Henry é um garoto americano descendente de chineses que
mora em Chinatown, Seattle. Ele não tinha amigos, até a chegada da Keiko, uma
garota nipo-americana de Japantown. Essa amizade cresce em meio a tempos
turbulentos, discriminação racial e luta por sobrevivência.
Com a
declaração de guerra entre os EUA e o Japão, o terror ameaça as comunidades.
Imigrantes japoneses são obrigados a viverem em campos e seus pertences
importantes são guardados no Hotel Panamá. Keiko vira uma lembrança e após
anos, Henry se pergunta o que aconteceu com ela.
O romance histórico trabalha bem os relacionamentos,
levando-se em consideração as reflexões sobre questões ligadas à identidade
cultural e racismo nos EUA durante a Segunda Guerra Mundial. Nos mostrando uma
outra face da guerra.
A trama se passa em dois períodos diferentes: alternando entre
os anos 1940 e 1986. Eu gostei muito de conhecer a realidade dos japoneses e
chineses durante a guerra. As ações, consequências e barreiras que os orientais
passaram no Ocidente.
Confesso que não torci tanto pelo romance
em si, mas sim por mais detalhes do pano de fundo aterrorizante para os
nipo-americanos, mais informações sobre as tradições chinesas e japonesas.
Por meio da minoria racial, os dois se aproximaram,
mas sua amizade será testada frente a política. Uma história de amor no estilo Romeu
e Julieta, mas também aborda amizade, cultural musical e conflitos familiares.
Se você gosta de um romance histórico com cenário de guerras e
que seja construído com amor, esperança e emoção. Acredito que essa obra mesmo
não sendo perfeita, envolve o coração.