Resenha: O FUNDO É APENAS O COMEÇO , Neal Shusterman



Caden tem apenas quinze anos, mas já habita dois mundos: um com sua família, na sua rotina diária e outro em um navio com a seguinte missão: ser o primeiro a explorar o Challenger Deep, o ponto mais profundo dos mares. Sua mente permeia entre uma realidade e sua imaginação. Ele teima com seu pai que alguém esta o ameaçando. Todos são suspeitos. Ele não está seguro e nem mesmo sua família. Dessa forma, não consegue mais distinguir sua visão.


"As vozes não podem ser reais, mas são muito boas em fazer com que você se esqueça disso."

Eu já li Fragmentados do autor, mas “O Fundo é Apenas o Começo” é totalmente diferente . No começo, fiquei confusa, sem entender onde o protagonista estava de verdade. Sua mente brinca, provoca e dá até uma sensação de claustrofobia. Pelo menos, foi isso que sentir ao acompanha-lo. Caden não sabe onde realmente está e isso é a emoção que Neal Shusterman traz: a perdição da mente.

Histórias sobre doenças mentais são complexas. Me senti presa entre as duas partes, sentia  tristeza do personagem ai não saber mais diferenciar o que é imaginação e o que era realidade. Minha mente se perturbou e ficou abalada com isso, pois já senti na pele o não saber diferenciar, a ansiedade, o medo de não existir. São tantos pensamentos, tantas sensações que fiquei com dor na mente e no coração durante todo o livro. É difícil conviver com alguém que possui uma doença mental, porém mais ainda é ser a pessoa que sofre calado, no qual sua mente é um labirinto, do qual não dá para escapar.

“O Fundo é Apenas o Começo” é um mergulho no mar gelado em pleno verão.Voce entra achando que vai encontrar a sensação de calor, mas sente algo muito mais assustador. Um livro que nos impacta ao nos transportar para a cabeça de um jovem que sofre sozinho os dilemas da mente.Afinal, são tantos rótulos, tantas definições, mas ninguém ainda conseguiu decifra-la, indefinível em pleno século XXI.Incrivel, forte e reflexivo.



Assim como Caden, mergulhamos nas profundezas da sua mente. A forma como os dois tipos narrativos conversam é o que nos prende, afinal vemos Caden como um garoto normal em um momento e no outro, ele sente uma perseguição e está documentando sua viagem. Posteriormente, vemos seus pais tomando algumas importantes decisões sobre si.

“ As coisas que sinto não podem ser traduzidas em palavras, ou, se podem, são palavras numa língua que ninguém pode compreender.”
 Histórias sobre doenças mentais são complexas. Me senti presa entre as duas partes, sentia  tristeza do personagem ai não saber mais diferenciar o que é imaginação e o que era realidade. Minha mente se perturbou e ficou abalada com isso, pois já senti na pele o não saber diferenciar, a ansiedade, o medo de não existir. São tantos pensamentos, tantas sensações que fiquei com dor na mente e no coração durante todo o livro. É difícil conviver com alguém que possui uma doença mental, porém mais ainda é ser a pessoa que sofre calado, no qual sua mente é um labirinto, do qual não dá para escapar.

“O Fundo é Apenas o Começo” é um mergulho no mar gelado em pleno verão.Voce entra achando que vai encontrar a sensação de calor, mas sente algo muito mais assustador. Um livro que nos impacta ao nos transportar para a cabeça de um jovem que sofre sozinho os dilemas da mente.Afinal, são tantos rótulos, tantas definições, mas ninguém ainda conseguiu decifra-la, indefinível em pleno século XXI.Incrivel, forte e reflexivo.
Publicado pela Editora Valentina. 
NOTA: 4,5
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Bia, 27 anos, mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão. Além de ser viciada em café, series e filmes. Pensa em ser muitas coisas, mas de uma ela tem certeza: leitora assídua nunca deixará de ser.




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