E se cada criança fosse categorizada por uma pontuação?
Nesse
mundo, cada pessoa é definida pelo número Q, que corresponde a uma nota de
rendimento em algumas áreas de suas vidas. Todas as crianças, adolescentes e trabalhadores
possuem isso, definindo o quanto podem ser superiores.
Ele
separa os estudantes em três classes: o Q elevado garante uma vaga em uma escola
premiada; Q médio a escolhas verdes, ou seja, comuns; Q baixo, ás escolas
amarelas, tão temidas e negligenciadas do Estado.
O número
Q rege uma pessoa, uma família e sua posição na sociedade. Já as mulheres são
forçadas a fazem testes que indicam o Q de seu filho. Mas, o que pode vir a
acontece se não for o Q esperado?
Questão de Classe da Christina
Dalcher já tinha me chamado atenção pelo título e por ser distopico. Porém, as
primeiras 100 páginas foram lentas e depois teve algumas reviravoltas já
esperadas. Todavia, essa historia não teve o mesmo impactado que Vox em mim.
Elena é uma personagem
interessante e que possui inúmeros conflitos. Um dos seus filhos tem o Q alto ,
enquanto outro Q baixo e seu coração de mãe teme pelo que pode acontecer.
E essa história, bem ,
ela vai muito além do que parece. Mergulha em temas familiares, igualdade,
direitos as mulheres e questiona liberdade. Uma trama que te faz pensar sobre o
futuro, abordando o conceito de perfeição para a sociedade.
Mesmo com uma lentidão
inicial e com o final um pouco acelerado, gostei desse thriller distopico. A
mensagem é difundida e impacta, mas ainda não tanto como Vox.
“Sempre fizemos isso,
nós, seres humanos, em nossas pequenas sociedades. Categorizamos, comparamos e
inventamos formas de nos segregar em times, como na aula de educação física da
escola. Escolho você, dizemos. Mas não ele.”