Resenha:O que há de estranho em mim - Gayle Forman ★★★★

Título: O Que Há De Estranho Em Mim
O Que Há De Estranho Em Mim Autor: Gayle Forman
Editora: Arqueiro
Páginas:  224
Ano : 2016
Sinopse: Ao internar a filha numa clínica, o pai de Brit acredita que está ajudando a menina, mas a verdade é que o lugar só lhe faz mal. Aos 16 anos, ela se vê diante de um duvidoso método de terapia, que inclui xingar as outras jovens e dedurar as infrações alheias para ganhar a liberdade.
Sem saber em quem confiar e determinada a não cooperar com os conselheiros, Brit se isola. Mas não fica sozinha por muito tempo. Logo outras garotas se unem a ela na resistência àquele modo de vida hostil. V, Bebe, Martha e Cassie se tornam seu oásis em meio ao deserto de opressão.
Juntas, as cinco amigas vão em busca de uma forma de desafiar o sistema, mostrar ao mundo que não têm nada de desajustadas e dar fim ao suplício de viver numa instituição que as enlouquece.

 Originalmente em inglês , o titulo Sisters in Sanity não deu o real valor como foi o titulo em português. E só para fato de curiosidade, este foi o segundo livro escrito pela Gayle Forman. Assim como os demais livros dela, temos jovens se descobrindo, passando por dramas que mudam suas vidas, enfrentando conflitos internos e refletindo na sua visão exterior. O que há de estranho em mim, primeiro romance da autora, traz uma historia totalmente intensa e que se você ler, vai notar que ficará meio chocado com a existência de certas instituições reformatórias.

 Brit é uma jovem de 16 anos que é internada em um reformatório juvenil por seu pai,que acredita estar dando um fim a sua fase rebelde.Desde a perda da sua mãe há 3 anos, a jovem e seu pai tiveram um impacto maior do que imaginavam nas suas vidas. E pelos olhos de seu pai e de sua madrasta, Brit tem ultrapassado o limite com suas rebeldias: seja com o cabelo colorido, estilo Punk rock e piercings.

Todavia, ao chegar ao reformatório, os métodos duvidosos de terapia só fazem mal a ela e as outras residentes. Com isso, ela se junta com mais quatro garotas para sobreviver aquela prisão e se libertarem de suas próprias insanidades.

“Quando me trancaram na Red Rock, comecei a me sentir vazia, cansada e, na maioria das vezes, revoltada. Em alguns dias, eu simplesmente desejava desaparecer da face da Terra. Portanto, não só eu não fazia a menor ideia de quando poderia voltar à minha vida normal, como também não sabia quem eu seria quando isso enfim acontecesse.”


Desde o início, foi impossível não me sentir extremamente angustiada pelas vivências de Brit na Red Rock. O lugar beira a crueldade devido ao anti-profissionalismo e ao descaso com que as jovens são tratadas, ainda mais se levado em conta o estado de vulnerabilidade com que chegam lá. E a situação apenas tende a piorar: todas as “terapias” oferecidas nada mais são do que um misto de abuso de poder e destruição gradual da auto-confiança de cada jovem para que possam se tornar obedientes devido ao próprio medo e culpa sentidos por elas. 

A vida de Brit é passada por meio dos flashbacks que nos permitem conhece-la antes de toda a trama, o porquê das suas atitudes de angustia e revolta. Os absurdos da Red Rock que só faz piorar a situação das meninas, insultando-as , tratando como escravas e isso nem ocorreria em prisões normais. Me revoltei mesmo. Não poderia ser gay, não poderia ser magra demais ou gorda que seria o caso para terapia. Mas, minha indignação maior foi com os pais que não querem enxergar seus filhos como são e buscam corrigi-los, acerta-los e conserta-los como bonecas quebradas.

“Era como se a música me curasse, trazendo de volta a pessoa eu era, a minha autoconfiança, lembrando que os seis meses anteriores eram apenas uma exceção. A vida real era maravilhosa e, por mais distante que parecesse naquele momento, ainda existia. Eu ainda existia.”

