Resenha: Guia da senhora para anáguas e pirataria, de Mackenzi Lee


Depois de um ano de sua viagem com seu irmão Monty, Felicity Montague retorna a Inglaterra para tentar entrar na faculdade de medicina e fugir de um casamento. Porém, sua paixão pela medicina não é o suficiente para convencer um grupo de médicos homens do seu interesse.

 Todavia, uma oportunidade surge. Uma velha amiga dela de infância vai se casar com um médico que ela admira, sendo assim Felicity vai para Alemanha para convencer esse homem do seu sonho. Sem dinheiro, a jovem conhece uma pirata misteriosa que está disposta a pagar as despesas, apenas com uma condição: ser a empregada disfarçada para entrar na casa.

 Felicity concorda, mesmo suspeitando. Até que ela descobre que será alvo de vários segredos que cruzaram o Atlantico.

 Preciso dizer que essa continuação está no top das minhas leituras favoritas do ano. EU já tinha amado Felicity por sua esperteza, acidez e principalmente por ser tão forte, rompendo o esteriotipo de mocinha do século 18.

Mackenzi Lee construiu uma aventura histórica com personagens femininas poderosas e que levantam questões relacionadas a inferioridade da mulher. Johanna Hoffman, Sim e Sybylle Glass são acréscimos que desafiam os homens da época, aqueles que não podem questionar a inteligência delas.

Mesmo sendo um romance ficcional, as personagens presentes são espelhadas em mulheres que questionaram, criticaram e tentaram ser respeitadas, suas ações reconhecidas

Muitas histórias femininas podem até ser sido esquecidas, porém persistem para existir. Para não serem silenciadas.

Felicity é a prova que não precisa de um relacionamento para ser feliz e ela encontra isso nesse livro. Seu arco é tão incrivel. Ela tem um objetivo e vai lutar com garras e dentes para realiza-lo.  Nessa obra, ela cresce, amadurece e aprende junto com suas amigas. E ler algo em que a personagem é movida pela vibe sororidade é MARAVILHOSO. É revigorante sabe? Dinâmico, bem contruido e trabalhando temas, como: homossexualismo, preconceito, feminismo

Um livro feminista com um grande poder de amizade, com um quarteto que se recusa a seguir os padrões machistas.A autora explora temas, como: racismo, misoginia internalizada e colonização, em meio a uma comédia cheia de aventuras. 

Felicity desafia e critica, afinal uma mulher pode ser o que ela quiser: médica, dondoca, heterossexual, queer, assexual, pirata.

 Há momentos emocionantes, para rir, gritar “É isso ai” e aquele que simplesmente queremos fazer parte desse girl power. Foi tao gostoso ler, ver o patriarcado ser destrinchado e mais ainda, descobrir que temos um poder único e somos as mulheres que quisermos ser.

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Bia, 27 anos, mora em João Pessoa, PB. Fisioterapeuta, instrutora de pilates e amante da literatura. Sempre foi amante de livros desde criança e em 2014 criou o Blog Meu Coração Literário para compartilhar sua paixão. Além de ser viciada em café, series e filmes. Pensa em ser muitas coisas, mas de uma ela tem certeza: leitora assídua nunca deixará de ser.




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