Simidele é uma das Mami Wata: uma sereia que coleta almas dos
que morrem no mar, afim de encaminha-los a Olodumare. Todavia, suas
lembranças de quando era humana voltam. E
salvar um garoto que está se afogando seja escolha que acarretará uma
consequência. Será que esse sacrifício vale a pena?
Natasha Bowen criou uma história com representatividade onde
sereias tem cabelos crespos, variados tons de pele negra e que trazem identidade.
A trama mistura ficção, mitos africanos e uma história nunca contada antes.
Uma releitura da A Pequena Sereia, que se passa no início do
século XV, abordando não só a história da África Ocidental e o tráfico de
escravos, mas a cultura, a riqueza e a mitologia de um povo.
Existem algumas partes mais lentas, porém não nada tira o
brilho e a beleza do cenário e da escrita autêntica da autora. Simidele me
conquistou aos poucos, mostrando coragem e resiliência. Porém, o romance não me cativou tanto.
Uma das partes mais interessantes foi ler e tentar pronunciar a
língua e os nomes diferentes dos personagens.
O final aqueceu meu coração e me deixou feliz já que foi confirmado pela
@editoraalt a publicação do próximo volume.
❝Na água existem muitas coisas que a humanidade não conhece.
Quando se retira as escamas do oceano, nunca se sabe o que vai encontrar.❞
Aos amantes de
YA, a diversidade e a representatividade que precisa existir mais na
literatura.
+ 14 anos - Aviso de conteúdo: violência, escravidão, abuso físico, morte e
suicídio.