com uma mensagem social impactante, essa história ressoou mais do que esperava
e se tornou uma das maiores surpresas do ano. Trazendo no sonho americano e no
poder do dinheiro a verdade sobre a democracia: a exploração de uma classe para Ascenção de outra.
Uma história comovente em que os
personagens brilham. Retratando as diversas classes, vivencias e descontruindo
uma visão social. Duro, sombrio e sobre a vida real, cheia de dificuldades, mas
que é regida sob a esperança, à espera de um destino melhor.
O primeiro livro da Betty Smith, publicado em 1943 e baseado em sua infância no
Brooklyn, traz na Francie Nolan, uma grande história. Uma jovem que está aprendendo
a sacrificar sua inocência para crescer nas amarguras da vida.
Francie é uma garota gentil que cresce em
um ambiente hostil de pobreza, mas floresce apesar de tudo. Seu encanto pelas
pequenas coisas, sua coragem e persistência para ser quem é. A condição de
oprimida e imigrante leva a um romance esperançoso.
Com o poder de despertar grandes emoções,
desde tristeza a alegria, determinação e força. Temos nos personagens a melhor
parte: as falhas, os erros, os aprendizados. Muito mais que uma narrativa rica
e madura, vai transportar seu coração para
outra época e vai demorar a deixar sua memória.
A cada palavra, outra se apoia e encoraja
o leitor a seguir em frente. A acompanhar as mudanças, a criar vínculos,
observar com outros olhos três gerações. Enfrentar os pesadelos, sorrir com
momentos da infância, a se apaixonar pela família e pelos detalhes da vida.
As nuances da vida familiar, as decisões
pela sobrevivência e o olhar determinado para a vida adulta. Atencioso, ousado
e sábio. Uma obra para todos os tempos.