RESENHA: TERRA DE MULHERES , Charlotte Perkins | 4’

 
                       


Nenhum homem pisou na Terra das Mulheres por dois mil anos. Até que Van, Terry e Jeff ouvem falar sobre o país e querem conhecê-lo. Mas, ao chegarem são prisioneiros nas terras. A partir de então, Van relata suas descobertas sobre esse mundo criado apenas por mulheres.
Hoje, agora, imaginemos uma sociedade livre da opressão do patriarcado. Como ela se organizaria, e o que faríamos com a liberdade conquistada? As rachaduras e os problemas insolúveis de Terra das Mulheres são um terreno fértil que nos permite sonhar com novas utopias, assim como Charlotte Perkins Gilman ousou sonhar um dia. “[Prefácio]
 
No início do livro, o prefácio já chama atenção e nos apresenta como foi a construção do mundo de Charllote Perkins.Você já imaginou se um país fosse constituído apenas por mulheres por séculos? A autora Charllotte estava pensando utopicamente, em 1915 ,quando escreveu essa obra. Através dela discutiu vários temas, como: maternidade, sexualidade, patriarcado, preconceito , submissão, entre outros.
 
Os homens, prisioneiros e convidados, são os narradores dessa história. Sim, temos a perspectiva masculina acerca de um lugar habitado somente por mulheres, que desconhecem o mundo afora. Ver essa construção foi interessante, já que muitas questões são discutidas. Principalmente o papel da mulher, vista como mãe, esposa e desconsiderada das decisões sociais.
 
Tudo nessa terra é voltado para a figura materna, da irmandade entre elas e do benefício mutuo. Já que seus prisioneiros são homens de um mundo desconhecido, elas querem entender como funciona também. Então, elas questionam os personagens, as respostas dadas pelo narrador para explicar as guerras, as desigualdades e outras questões do seu mundo.
 
Uma obra escrita há mais de um século atrás e que pode ter chocado a sociedade na época por suas ideias. Mas, hoje ela é um clássico que me deixou presa na leitura por ser uma distopia feminista, que enfatiza a sonoridade. Uma obra crítica, para impactar o leitor a partir das suas “desculpas” do tratamento da mulher pelo homem.
 
Para aquelas mulheres, na extensão ininterrupta de dois mil anos de civilização feminina, a palavra "mulher" evocava esse amplo contexto, em todo o seu desenvolvimento social; e a palavra "homem" significava para elas apenas macho - o gênero.”
 
 
Terra das Mulheres  coloca várias interrogações em pauta. Como seria se o mundo fosse construído por mulheres? Será que seria perfeito assim? Definitivamente, uma leitura simples, atemporal e revolucionária.
 
 

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Bia, 27 anos, mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão. Além de ser viciada em café, series e filmes. Pensa em ser muitas coisas, mas de uma ela tem certeza: leitora assídua nunca deixará de ser.




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