O que há de estranho em mim  foi uma leitura rápida, com suas poucas 214 páginas e com uma fluidez que me permitiu terminar o livro em uma tarde e uma sentada. Toda a injustiça no Red Rock me instigava mais a ler e querer um final justo para aquela história.

A autora soube abordar de maneira digna um tema que eu, pelos menos, nunca tinha lido sobre e que acredito ter pelo mundo reformatórios com maneiras piores de “curar” as pessoas de algo que elas são, e não de tratar e ajuda-las da maneira devida. Uma voz para todos os jovens perdidos, confusos e incompreendidos pela família, pelos amigos e pela sociedade. Digna de recomendação, de admiração e orgulho <3

Nota: ★★★★

Resenha:Duff - Kody Keplinger


DuffTítulo: Duff
Autora: Kody Keplinger
Ano: 2016
Páginas: 328 
Editora: Globo Alt
Gênero; Jovem Adulto
Sinopse: Bianca Piper não é a garota mais bonita da escola, mas tem um grupo leal de amigas, é inteligente e não se importa com o que os outros pensam dela (ou ela acha). Ela também é muito esperta para cair na conversa mole de Wesley Rush - o cara bonito, rico e popular da escola - que a apelida de DUFF, sigla em inglês para Designated Ugly Fat Friend, a menos atraente do seu grupo de amigas. Porém a vida de Bianca fora da escola não vai bem e, desesperada por uma distração, ela acaba beijando Wesley. Pior de tudo: ela gosta. Como válvula de escape, Bianca se envolve em uma relação de inimizade colorida com ele. Enquanto o mundo ao seu redor começa a desmoronar, Bianca descobre, aterrorizada, que está se apaixonando pelo garoto que ela odiava mais do que tudo.

DUFF, abreviação para Designated Ugly Fat Friend, é o primeiro romance de Kody Keplinger, publicado no Brasil pelo selo jovem da Globo Livros, o Globo Alt. Lançado originalmente em inglês em 2010, chega ao país em 2016, tendo o filme estreado ano passado.

D edignated
U gly
F at
F riend
=  a garota menos atraente de um grupo.
Bianca Piper é uma garota fora dos padrões, nunca se preocupou com sua aparência, nunca buscou ser a mais bonita do grupo e vive bem demais. Tem duas melhores amigas, e não é daquelas de viver pelos garotos, pois seu coração foi partido uma vez.

Wesley Rush  é o cara popular, lindo e todas as garotas o querem, exceto Bianca, que o acha um tremendo babaca e arrogante. E isso só piora, depois de uma festa em que ele a chama de Duff.Ele só quer ficar com suas amigas, mas Bianca beija Wesley e depois disso não consegue parar, tornando um relacionamento baseado em sexo, puramente físico para distrair a vida confusa de Bianca. Porém, as coisas vão começar a mudar e eles perceberão que tem mais em comum do que imaginam.

“Depois de pensar nisso por um tempo, decidi que havia muitos benefícios em ser uma Duff.Benefício 1: não é preciso se preocupar com cabelo ou maquiagem.Benefício 2: não há pressão para ser descolada – não é para você que estão olhando.Benefício 3: sem problemas com garotos. 
.
Duff é uma boa leitura, daquelas comédias que você lê em uma sentada só, porém nada muito surpreendente ou que me fizesse suspirar e me identificar com os personagens. Gostei da abordagem da autora com relação a pré-julgamentos, problemas familiares e a visão de amor no ensino médio.

Todavia, quando foi que a beleza determinou o caráter de alguém? Você já foi intitulado por algo sem sentido e se sentiu mal por isso? Duff trata basicamente desses julgamentos que somos vitimas em algum momento, levando no tom de humor como lidar com isso.

The DUFF teve  uma comédia adolescente produzida e distribuída pela Lionsgate e CBS Films baseada no livro, porém com roteiro livremente adaptado por Josh A. Cagan. O filme apresenta a mesma base e temática, entretanto o desenvolvimento da trama e as cenas são muito diferentes, até mesmo os personagens tem estereótipos distintos do livro. Quero assistir o filme para dar uma conferida no roteiro e ver se a mensagem foi devidamente dada.

