Observo-o de longe. Não sei bem o seu sobrenome,
nem muito de onde é e o que quer. Ele me fita como se visse alguém indecifrável.
Olho para trás de mim e não sei bem se sou eu. Sou eu? Seus olhos são de um
castanho escuro profundo e seu semblante é sério demais para mim. Não sei o
que sinto. Se é atração ou repulsão. Sinto desafio no ar. Sinto sua alma
tentando me analisar. E não sei bem se quero ser avaliada. Alma não se estuda,
não é? Consegue ver a confusão que me causa? Espero que não, espero que recue para que
eu não surte.
Cruzei com o mesmo moço um dia desses. Sentado no banco, ele estava lendo ou resolvendo uns cálculos de matemática, tendo em vista sua concentração. Que coisa mais irritante! Minha vontade era que ele me estudasse, digo, sou mais interessante. Se ele me olhou tanto antes a ponto de me desafiar, vou força-lo a provar do próprio veneno. Calma. Que psicose essa minha. Um estranho e eu querendo força-lo a tragar-me com teus olhos. Isso só podia ser coisa da minha cabeça mesmo. Dessa vez, ele se levantou e veio na minha direção. Sem mais, nem menos. Parou e sorriu.
Nesse cruzar de olhares e no desafio proposto, fizemos um jogo. Ainda não descobri qual é o prêmio, se ganharemos ou perdemos juntos. Atiramos palavras como bomba e nunca erguemos bandeira branca. Erguemos nossas armas e matamos e ressuscitamos argumentos pra defender nosso ponto de vista. Palavrões só são permitidos se pensados. Escrevo, leio, apago, rescrevo, penso e o odeio. Por me fazer pensar demais em coisas banais ou normais, por fazer de mim mais racional que antes. Mas, em minha defesa não foi ele que me mudou. Foi o jogo.
Não tenho como trapacear. Posso engana-lo um dia. Ele é observador demais e eu sou teimosa demais. Ele não entende a história pelas entrelinhas ou se entende quer uma explicação mais plausível. E eu continuo irritada por fazer disso um novo capítulo.
Ele diz que sou uma ambiguidade. Certo "honey", sou uma mistura de "talvez" e "certezas", até porque gente que não pense de um lado para o outro não sabe brincar como eu. Digo, gosto de um bom drama, daquele suspense com música de fundo e uma na hora de gargalhadas. O que que tem? Ser algo a mais do se tem?.
Hoje em dia, atualmente, são locuções ou palavras que não se encaixam com meu palavreado. Talvez eu esteja bem com isso, ora mexendo as peças, ora tentando decidir o jogo. Uma roleta russa, em que não quero saber, não de imediato quem vai ser o primeiro a gritar quando a velocidade aumentar.
Cruzei com o mesmo moço um dia desses. Sentado no banco, ele estava lendo ou resolvendo uns cálculos de matemática, tendo em vista sua concentração. Que coisa mais irritante! Minha vontade era que ele me estudasse, digo, sou mais interessante. Se ele me olhou tanto antes a ponto de me desafiar, vou força-lo a provar do próprio veneno. Calma. Que psicose essa minha. Um estranho e eu querendo força-lo a tragar-me com teus olhos. Isso só podia ser coisa da minha cabeça mesmo. Dessa vez, ele se levantou e veio na minha direção. Sem mais, nem menos. Parou e sorriu.
Nesse cruzar de olhares e no desafio proposto, fizemos um jogo. Ainda não descobri qual é o prêmio, se ganharemos ou perdemos juntos. Atiramos palavras como bomba e nunca erguemos bandeira branca. Erguemos nossas armas e matamos e ressuscitamos argumentos pra defender nosso ponto de vista. Palavrões só são permitidos se pensados. Escrevo, leio, apago, rescrevo, penso e o odeio. Por me fazer pensar demais em coisas banais ou normais, por fazer de mim mais racional que antes. Mas, em minha defesa não foi ele que me mudou. Foi o jogo.
Não tenho como trapacear. Posso engana-lo um dia. Ele é observador demais e eu sou teimosa demais. Ele não entende a história pelas entrelinhas ou se entende quer uma explicação mais plausível. E eu continuo irritada por fazer disso um novo capítulo.
Ele diz que sou uma ambiguidade. Certo "honey", sou uma mistura de "talvez" e "certezas", até porque gente que não pense de um lado para o outro não sabe brincar como eu. Digo, gosto de um bom drama, daquele suspense com música de fundo e uma na hora de gargalhadas. O que que tem? Ser algo a mais do se tem?.
Hoje em dia, atualmente, são locuções ou palavras que não se encaixam com meu palavreado. Talvez eu esteja bem com isso, ora mexendo as peças, ora tentando decidir o jogo. Uma roleta russa, em que não quero saber, não de imediato quem vai ser o primeiro a gritar quando a velocidade aumentar.