"Dos bombardeios eu só me recordo do barulho das sirenes e dos gritos das pessoas. A minha mãe me pegava no colo e punha-se a correr. Íamos para os abrigos, ela me segurava apertado o tempo todo. Debaixo das bombas eu era feliz."
Histórias
que se passam na Primeira e Segunda Guerra sempre tocam meu coração, mas essa
em especial me apresentou algo desconhecido: o trem da felicidade.
Após a Guerra, a Italia está passando por um período de
fome, pobreza de devastação.Amerigo é um garoto que sobreviveu com sua mãe,
porém ele precisa ir no trem da felicidade para o norte, para sobreviver ao
inverno.
Enquanto
muitos imaginavam que seria uma armadilha, colocaram seus filhos, torcendo para
que desse certo. Depois de um tempo, algumas crianças voltam para sua cidade
natal, todavia outras ficam com sua família adotiva no norte.
Amerigo
está com seu coração dividido entre voltar para a mãe e ficar no novo lar que
lhe acolheu tão bem. Acompanhar
Amerigo ao longo de sua vida foi algo tocante. Ele teve que fazer algumas
escolhas duras e se viu muitas vezes, sem saída para eu coração.
Quando
histórias são contadas por crianças, tudo muda. Temos a inocência, a leveza e a
sensibilidade de Amerigo, que viu os piores lados de uma guerra, e mesmo com
medo, segue a intuição de sua mãe e vai para um lugar desconhecido.
Conhecer a situação pós-guerra é algo impactante, visto que
muitas famílias não tinham moradia, nem comida na mesa. Suas perspectivas futuras são
transformadas em pó e a esperança vai sumindo.
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Uma leitura que traz reflexão, apresenta um lado
pouco explorado da guerra e traz no trem da felicidade uma fagulha de
esperança, fé e recomeços.