Capitão América: Guerra Civil foi um ótimo filme do
universo cinematográfico, mas, se comparado à HQ (salientando que isso é um
erro, uma vez que os universos são diferentes), é carente de personagens e com
um enredo que fugiu da sua gênese, mas que ainda assim conseguiu ser
fantástico, coerente e extático dentro do mundo cinematográfico; cumprindo com
seu papel de fim de trilogia, sem deixar de fazer pontes aos futuros filmes da
Marvel.
Além de explorar a grande maioria dos heróis do
universo cinematográfico mostrando seus pontos fortes, Guerra Civil também faz
ponte aos mais novos heróis como Pantera Negra e Homem-Aranha (parceria entre
Sony e Marvel).
A adaptação de Civil War para fazer parte da
trilogia do Sentinela da Liberdade nas telas de cinema, foi impactante e
repleta de dilemas para seus respectivos espectadores; uma vez que não há um
lado totalmente certo, dividindo até mesmo os fãs mais assíduos e veementes
quer seja do Capitão América ou Homem de ferro.
Ainda podemos contar com as clássicas referências da
Marvel, seja no seu enredo ou dublagem (caso do termo “Zé Pequeno” usado pelo
Falcão, interpretado por Anthony
Mackie, em relação ao Homem Formiga, interpretado por Paul Rudd; referenciando
claramente o filme “Cidade de Deus”). Já no enredo, é notável a criação do
Tratado de Sokovia, onde os Vingadores passam a ser um “exército do governo
americano”, sendo assim, seus respectivos subordinados. O fato do Governo
querer montar um exército de super-heróis nos arremete à ideia das questões
militaristas e preventivas durante o período da Guerra Fria, onde um forte
exército protegia seus respectivos aliados (OTAN, bloco capitalista; Pacto de
Varsóvia, URSS) das ameaças inimigas, ordenando ataques quando lhes fossem
convenientes.
Há também há ascensão do mais novo vilão do universo
cinematográfico Marvel, o Barão Zemo, que, modesta parte, não foi tão bem
explorado como deveria, mas sua aparição e participação foram deveras
satisfatória, uma vez que foi mostrado fidelidade às HQ’s quando é exposto o
ódio e desejo de vingança de Zemo por Steve.
Contudo, não podemos (ratificando novamente) comparar
o universo cinematográfico com o universo dos quadrinhos, mas sim
deliciarmo-nos com as referências feitas a eles. E no mais, nos resta apenas
aguardar os mais novos lançamentos da Marvel, como X-men Apocalypse, em maio, e
Dr. Estranho, em novembro.