Roger Brown é um headhunter do mundo dos negócios, ou seja, um “caçador de cabeças”, escolhendo os melhores profissionais para a empresa.
Em uma entrevista, ele pega algumas informações
sobre as posses dos candidatos, até coleções de arte. Será que você ficaria
surpreso se ele roubasse essas peças e as substituísse por outra falsa?
Todavia, quando conhece Clas Greve, percebe-se
que ambos podem trabalhar bem juntos como CEO’s. Quando ele descobre que Greve
tem uma obra de arte rara, Brown traça seu plano. Ele só não esperava que um
jogo de gato e rato estava prestes a iniciar.
Minha primeira leitura do famoso Nesbø poderia
ter sido melhor, fiquei presa a esse jogo de sobrevivência. Dois homens que
estão brigando por algo além de peças de arte.Traçando direções, manipulando
eventos e apresentando boas surpresas.
Um retrato do excesso da caçada corporativa,
com protagonistas interessantes e conflituosos. Confesso que não senti conexão
com eles e tudo bem, até porque são figuras questionáveis.
Roger
Brown é manipulador, egocêntrico e que usa truques psicológicos para conseguir
tudo o que deseja. Um troféu para seu caráter. Enquanto Greve é aquele cordeiro
que engana e apresenta boas reviravoltas, apesar de esperadas.
Um livro curto, rápido e uma trama instigante.
Com bom humor, o autor mostra o lado feio do ser humano, sua obstinação, sua
sede por mais e não tem dó das cenas de violência.
Um ótimo começo para quem quer conhecer as
obras de Jo Nesbo. Um thriller inteligente, envolvente e que entretém.
“Uma colisão entre dois veículos é uma questão
de física básica. Tudo é imprevisível, mas todos os imprevistos podem ser
explicados pela seguinte equação: força vezes tempo é igual a massa vezes a
variação da velocidade. É só inserir as variáveis em forma de números e o
resultado será uma história simples, verdadeira e cruel.”