Páginas: 320
Sinopse:
Molly já viveu muitas paixões, mas só dentro de sua cabeça. E foi assim que,
aos dezessete anos, a menina acumulou vinte e seis crushes. Embora sua irmã
gêmea, Cassie, viva dizendo que ela precisa ser mais corajosa, Molly não
consegue suportar a possibilidade de levar um fora. Então age com muito
cuidado. Como ela diz, garotas gordas sempre têm que ser cautelosas.Tudo muda quando Cassie começa a namorar Mina, e Molly pela primeira vez tem
que lidar com uma solidão implacável e sentimentos muito conflitantes. Por
sorte, um dos melhores amigos de Mina é um garoto hipster, fofo e lindo, o
vigésimo sétimo crush perfeito e talvez até um futuro namorado. Se Molly
finalmente se arriscar e se envolver com ele, pode dar seu primeiro beijo e
ainda se reaproximar da irmã.Só tem um problema, que atende pelo nome de Reid Wertheim, o garoto com quem
Molly trabalha. Ele é meio esquisito. Ele gosta de Tolkien. Ele vai a feiras
medievais. Ele usa tênis brancos ridículos. Molly jamais, em hipótese alguma,
se apaixonaria por ele. Certo?
Em Os 27 Crushes de Molly, a perspicácia, a delicadeza e o senso de humor de
Becky Albertalli nos conquistam mais uma vez, em uma história sobre amizade,
amadurecimento e, claro, aquele friozinho na barriga que só um crush pode
provocar.
Em 2016,"Simon vs. a agenda homo sapiens" entrou para minha
lista de livros favoritos da vida. Quando vi que a mesma autora lançaria mais
um aqui no Brasil, mal pude me conter para ler.
Molly é uma garota de 17
anos que beijou, ou seja, acumulou tantos crushes quanto podia. Os crushes
de Molly são garotos por quem ela tinha uma paixãozinha platônica, eles nunca
ficaram sabendo do seu interesse, então nunca chegou a acontecer nada.
Teoricamente,antes que pudesse rolar algo , Molly pulava fora, ou seja, ela
também nunca levou um “fora”.
"Vinte e cinco não eram o Lin-Manuel
Miranda. Vinte e três eram da minha idade, reais, viáveis. Dezoito eram
solteiros e héteros na época em que fiquei a fim deles. E eu nunca tentei. Nem
com os que vieram falar comigo ou me deram uma brecha."”
Porém, quando sua irmã gêmea, Cassie, começa a namorar Mina, tudo
muda. As irmãs que antes dividiam tudo, agora começam a se afastar. Por isso,
Cassie pensa em juntar sua irmã com o melhor amigo da sua namorada , Mina,
assim elas estarão sempre juntas. Mas, o problema é que ele acaba virando um
crush intocável de Molly, já que seu coração começa a pular pelo seu colega de
trabalho, Reid Wertheim. Um garoto que é um pouco esquisito. Gosta de
Tolkien. Vive em feiras medievais. Usa um tênis branco ridículo. Então, Molly
não deveria sentir nada por ele, certo?
A leitura é tão leve, fluida, divertida, que nos leva a refletir sobre
amadurecimento,questões familiares, amizade, nossas “primeiras vezes” em algo e
o famoso frio na barriga. Uma história gostosa de ser lida, com uma escrita que
nos prende do inicio ao fim e com um senso de humor que nos tira vários
sorrisos e risadas durante a leitura.
“Porque tem o enjoo e a névoa, mas também tem isto: um sentimento
inabalável de que uma coisa maravilhosa está prestes a acontecer. Essa é a
parte que não consigo explicar. Por mais improvável que seja, sempre tenho um
fio de esperança. E , quando se trata de sentimentos, isso é bem perigoso”.
Molly é cheia de curvas, tímida
e insegura. Sempre preocupada com o que
as pessoas irão achar dela, já que sofreu muito bullying na escola devido ao
seu peso. Molly se sente atrasada quando pensa em algumas coisas que suas
amigas já viveram e ela não: primeiro beijo, por exemplo.
A autora traz á tona
a pressão que a sociedade impõe um “timing” para que tudo ocorra. Mas, a sua
relação com sua irmã gêmea e super diferente dela é tão meiga que dá vontade de
querer ser pelo menos amiga da Molly. Uma personagem cativante e altamente
identificável, levando-nos a torcer por ela, para que ela sinta o friozinho na
barriga quando vê seu crush e seja feliz.
“ Debaixo da minha blusa, não tem barriga chapada nem peitos lindos, e
não tem iluminação fraca. Só tem um monte de mim. Eu em excesso”.
Apesar de não ter gostado da mudança
no título, a diagramação do livro está fofa, com uma capa que ilustra bem a
história. Com muita representividade, já que aborda questões LGBT, racismo, ansiedade, depressão e relações familiares. Ou seja, eu amei demais e mais do que recomendo sua leitura.
"É aquela sensação de alguém conhecer você de todas as formas pelas quais você precisa ser conhecida."
Nota: ★★★★★(5/5) ❤