Para um bom mistério deve ter: uma vítima. Um suspeito. Um detetive.
Grant McAllister é um professor de matemática que
escreveu há 30 anos atrás a matemática do mistério em assassinatos. Por meio de
sete histórias de detetive seguindo seu método. Após suas publicações, ele se
encontra recluso em uma ilha do Mediterrâneo.
Julia Hart é uma editora que busca o famoso matemático
e escrito para republicar suas histórias. Até que ela se vê investigando a
própria vida do autor e questionando os motivos pelos quais ele parou de
escrever e se isolou.
Essa obra explodiu minha cabeça de inúmeras formas. Nos
últimos tempos , tenho lido muitos thrillers, mas esse fugiu totalmente do
esperado.
O autor enlaça as sete histórias e as conversas entre
McAllister e Julia Hart. Ou seja, temos mistérios dentro de um maior. E a única
coisa que posso dizer é: tem reviravolta até a última página. É desafiante
entrar em uma história, cuja primeira impressão é voltar as obras da Agatha
Christie e Sherlock Holmes. Todavia, isso é apenas o pano de fundo para a
genialidade desse thriller.
Uma editora que anseia a publicação e um autor que
deseja se afastar do passado. Porém, algo não bate nessas histórias. Entre
questionamentos, pontas soltas e erros, Julia tem um próprio mistério nas mãos
e pretendo resolve-lo.
Nada é o que parece e isso nunca foi a mais pura
verdade. E quem ama uma boa investigação, sabe que até as regras podem ser
quebradas.
A cada história de detetive que lia , sentia que algo
estava escapando. A tensão crescente, o jogo mental sendo feito e o susto
chegando. Quando terminei a leitura, só pude bater palmas para o caminho que o
autor fez.
Um livro dentro de um livro e tudo foi tão inteligente,
tão bem manipulado, único e desafiante. Então se você gosta dos clássicos de
detetives com um toque moderno e complexo, esse é a combinação perfeita para
mergulhar no quebra-cabeças do Alex Pavesi.