Nota:  ★★★★

Resenha:Ps: Ainda amo voce #2 - Jenny Han


Título Original: P.S, I Still Love You - To All The Boys I've Loved Before #2
Titulo: Ps: ainda amo você #2
Autor(a): Jenny Han
Páginas: 306
Editora: intrinseca
Sinopse: Lara Jean não esperava se apaixonar de verdade por Peter. Eles estavam apenas fingindo. Até que não estavam mais. E agora Lara Jean precisa aprender o que é estar um relacionamento de verdade e não apenas um de mentirinha. Mas quando outro garoto do seu passado retorna para a sua vida, os sentimentos de Lara Jean por ele logo voltam também. Uma garota pode estar apaixonada por dois garotos ao mesmo tempo? Nessa charmosa sequência de To All The Boys I've Loved Before, Lara Jean és prestes à descobrir que se apaixonar é a parte mais fácil.

Para todos os garotos que já amei foi uma das melhores surpresas e leituras de 2015, tanto que desejei intensamente pelo segundo livro da duologia e estou mais do que contente por ter devorado em uma sentada só.Fofo, divertido e romântico como o primeiro.

"Pessoas vem e vão da nossa vida. Por um tempo elas são o nosso mundo, elas são tudo. E então um dia elas não são mais. Não tem como dizer quanto tempo você vai as ter por perto. "

O mais incrível em continuar a ler as cartas de Lara Jean, é descobrir os sentimentos e as confusões pelo primeiro amor, me fazendo voltar a época do ensino médio e passar por aquela insegurança de ser correspondida e tudo mais.

"Algumas vezes eu gosto tanto de você que eu não consigo aguentar. Isso cresce dentro de mim, todo o caminho até a borda, e eu sinto como se fosse transbordar. Eu gosto tanto de você que nem sei o que fazer com isso. Meu coração bate tão rápido quando sei que vou te ver de novo. E então, quando você olha para mim do jeito que você faz, eu me sinto a garota mais sortuda do mundo. Aquelas coisas que Josh disse sobre você não são verdade. Você não me deixou para baixo. Apenas o oposto. Você me colocou para fora. Você me deu minha primeira história de amor, Peter. Por favor, apenas não deixe ela terminar ainda. "

Lara Jean e Peter estão juntos, começando de onde o primeiro terminou. Adorei a formação do casal . Eu me apaixonei pelo Peter durante o primeiro livro e apesar dele cometer alguns erros e não explicar, continuei torcendo ate o fim do livro. A autora deu a entender que teria algum problema entre os dois segundo a sinopse do livro, porem o que Jenny quis mostrar é que relacionamentos são complicados, que despertam o melhor de nós, porem que demanda uma entrega total: confiança, lealdade e companheirismo precisam andar juntos para isso dar certo. Mesmo jovens, estamos sujeitos a experimentar, errar e acertar e que talvez, tenhamos as primeiras vezes erradas, mas sempre teremos outra chance para recomeçar.

O foco não é somente no romance da Lara Jean, sua família é algo integrado em todos os capítulos do livro.Kitty me arranca suspiros e desejos de ser sua irmãzinha, com seu bom humor e amadurecimento durante o livro. Torco para que Jenny Han escreva um spin-off para Kitty, seria algo surpreendente e divertidíssimo.

Terminei “Ps:ainda amo você” querendo mais livros e torcendo para Jenny Han escrever vários sobre a Lara Jean, cuja amizade faria fácil. Doce, fofo, divertido com diálogos leves, criativos e que te farão rir e sorrir a toa.

"Eu sei agora que eu não quero amar e ser amada em pequenas medidas. Eu quero tudo, e para ter tudo você tem que arriscar tudo. "

Nota:★★★★

Bia, 27 anos, mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão. Além de ser viciada em café, series e filmes. Pensa em ser muitas coisas, mas de uma ela tem certeza: leitora assídua nunca deixará de ser.




Facebook

Instagram

Busca

Seguidores

Arquivos

Populares

Parceiros

Tecnologia do Blogger.