Esse ano decidi me aprofundar em leituras de não-ficção para aprender mais sobre raça. Nos últimos meses é impossível não lembrar dos movimentos ocorridos nos EUA, assim como no Brasil ligados a violência , a repressão e negligencia sobre a população de cor.
Antes um mero observador do preconceito, que precisa conhecer mais da história e da sensibilidade quando conversamos sobre esse tema.
Por isso, trouxe dois livros para se aprofundar na temática.
Em “Então você quer conversar sobre raça” a autora traz as questões estruturais sobre o racismo. E foi uma leitura dura, necessária, visto as reflexões que traz e o conhecimento sob a perspectiva de pessoas negras frente as suas lutas diárias, onde são julgados, mortos e diminuídos em uma sociedade classista.E mesmo que você não seja uma pessoa de cor, você tem maneiras de apoiar essa luta, seja conversando, mas principalmente agindo.
Em “E EU NÃO SOU UMA MULHER?” aborda a sociedade e o fato de que o racismo sempre esteve ligado ao sexo. Uma crítica dura ao movimento feminista que precisa revolucionar, mas de forma humanitária, visando romper a opressão, o patriarcado e a segregação.
Escrito por uma mulher negra para compreender que a luta sempre se fez presente, porem foi e ainda é mais intensa para as mulheres.
Bell Hooks conversa com profundidade desde o tempo da escravidão até o momento atual, no qual as mulheres negras sofriam abuso psicológico e físico. Muitas vezes cometidos por mulheres brancas durante a Era Colonial para diminuir, humilhar e mostrar poder. A mulher tratada como objeto: descartável, substituível e ignorado.
Leituras que ampliam o conhecimento,a compreensão e a empatia. Afinal, é preciso entender o que o outro sente, para que exista paz, respeito e liberdade , independente da cor, raça e gênero.
❝ Escolho apropriar-me do termo feminismo, para focar no fato de que ser “feminista”, em qualquer sentido autentico do termo, é querer para todas as pessoas, mulheres e homens, a libertação dos padrões de papeis sociais, da dominação e da opressão sexistas. ❞